NECA MACHADO
“MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS”
(LEMBRANÇAS AMARGAS)
*O SONHO EUROPEU DE CABOCAS DA AMAZÔNIA
RELATOS REAIS- PESQUISAS NA AMAZÔNIA
AMAZÕNIA-BRASIL
APRESENTAÇÃO
Como uma verdadeira Mulher da
Amazônia, nascida no entorno do Poço do Mato, um logradouro cultural da
cidade de Macapá, no estado do Amapá, extremo norte da fronteira com a Guiana
francesa, banhado pelo majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar
as futuras gerações este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao
longo de mais de três décadas”.
Escutei desde criança, estórias de terror de
Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização
do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas correntezas
do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram, desapareceram
sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para relatar a
poucos ouvintes suas dores.
São mais de 200 relatos reais que escutei
atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos,
uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as
humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas
vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado,
tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes,
outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana
francesa continua sendo um Condado da França.
São estórias reais com a “minha característica”
de reproduzi-las com pura emoção literal.
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa,
Oceania, América do Sul) 2016, classificada
em 2016 na obra brasileira
“Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na
obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e
2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 27 obras lançadas em Portugal
em 2016, 2017, 2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas,
publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra
lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A
vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4”
(14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make
believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em
Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra,
além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa –
Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019.
Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs
na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
MEU NOME É MARIA!
TEMPESTADE E CALMARIA.
MEU NOME É MARIA!
SOU TEMPESTADE E CALMARIA!
“Posso
ser atingida por ondas, mas, não afundarei, porque se não houver chuvas, não
haverá floradas...”
EU não sou Santa,
Nem
tenho manto,
Mas,
tenho fé...
Desbravo
a dor
Cheia
de pranto
Faço
do encanto
A
magia em curso, feito Maré....
MEU NOME É MARIA!
INTENSA, CHEIA DE TERNURA
Caminho, percurso de pura coragem.
Atravesso PONTES entre Continentes sem
olhar para trás.
MEU NOME É MARIA...
Posso
ser, Joana, sem ter espadas,
Vitoria
com minhas glorias,
Sabrina
com meu sabre das entranhas da Mata,
Posso
ser uma ISIS tucuju com o sabor da floresta
nativa, nascida e parida no Rio Amazonas.
DIANA, iluminada pelo Sol do
Equador.
Posso
ser MAIA, soberana das Marés.
Posso
ser IRENE pacificando meus próprios
conflitos.
Posso
ser AFRODITE, como uma espuma saída
das POROROCAS e das lendas da floresta.
Posso
ser MAIA, Terra nativa, cultivando
minha essência Raiz.
MAS,
SOU, SOMENTE MARIA!
NÃO
SOU DEUSA, NEM RAINHA,
APENAS MARIA!
TERRA, CHÃO, MARÉ E CORAÇÃO!
Não
sou Santa de candura, mas, cultivo a fé!
Na
harmonia das horas
Sou
tão Senhora, de Maria a Nazaré...
Sou
Senhora de meus Sonhos,
Tenho
o encanto da floresta,
Brilho
suave na testa
Essência
nativa da Terra.
Banhada
com a magia de deuses afros.
Que
aportaram suas Luzes divinas
Em
minha cor.
MEU NOME É MARIA!
Sou
descendente afro, cultivada na derme, gravada no amago.
MARIA
de suor, lagrimas, dor e alegrias,
MEU NOME É MARIA! TEMPESTADE E CALMARIA.
Maria
feito maré sem rumo
Que
desagua em norte incerto
Com o
vento bravio no rosto, como recompensa
Serena,
altiva e MARIA!
ENTRE NAÇÕES, CONTINENTES E OCEANOS...
MEU NOME É MARIA!
Caminheira sem raiz
Com raízes aéreas, motriz de uma força
singular.
MARIA compasso
Passo,
encanto, magia
Soneto,
rima, poesia...
MARIA, MARÉ, TEMPESTADE E CALMARIA!
MEU NOME É MARIA!
ENTRELAÇADA DE SONHOS DE ESPERANÇA.
Percurso
e fé,
Caminho,
trilhas, ninhos
Prados,
montanhas
Céu
infinito
Nuvens
esparsas
Voo
livre, MEL NOS OLHOS...
SOU A MARIA, mas, não sou SANTA.
Sem manto, tenho prantos,
Tenho dor, tenho risos de encantos,
Mas, tenho fé!
MEU NOME É MARIA!
TEMPESTADE E CALMARIA!
Dependendo da euforia.
“ORGULHO DE SER, SIMPLESMENTE MARIA! ”