domingo, 28 de março de 2021

CRONICAS: EXTRAIDO DE UM FATO REAL

 

CRONICAS DA NECA MACHADO

 


(NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA)

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O ARROGANTE E O “CANCER”

(Neca Machado)

BIOGRAFIA

 

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 15 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018, 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 32 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra do 5º Festival de Poesia de Lisboa 2020, coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

Email: nmmac@live.com

 

*LEMBRANÇAS....

 

O ARROGANTE E O “CANCER”

“O CANCER FEDE!”

 

         Sentada na sala de espera, aguardando mais uma chamada para uma QUIMIOTERAPIA de meu esposo em Portugal, (+ falecido de câncer) em um centro referencial de tratamento do CANCER, sinto um “odor” muito forte de “PODRIDÃO” que me incomodou.

Olho para o lado e tento disfarçar.

Mais uma vez respiro fundo e tento descobrir de onde vem o tal mal cheiro.

Dezenas de pacientes de câncer esperam ansiosos serem chamados também, como na Europa tem “tratamento digno” muitos vão sozinhos para a quimioterapia, mas, outros necessitam de um acompanhante, (eu fui acompanhante de meu esposo já falecido, quase um ano em seu tratamento NA EUROPA).

 

E EU lá de novo incomodada com o mal cheiro.

Quando sai a paciente do lado, eu começo a cheirar uma PLANTA que estava no lado;

Para alguém observador poderia até pensar que eu tinha problemas mentais. (rs...)

E na minha concepção: o mal cheio vinha da planta.

Fomos chamados pelo microfone, e me dirigi a sala de atendimento.

          Quando tive uma oportunidade, perguntei a uma enfermeira, se ela sabia que a PLANTA que ficava na recepção tinha MAL CHEIRO.

Ela “surpresa” me disse que NUNCA, ninguém tinha falado sobre isso.

E se dispôs a ir comigo na recepção.

Lá fomos as duas ver a tal PLANTA.

E quando chegamos ela começou a cheirar a planta também,

E NADA!

Quase que EU MORRO DE VERGONHA!

Ela de novo sentia a planta, e me pediu para cheirar também, e NADA.

E sorrindo me disse:

(O cheiro que VOCE SENTIU) FOI DE ALGUEM “COM MAL CHEIRO)

Me disse: “O CANCER FEDE”

 

E AO VER UM CIDADÃO “ARROGANTE”

AGORA COM CANCER.

Me lembrei da tal estória da planta que fedia.

 

E na fase terminal, ELE INFELIZMENTE,

VAI FEDER. E VAI FEDER EM VIDA.

 

·         E prometi a mim, que, não vou mais me INCOMODAR com cheiros de podridão, muitos “LIXOS HUMANOS”, PODRES EM VIDA, FEDEM!

 

Porque TODOS os dias, ao abrir os jornais, vejo alguém ARROGANTE com CANCER, e isso, não mais me incomoda, outros mais arrogantes, CLAMANDO POR ESMOLAS, fazendo seus BINGOS para tratamento, e outros mais, e mais, ARROGANTES, sem pensarem no futuro, que não virá para seus medíocres sonhos de megalomania.

E a MEGALOMANA nem pensa no DIA DE AMANHA.

Que talvez, receba um CANCER em sua casa....(  )

Pensa somente em suas fantasias de uma VIDA ETERNA, em seus falsos AMIGOS, em seus falsos DEVANEIOS, TUDO NA SUA VIDA É MELHOR...

Nem pensa que não é mais importante para alguém que dividiu cama com ela.

ELE SE FOI.

E talvez amanhã (  ) o CANCER seja sua companhia.

E talvez amanhã, ELA SE TORNE PODRIDÃO EM VIDA.

 

E seus falsos AMIGOS, não estarão por perto,

Talvez até goste de escutar a canção de Oswaldo Montenegro: A LISTA...

“faça uma lista .....”

 

E volto a lembrar de TANTOS ARROGANTES, COM CANCER,

SIM O CANCER VENCEU.

SIM! O CANCER VAI VENCER O ARROGANTE!

Já vi um monte com câncer sem poder beber agua,(câncer de garganta)

Outros sem poder fazer sexo ( com câncer no pênis....)

 

E VÃO SE TORNAR PODRIDÃO EM VIDA,

PORQUE O CANCER FEDE!

 

 

 

 

 

terça-feira, 16 de março de 2021

LEMBRANÇAS, ENFIM, LEMBRANÇAS...

 

“LEMBRANÇAS, enfim...Lembranças. ”


(NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA)



*2020 (Nº 4, O NUMERO DA MORTE?) ACABOU!GRAÇAS A DEUS

(No Japão, existe a superstição de que o número 4 esteja vinculado à morte. Por esse motivo, evita-se que o mesmo seja pronunciado.”

 

 

 

(Neca Machado)

BIOGRAFIA

 

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 28 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

Email: nmmac@live.com

 

 

 

“LEMBRANÇAS, enfim...Lembranças. ”

Hoje somente tenho boas lembranças, de lugares, de pessoas, de coisas, de sabores…. Enfim...

 

          Mais um dia na orla do Oceano Atlântico, o vento frio de um período balnear na Europa, onde escolhi depois de aposentada morar e morrer, mas na memória, sinto um pouco de tristeza da alegria de pessoas que CONVIVI quando morava no Brasil, no extremo norte da Amazônia, muitos nem eram meus amigos, mas, eram “pessoas que aprendi a sorrir com suas presenças e alegrias. ”

Tenho um CONCEITO PRÓPRIO DE AMIZADE, e não vou mudar.

 

2020 um ano para não se esquecer. PARA MUITOS, O NUMERO DA MORTE

O número 4 (quatro) representa a solidez e tudo aquilo que é tangível. Ele foi utilizado por Pitágoras para fazer referência ao nome de Deus. Isso porque, para esse filósofo e matemático, o número 4, era perfeito.

 

Na Numerologia, o número 4 se traduz em estabilidade e progresso nas personalidades das pessoas. Indicador de capacidade de organização, o seu bloqueio, por outro lado, sinaliza dificuldades de progressão.

 

Ele está ligado aos símbolos da cruz e do quadrado. Em virtude dessa ligação, especialmente com a cruz, é um número de grande importância.

 

No Japão, existe a superstição de que o número 4 esteja vinculado à morte. Por esse motivo, evita-se que o mesmo seja pronunciado.

 

Na Bíblia, o Livro do Apocalipse indica a ideia de universalidade do número 4. Nesse livro são mencionadas situações em que é frequente a presença do número.

Assim, são 4 os cavaleiros que trazem as 4 pragas maiores.

 

São 4 os anjos destruidores que ocupam lugar nos 4 cantos da terra.

 

São também 4 os campos das doze tribos de Israel, entre outros.

O Vedas, livro sagrado do Hinduísmo, é dividido em 4 partes: Hinos, Sortilégios, Liturgia e Especulações.

 

Os ensinamentos de Brama, deus do trinário hindu, também são divididos em 4 partes: regiões do espaço, os mundos, as luzes e os sentidos.

 

Finalmente, são 4 os evangelistas (autores que escreveram sobre a vida de Jesus): Mateus, Marcos, Lucas e João.

 

Por mais esses motivos, o número 4 comporta o aspecto sagrado.

Várias coisas são representadas por quatro elementos. São exemplos:

·         As quatro direções cardeais: norte, sul, leste e oeste.

·         As quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.

·         Os quatro elementos: ar, fogo, água e terra.

·         As 4 fases da vida humana: infância, juventude, maturidade e

 

Morreram muitos conhecidos desde o início do ano, até agora, mas, infelizmente, não vai parar, ainda terei a angustia, se não morrer antes, de saber da MORTE de alguém que convivi.

LEMBRANÇAS:

·         SINEY SABOIA: MAESTRO: lembro do Siney como um MENINO, sempre lhe disse que era um menino, pequeno de porte mediano, mas com um belo sorriso de afeto todas as vezes que me encontrava, muitas vezes trabalhamos juntos em eventos, EU era a Mestre de Cerimonial e ELE estava lá para dar o seu verdadeiro talento musical, faleceu jovem cheio de projetos, cheios de sonhos, cheio de vitalidade e HUMANISMO, sua grande característica.

 

·         DR. EDUARDO CONTRERAS: Chegou ao Amapá na década de oitenta e conheceu minha MÃE, IZABEL MACHADO. Um dia ao nos encontrarmos, ele ao lado da esposa, me contou uma bela LEMBRANÇA, onde escrevi um conto, que falava da grandiosidade de uma verdadeira Mulher da Amazônia, ELA, Dona Izabel, pequena, parecia frágil, mas com uma grande força interior de VENCER, e venceu me disse ele, e eu EXCLAMEI: tenho muito orgulho de ser sua sucessora, não sua herdeira, e ele sorriu, foi uma bela despedida.

 

·         BÁE: BAÉ foi meu vizinho décadas no Poço do Mato, éramos crianças e acompanhávamos nossos pais em suas rotinas de geração de renda, lembro do BAÉ, ajudante da venda de pipocas de seu pai, seu Humberto no início do CCA, a escola Gabriel de Almeida Café que era nas dependências do antigo Barão do Rio Branco, ele empurrava o carrinho e EU gostava do cheiro das pipocas, minha Mãe vendia QUITUTES, e ele gostava dos CROQUETES DE PÃO de Dona Izabel.

 

·         CARLOS LIMA: UM VERDADEIRO TALENTO em tudo que fazia, doce, mas irreverente, determinado, como jornalista no início de carreira ao assistir uma parte de sua peça seu PORTUGA, fiz uma reportagem sobre ele, e anos depois voltamos a nos encontrar em eventos onde EU apresentava no Teatro das Bacabeiras e ele Diretor da Instituição, era afetuoso comigo. E de novo nossos caminhos se cruzaram, quando fui trabalhar no Centro Franco Amapaense, e lá estava ele, um pouco abatido por problemas de saúde me disse um dia, mas sempre que chegava, tomava um café e EU era a primeira pessoa a cumprimentar, de sorriso fácil, voz aveludada, com orgulho imenso de suas conquistas, adorava falar de suas viagens e me provocava dizendo que íamos nos encontrar no próximo destino, sim o próximo destino será a última morada.

 

 

 

·         E HOJE: 07.06.2020, leio mais uma partida, a do MESTRE GUILHERME JARBAS, aos 72 anos de idade.

 

“Um ser humano SINGULAR. ”

 

Gosto muito de definir algumas pessoas COMO SINGULARES, únicas, sem a pluralidade.

A mim, pessoas plurais, são comuns, e PESSOAS SINGULARES, SÃO UNICAS, não haverá outra igual, são únicas porque possuem características somente SUAS que jamais serão igualadas a outras.

SINGULARES porque suas atitudes e conhecimentos serão eternizados com elas, muitos deixarão seus legados, mas, levarão com eles ao tumulo, suas virtudes, seu caráter, e suas características.

 

GUILHERME JARBAS era uma dessas pessoas.

Mesmo doente, sabia valorizar seus verdadeiros AMIGOS, quando um deles falecia, lá estava ele para enaltecer suas qualidades, foi assim em vários encontros que nos cruzamos, foi encontros em eventos culturais, encontros na porta de um grande e afetuoso amigo JOÃO SILVA, era culto, generoso, cativante, SINGULAR.

 

Fico triste quando vejo uma pessoa partir cheia de sonhos, muitas vezes jovem, noutras na fase adulta, mas volto a repensar na singularidade do NUMERO 4.

 

Enigmático, cheio de mistérios e cheio de MEDO.

 

São 4 os anjos destruidores que ocupam lugar nos 4 cantos da terra.

 

No Japão, existe a superstição de que o número 4 esteja vinculado à morte. Por esse motivo, evita-se que o mesmo seja pronunciado.

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 9 de março de 2021

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS, LEMBRANÇAS DO INFERNO

 

ESTÓRIA DE TERROR DE VELHAS PROSTITUTAS

 

O LIVRO VAI SER LANÇADO NA EUROPA (UMA HISTÓRIA DE TERROR - CASAMENTO COM TERRORISTA)

 

NECA MACHADO

 

 

 

“MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS”

(LEMBRANÇAS DO INFERNO)

*O SONHO EUROPEU DE CABOCAS DA AMAZÔNIA

RELATOS REAIS- PESQUISAS NA AMAZÔNIA

 

 

 

 

 

 

Amazônia-BRASIL

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SINOPSE

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS

(By: Neca Machado)

 

          “Um dia ao escutar uma estória triste de uma Velha Prostituta”, refleti sobre suas dores e seus desamores, e decidi que UM DIA colocaria emoção nas suas paixões em forma de poesia, e durante quase trinta anos como jornalista Colaboradora, o tema não me saiu da memória, e quase na porta dos sessenta anos, resolvi deixar as futuras gerações, muitas delas de Prostitutas modernas, estórias antigas de sonhos que não se tornaram realidade, de projetos de enriquecimento através da venda de seus corpos que as destruíram, tanto fisicamente como mentalmente.”

Memórias de Putas Velhas, é uma coletânea de lagrimas, e de dores, feridas que nunca cicatrizaram, na alma e na derme. Uma reflexão para Mulheres que poderiam ter outras opções, mas escolheram um falso amor, porque muitas na prostituição também se apaixonam por seus clientes, e não são correspondidas.

Estórias de dependência química do falso amor, e das drogas licitas e ilícitas.

Relatos de aprisionamentos, violências físicas e mentais, torturas e assassinatos, fantasias assustadoras da natureza desumana, numa essência poética de fácil linguagem, minha característica literária.

Um leitor de minhas crônicas como jornalista, me disse um dia que minha escrita era pura emoção.

Concordei!

 

 

(Neca Machado está aposentada e mora na Europa)

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APRESENTAÇÃO

 

 

          Como uma verdadeira Mulher da Amazônia, nascida no extremo norte do Brasil, fronteira com a Guiana francesa, meio do mundo literalmente, na Linha do Equador, estado banhado pelo majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar as futuras gerações este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao longo de mais de três décadas, como Jornalista”

Escutei desde criança, estórias de terror de Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas correntezas do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram, desapareceram sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para relatar a poucos ouvintes suas dores.

São mais de 200 relatos reais que escutei atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos, uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado, tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes, outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana francesa continua sendo um Condado da França.

São estórias reais com a “minha característica” de reproduzi-las com pura emoção literal.

(Neca Machado mora na Europa)


 

 

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 32 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

Email: nmmac@live.com

 

 

 


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UMA HISTÓRIA DE TERROR (CASAMENTO COM TERRORISTA)

 

           Quando ELA (   ) chegou ao Oiapoque na fronteira com a Guiana francesa, ainda pensava na romaria que fez, rezava a Deus agradecendo por ter “chegado naquele fim de mundo, vindo num verdadeiro inferno”. A viagem foi uma das piores que fez, e resmungava entre cacos de dentes, quase aos 70 anos que não era mais de aventuras, que sua vida foi uma odisseia de terror desde que resolveu ir pra Caiena numa velha catraia de um coiote bandido que levava gente escondida de madrugada.

Foi buscar uma encomenda de uma ex amiga que lhe prometera ajuda para comprar uns remédios quando soube de sua vida de miséria no Brasil, ela que tinha levado a outra, que “se deu bem” casando com um estrangeiro, agora tinha até carta de residente e falava o francês como uma crioula, riu sem jeito.

Tinha inveja, me disse.

“Às vezes me revolto, só de pensar que fiz a maior besteira em voltar pra essa merda.”

E continuou:

Falou das dificuldades, da família pobre, de que não tinha se dado bem, quando seu corpo era de uma verdadeira rainha, e não soube aproveitar, gostou da vida de Prostituta, namorou muito, teve muitos amores, chegou a ir até o Suriname, usou muito ouro, mas agora, estava na miséria, morando num casebre numa área de invasão, foi quando perguntou pela Morena, seu nome era desconhecido, a conheciam somente por Morena, era linda tinha os olhos quase verdes, corpo escultural, foram na mesma época para Oiapoque e chegaram a Kouro pelo mato, tinha muitas estórias para contar, passou muita fome e frio.

E a outra deu-lhe notícias não muito alegres.

Disse que Morena conseguiu chegar a Europa indo por Paris, que se instalou na Suíça, teve vários cafetões, e “comeu o pão que o diabo amassou”.

Envelheceu, os anos foram se passando e quando viu já estava com sessenta anos, mas conseguiu ganhar seu melhor premio da vida de prostituta, que foi tinha seu cartão de residente na Europa, conta em banco, documentos legais, podia andar por tudo quanto era cidade que não se importava com a polícia, até receber um dia uma bela proposta de um árabe, para se casar, mas teria que ir ao Paquistão, precisando de dinheiro para mandar ao Brasil, resolveu aceitar, mas caiu num golpe, o tal casamento era uma armação, parece que o marido era “terrorista” e precisava do documento legal para permanecer na Europa, brasileiras eram mais fáceis para negociar disse a tal fulana, casou mas queria o dinheiro de volta, Morena foi agredida, já estava velha, nem podia se locomover direito, e agora as amigas nem sabem do que aconteceu, umas fazem especulação de que foi morta, outras dizem que perdeu a memória, como não tinha família, dizem que foi cremada, ou até enterrada como indigente.

Torceu a boca envelhecida.

Cruz credo, fiz bem em ficar por aqui.

E EU, pensativa em pleno século XXI, já acontecia desde a década de 70, imagina agora?

 

*Pesquisas realizadas por órgãos internacionais estimam que existem mais de cem mil prostitutas brasileiras na Europa.(IOM-EU)

 

“Quase 75 mil prostitutas brasileiras trabalham atualmente na Europa, de acordo com estimativas da Organização Internacional de Migrações (IOM), agência ligada à ONU. E esse número só cresce. "Espanha, Holanda, Suíça, Alemanha, Itália e Áustria são os principais destinos", diz a entidade. E o total de mulheres que deixam o Brasil é bem superior ao de homens. Na Itália, dos 19 mil brasileiros vivendo legalmente no País em 2000, 14 mil eram mulheres. O número elevado de prostitutas contribui para a diferença.

Dados do governo espanhol apontam existência de 1,8 mil prostitutas brasileiras no país e 32 rotas de tráfico de mulheres. Muitas usam Portugal como porta de entrada e praticamente todas chegam ao continente com documentos falsos. O número de brasileiras é tão grande que algumas chegam a cargos de chefia em associações locais.

Algumas chegam a montar casas de prostituição. Em Zurique, um edifício de três andares no bairro do Paquis é ocupado por 40 brasileiras. Elas pagam aluguel simbólico pelos quartos e têm alimentação no local – uma cozinheira baiana garante feijoada aos sábados. Mas são obrigadas a deixar pelo menos metade do que recebem nas mãos da dona, um travesti.” (by:Comunitáitaliana)

 

 

 

 

domingo, 7 de março de 2021

#MULHER 08.03.2021 ("TENHO ORGULHO DE SER MULHER" Neca Machado-Europa)

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS, LEMBRANÇAS DO INFERNO ( O LIVRO VAI SER LANÇADO NA EUROPA)

 

CRONICAS DA NECA MACHADO

(NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA)

NECA MACHADO

 

 

 

“MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS”

(LEMBRANÇAS DO INFERNO)

*O SONHO EUROPEU DE CABOCAS DA AMAZÔNIA

RELATOS REAIS- PESQUISAS NA AMAZÔNIA

 

 

 

 

 

 

Amazônia-BRASIL

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SINOPSE

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS

(By: Neca Machado)

 

          “Um dia ao escutar uma estória triste de uma Velha Prostituta”, refleti sobre suas dores e seus desamores, e decidi que UM DIA colocaria emoção nas suas paixões em forma de poesia, e durante quase trinta anos como jornalista Colaboradora, o tema não me saiu da memória, e quase na porta dos sessenta anos, resolvi deixar as futuras gerações, muitas delas de Prostitutas modernas, estórias antigas de sonhos que não se tornaram realidade, de projetos de enriquecimento através da venda de seus corpos que as destruíram, tanto fisicamente como mentalmente.”

Memórias de Putas Velhas, é uma coletânea de lagrimas, e de dores, feridas que nunca cicatrizaram, na alma e na derme. Uma reflexão para Mulheres que poderiam ter outras opções, mas escolheram um falso amor, porque muitas na prostituição também se apaixonam por seus clientes, e não são correspondidas.

Estórias de dependência química do falso amor, e das drogas licitas e ilícitas.

Relatos de aprisionamentos, violências físicas e mentais, torturas e assassinatos, fantasias assustadoras da natureza desumana, numa essência poética de fácil linguagem, minha característica literária.

Um leitor de minhas crônicas como jornalista, me disse um dia que minha escrita era pura emoção.

Concordei!

 

 

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APRESENTAÇÃO

 

 

          Como uma verdadeira Mulher da Amazônia, nascida no extremo norte do Brasil, fronteira com a Guiana francesa, meio do mundo literalmente, na Linha do Equador, estado banhado pelo majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar as futuras gerações este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao longo de mais de três décadas, como Jornalista”

Escutei desde criança, estórias de terror de Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas correntezas do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram, desapareceram sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para relatar a poucos ouvintes suas dores.

São mais de 200 relatos reais que escutei atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos, uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado, tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes, outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana francesa continua sendo um Condado da França.

São estórias reais com a “minha característica” de reproduzi-las com pura emoção literal.

 

 

 

(Neca Machado- AUTORA)

 

 

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 32 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

Email: nmmac@live.com

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS- LEMBRANÇAS DO INFERNO




(ESTE CONTO JÁ FOI PUBLICADO EM UM LIVRO NA SUIÇA)

 

O VESTIDO DE LUREX

 

         Década de setenta, como que saída de um musical.

 Parece que em sua cabeça à música de “dancing days” ecoava, e ela nem tinha visto um musical, só tinha visto alguns capítulos de uma novela, onde a memória ainda relutante tentava trazer à tona imagens saudosistas, vistas em uma porcaria de tevê que precisava apanhar para mostras as imagens, e olha que ela acabou muito bom bril para colocar na ponta da antena para ver melhor.

Pela primeira vez que ela escutou canções internacionais, viajou, criou em sua mente um mundo só seu, rodopiava em seus saltos altos feito uma gazela, vestida com suas meias douradas em sandálias vermelhas, no meio de uma pista de discoteca barata nos cafundós do Juda, ela foi ao céu.

E olha que já se vão meio século!

Mas, o tal VESTIDO DE LUREX, ela jamais esqueceu.

Uma vizinha que tinha ido fazer ponto em Caiena, a motivou a ir com ela, fantasiou o outro lado do rio Oiapoque, que ela quase morreu do coração, a mulher contou tanta mentira que ela quase acreditou.

Disse que as crioulas não economizavam, que quando não queriam mais seus objetos, jogavam NOVOS nos lixeiros, e era só ir lá pegar, tinha de tudo, cama, até sapato...

E que os homens gostavam de brasileiras, porque eram mais carinhosas, e que pagavam muito bem em franco, e ela se entusiasmou, ainda tinha um corpo bom como disse a falsa amiga da onça.

Mas que era preciso andar bem vestida.

E a tal informou que tinham aberto uma nova boutique lá pelas bandas do centro comercial e que os novos modelos vindos da Europa eram vendidos bem baratinho. E ela meteu o martelo num pobre porquinho que guardava alguns trocados para comprar o TAL VESTIDO DE LUREX.

E quando chegou em frente da Loja, viajou mais uma vez.

Lá estava seu objeto de desejo, o tal vestido dourado de malha, com fios de ouro, meio matizado, que se ajustava no corpo direitinho disse a vendedora, querendo logo empurrar a tal preciosidade.

E ela comprou!

E em casa foi vestir o tal VESTIDO DE LUREX, para experimentar, porque ia usar em terras europeias quando atravessasse de catraia o rio Oiapoque.

E junto com o vestido, veio um sapato de salto alto, dourado, cheio de fivelas, que ela nem conseguia fechar, e nem sabia andar, e agora?

Tinha que treinar disse a falsa amiga, outra disse: mas, esse sapato e de caboca, e riu.

O vestido ela colocou, ficou apertado, aparecia a barriga, ela tinha gordura por todo lado, ele subia rápido, aparecia as calcinhas, e ela disse: quando eu for dançar vou ficar nua.....

Foi uma tarde de risadas, e de projetos para Caiena, onde iam dançar num Cabaré de um chinês.

E ela preocupada com o vestido, perguntava a amiga, e agora?

E a outra, não te preocupa, MANA te vira, de noite os velhos porres, só olham o dourado do vestido, nem vão perceber teu corpo.

E o sapato, nem sei andar, questionou, e ainda tinha as pernas tortas.

Eu heim!

Mas o tal VESTIDO DE LUREX FEZ EM CAIENA O MAIOR SUCESSO.