LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS
AMARGAS”
(A PUTA E A CAPIVARA )
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com
classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso
Urbs, classificada com publicação de um
poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da
Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 24 obras lançadas em
Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português
e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com
25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em
crochê.)
Numa
rede velha que ELA ( ) se balançava para amenizar o calor, a
memória trabalhava feito roda de máquina antiga, sapos gritavam sem parar, um
cachorro “pirento” se coçava cheio de pulgas, o calango tentava subir em tabuas
podres, e um Rato gordo como a passear na podridão de onde ELA aportou, eram sua companhia, agora que envelheceu.
Atravessou
o Rio Amazonas cheia de esperança de um mundo melhor.
Apenas mudou de lama.
Antes
era a lama do rio, agora, era a lama do lago podre.
Quando
queria desafogar suas tristezas, “enchia a cara” em cervejas mal geladas depositadas
sobre a sujeira de uma mesa velha que era morada de vermes no fundo de seu catre.
Ainda tentou
se modernizar, comprou uma chapinha para alisar os cabelos quando fosse a algum
dançará barato com a eterna amiga de farra, mas, já não era tão jovem, os
peitos caíram, a bunda desabou, virou “foló” literalmente.
E para
muitos ( ) ainda era “pavulagem”.
O mal
gosto imperava, o corpo nem ajudava mais, porém, tentava a todo custo fazer com
que a idade não aparecesse, os vestidos horrorosos não se ajustavam mais, a
perna torta, o perfume barato, que dava dor de cabeça. Égua!
E na
boca, parece que o cheiro da comida, não saia mais, parece que ficou feito cola
no céu da boca, dizia para a companheira.
EU não
suporto mais sentir o cheiro de CAPIVARA.
Comi tanto
essa porcaria que agora só penso em vomitar.