22.08
> Dia Mundial do Pensamento e DIA DO FOLCLORE
Por
> Neca Machado (Jornalista Colaboradora, Escritora, Especialista
em Educação e FOLCLORISTA)
Eu
sou uma FOLCLORISTA TUCUJU, escrevi dezenas de CONTOS sobre a Mitologia Tucuju
e continuo a VALORIZAR NOSSA
GASTRONOMIA.
“O Dia do Folclore é celebrado internacionalmente
(incluindo no Brasil) no dia 22 de agosto. Isso porque nessa mesma data, no ano
de 1846, a palavra “folklore” (em inglês) foi inventada. O autor do termo foi o
arqueólogo inglês William
John Thoms, que fez a junção de “folk” (povo, popular) com
“lore” (cultura, saber) para definir os fenômenos culturais típicos das
culturas populares tradicionais de cada nação.
Sabemos que o
folclore, ou cultura popular, tem despertado grande interesse de pesquisadores
de todo o mundo desde o século XIX. É fundamental para um país conhecer as
raízes de suas tradições populares e cotejá-las com as de caráter erudito. Os
grandes folcloristas encarregam-se de registrar contos, lendas, anedotas,
músicas, danças, vestuários, comidas típicas e tudo o mais que define a cultura
popular.”
CONTOS
DA NECA MACHADO
Publiquei centenas de
CONTOS que foram releituras de estórias contadas a mim, por verdadeiros
PIONEIROS DO AMAPÁ, que poderiam ser publicadas para que as futuras gerações
conhecessem a nossa VERDADEIRA ESTORIA, CONTOS E CAUSOS POPULARES, mas,
infelizmente só consegui com RECURSOS PROPRIOS publicar apenas um ENSAIO com 10
contos, ninguém da área da cultura amapaense teve interesse.
Dia de Monteiro
Lobato não precisamos ficar reproduzindo suas estórias infantis, AQUI NO AMAPÁ,
temos tantas histórias E ESTORIAS, belas, traduzindo a verdadeira CARA DA
CULTURA TUCUJU.
A
BORBOLETA
Publicado
no Jornal Diário do Amapá em; 12 de fevereiro de 2003-cultura.
A BR 156 estava completamente nublada ao
entardecer, e ainda no vidro do carro embaçado pela chuva fina, o motorista
tentava não desviar da estrada, porém, os buracos em numero excessivo eram
grande obstáculo, ele ainda estava preocupado com o sono leve que se aproximava
deixando transparecer um ar de inquietação.
Neste momento um caminhão carregado de
eucaliptos que vinha em sentido contrario o fez redobrar a atenção para não
ocasionar um acidente grave.
O buraco no meio da estrada surgiu como
por encanto, ele sabia que não estava lá quando veio pela primeira vez, e o sol
ainda estava no alto norteando sua viagem. O barulho das rodas no asfalto fez
com que os ocupantes que estavam no banco de traz acordassem, e aos gritos
perguntavam: o que foi isso? E o coitado branco de medo não tinha uma
explicação.
A viagem com o primeiro susto seria o
começo de uma grande odisséia naquela noite. O carro equilibrava na estrada
como que conduzido por algo estranho e o motorista continuava com seu medo sem
demonstrar aos outros ocupantes.
O vento forte que bateu no vidro da
janela, fez com que uma claridade repentina despertasse o motorista que já se
acalmava do primeiro susto, e ele não sabe explicar como o fenômeno aconteceu:
primeiro foi uma rajada de vento acompanhado de uma luz muito forte, depois um
inseto que foi se transformando em algo maior e ele exclamou assustado aos
amigos que era uma Borboleta gigante.
No percurso com destino ao município
amapaense de Ferreira Gomes, uma Borboleta luminosa acompanhou a viagem sem se
deixar ficar para traz.
As vezes acompanhava do lado direito do
carro, e quando o motorista tentava firmar o olhar para reconhecer o inseto,
ela se esquivava e desaparecia, para logo em seguida surgir do nada no outro
lado.
A luz que a rodeava era uma luz diferente
que mudava de cor segundo o tal motorista que não conseguiu descrever qual a
sensação de visualizar algo sobrenatural. Também existiu o medo que foi
indescritível naquele momento de pavor.
E
a estória da tal Borboleta Gigante se espalhou pelos velhos motoristas da BR
156.