LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS
AMARGAS”
PUTAS NÃO GUARDAM SEGREDOS! (Me disse UMA,
e um dia contam...) E EU gosto de escutar...
(A PUTA E O VELHO GARANHÃO)
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com
classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso
Urbs, classificada com publicação de um
poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da
Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em
Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português
e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com
25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em
crochê.)
ELA
era linda.
Olhos da
cor de mel, lábios como desenhados por um pintor, lhe disse um dia um
conhecido.
E ELE (
) profissional da engenharia, nunca foi bonito, mas seu “charme” como diziam as pioneiras da
prostituição, era a voz “mansa” e a sedução.
Muitas
mulheres com filhas jovens, belas e na flor da idade, morriam de medo que ele
as desvirginassem, não queria casar, mentia, iludia, prometia um futuro melhor,
mas nunca cumpria, era um verdadeiro Dom
Juan Caboco.
Deve
ter tido vários filhos.
E a bela jovem afrodescendente, na flor da
idade, ficou seduzida por ele.
E se encantou com um carro do ano que ele
comprou.
Ela na adolescência, e ELE muito esperto, não conseguia
nada.
Mas de
tanto insistir, ela estudante, e ele funcionário público, se encontravam pelas
ruas de Macapá, da velha Macapá, com suas mangueiras frondosas, com sua
segurança peculiar, com suas casas de janelas de venezianas, e portas abertas
sem medo de Ladrão, era década de setenta.
Um dia
ELA aceitou uma “carona”.
E ELE a levou para as bandas do Pacoval,
dizem que lá ele tinha um abatedouro.
Com medo
da Mãe que era muito braba, ELA se
esquivou.
Os anos
passaram, os dois envelheceram, ELA
se tornou uma profissional, e ELE,
parece se aposentou de tudo ( )
Ainda se
encontraram por acaso um dia em Belém do Pará em um restaurante, mas, “o
encanto tinha desaparecido”.
Ele envelhecido,
mas ainda com aquele velho ar sedutor, e ELA
sabia de seu passado, e sorriu, talvez “satisfeita”,
porque na escolha para um casamento, ELE
escolheu uma PUTA, e ELA como para se vingar, pensou: e a PUTA ainda era feia.