AUTO
RETRATO
EU
GOSTO DE MIM! ....
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com
classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso
Urbs, classificada com publicação de um
poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da
Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em
Portugal em 2016 e 2017, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista,
Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e
designer em crochê.)
Email:
nmmac@live.com
Aprendi a GOSTAR DE MIM...
(Aprendi que GOSTAR DE MIM, é não fingir aos outros
que gosto deles.)
Gosto de mim, quando me dou
presentes, não espero ganhar dos outros.
Gosto de mim, quando estou
ausente...
Das hipocrisias cotidianas.
Gosto imensamente de mim,
quando não tenho regras
A serem cumpridas por
imposições,
Gosto de mim, quando contemplo
o Mar
Sem limites, sem horizontes,
E vago em minhas velas
imaginarias sem destino.
Gosto de mim ao passar em uma
florista
E escolher a flor do dia, pode
ser uma Tulipa, uma Rosa...
Para debruçar-me sobre sua
beleza e lhe dedicar um poema feito ao acaso.
Gosto de mim, sem modismos,
Gosto de mim, sem o inconformismo convencional,
Sou
verdadeiramente intensa e irrequieta com padrões medíocres.
Gosto de mim procurando rotas
de um rio
Gosto de
mim ao contemplar no mar, ondas bravias a bater em pedras pujantes.
E que
depois das ondas no seu bailar, continuam intactas e soberbas.
Gosto de
mim, ao escolher minha música preferida
Sem dividir com medíocres seus gostos
insanos.
Gosto de
mim, ao sorver um Tawny sem pressa
Numa taça
translucida de desejos.
Gosto de mim, ao passear em belos jardins
europeus. E amo contemplar a florada das Camélias, e Tílias.
Este sim,
é um verdadeiro gostar.
Gosto de
mim, quando me delicio com morangos frescos,
E nem
gosto de diamantes.
Gosto de
mim quando vou a um verdadeiro mercado de sabores do mar, e posso escolher meu
pedaço de Salmão fresco, que será somente presenteado com sal do Algarves e
gotas de limão siciliano, e depois adormecido em manteiga com sal.
SOU ASSIM!
GOSTO DE MIM!
GOSTO DE MIM, SEM PRESSA, SEM PINTURAS,
SEM RETOQUES, SEM FRESCURAS....
Gosto de
mim, ao ir a um lançamento em Lisboa de uma obra onde sou coautora com tantos
mestres e doutores, sim, fizeram doutorado e na Europa.
Gosto
de mim, quando volto a infância e revejo na lembrança meus belos cachos de
menina afro.
E gosto
de mim quando na velhice posso usa-los de novo sem medo.
Gosto de mim, quando desprezo olhares
insignificantes e críticos, que nada me comovem ou me tocam, ou me acrescentam.
E gosto
de meus olhos da cor de mel, com pouco de fel, quando servem para observar hipócritas
e medíocres.
Gosto de
mim, com poucos segredos.
Gosto de
mim, ao pôr do sol,
Ao amanhecer
Ao anoitecer....
Gosto de mim ao fazer um poema sem a
pretensão de satisfazer algum leitor.
Gosto de
mim em RETRATOS EM PRETO E BRANCO.
GOSTO
DE MIM, QUANDO QUERO VIAJAR, amo viajar
para bem longe...
Só lamento
não ter dinheiro para ir a lugares que desejo,
Mas,
já gosto de mim o suficiente quando cheguei a muito Países pelo mundo.
Gosto de
mim ao sentar em um aeroporto e escutar tantas línguas diferentes.
E meu
olhar sorri internamente, e digo, gosto de mim, porque estou aqui.
Gosto do
barulho de um motor de avião, porque ele poderá me levar a tantos lugares que
amo.
Gosto de mim ao caminhar na orla do Douro
e não ver ninguém que enxergava antes.
Gosto do
gosto do anônimo na minha reta.
Gosto de
mim, sem medo.
Gosto de
mim com meus segredos, que não compartilhei,
E não vou compartilhar,
Aprendi
que o tempo, me deu discernimento, não demência.
Gosto de
mim, sem pedir piedade,
Gosto de
mim, quando não recebo esmolas,
Gosto de
mim, quando me ergo altiva, mesmo com meio século de vivencia.
Gosto de
mim, quando tiro da dor, experiência.
Gosto de
mim, quando, não quero mais chorar,
Gosto de
mim, quando não mais preciso implorar...
Gosto de
mim, na minha presença,
Gosto de
mim, na minha ausência,
Gosto de
mim, sem clemencia,
Gosto de mim, quando não sou SOMBRA.
E gosto de mim, quando deixei de idolatrar
medíocres e lixos.
E no
auto- retrato de tantos artistas famosos que já contemplei PELO MUNDO.
Faço meu
AUTO RETRATO, sem telas ou tintas...
GOSTANDO VERDADEIRAMENTE DE MIM.