NECA MACHADO
MITOS E LENDAS
MITOLOGIA DA AMAZÔNIA
CONTOS E POESIAS DA BEIRA DO RIO AMAZONAS
AMAZÔNIA-BRASIL
Copyrigth @ 2020 by
Neca Machado
Impresso
Printed
Por: Neca Machado
MEMORIAL DA NECA
MACHADO
Contatos com a Autora;
e.mail: nmmac@live.com
Blog. ecosdeapolo.blogspot.com
“Os
textos deste exemplar reproduzem integralmente estórias originais do imaginário
popular do extremo norte da Amazônia, e refletem o ponto de vista de pioneiros
ribeirinhos, recontados pela autora. ”
NECA
POR NECA MACHADO
Considero-me uma amapaense bairrista por
amar minha raiz, nasci em 05 de agosto de 1961, na cidade de Macapá, estado do
Amapá. (Estou desencarnando...)
Os antigos caboclos tinham por habito
olhar no calendário ao registrar seus filhos o dia do santo.
E lá fui eu batizada com o nome de Nossa Senhora das Neves, chamo-me então
Neves Machado, aos pouco minha mãe
soberba com uma menina negra de olhos da cor de mel, chamou em sua ousadia de Boneca, com o passar dos anos restou NECA, assumi o pseudônimo de NECA MACHADO.
Sou irrequieta, intensa, temperamental,
ousada, audaz, atemporal, e não me contentei com a miséria e nem com a
ignorância, não tenho o habito de ter MEDO,
considero-me CORAJOSA.
Busquei conhecer a administração e em
Belém do Pará formei-me em bacharel em
administração de empresas geral, depois licenciei-me plena em pedagogia pela Universidade Federal do
Amapá, sou especialista em educação
com base tecnológica pela Faculdade Seama em parceria com a Secretaria de
Educação do Amapá, sou pós graduada em
ensino profissionalizante e com a mesma inquietude de amar a historia do
Poço do Mato, logradouro patrimônio cultural do Amapá, fui a academia mais uma
vez especializar-me em Direito Ambiental,
sou Bacharel em Direito Ambiental.
Incomodei muitos medíocres ao tornar-me jornalista colaboradora com mais de
2000 (duas mil) publicações entre artigos, contos, crônicas e poesias.
Depois de mais de quarenta anos deixei a
Igreja católica para acreditar no espiritismo,
considero-me uma mulher alem do normal, tenho uma sensibilidade à flor da pele, muitas habilidades, mas não sou
especial, sou alguém com algo sobrenatural, e por isso deixarei as futuras
gerações um pouco de minhas habilidades, quer nas artes plásticas, quer na
literatura, na fotografia, na poesia, nas artes impressionistas e abstratas e
na gastronomia.
Simplesmente! Neca por Neca Machado
NECA
MACHADO
SOU RESILIENTE
Muitas vezes as adversidades não
conseguem mudar uma pessoa, apesar de seus sofrimentos, e de suas angustias,
elas seguem sem conseguir rever valores altruístas.
Aos 58 anos, percebo que sou capaz de me
auto definir como uma PESSOA RESILIENTE.
Para muitos a capacidade de superação é
um voo de uma Fênix interior que se sobrepõe as adversidades, que consegue
lidar com seus medos sem demonstrar fraqueza, que supera a cada dia obstáculos
inimagináveis, encontrando forças internas que a impulsionam a caminhar altiva.
SOU
ASSIM> RESILIENTE.
Com meus medos, angustias, e emoções, eu
sou assim serena na contramão das descidas íngremes fazendo desta superação um
caminhar para a sabedoria. Resistindo as pressões de uma sociedade hipócrita e
desigual.
SOU
ASSIM > RESILIENTE
Com minha eterna vontade de crescer
diariamente, sem atropelos nem medos, sou corajosa, não temerária, tomo
decisões pensadas, racionais. Reorganizo a cada dia, erros, insatisfações e
metas.
SOU
ASSIM RESILIENTE.
Aprendi com o tempo a controlar meus
impulsos juvenis, ímpetos da juventude, me mantenho serena quando há
necessidade de reaver fortes emoções. Aprendi a chorar sem medo de lavar a
alma. Coloco-me no lugar do outro, assim permito dividir e compartilhar
sofrimentos. SOU ASSIM > RESILIENTE.
MITOLOGIA AMAPAENSE
Estórias recontadas por Neca Machado
Mitologia da Amazônia é uma coletânea de
conversas com PIONEIROS residentes
no extremo norte do Brasil, recolhidas ao longo de mais de trinta anos, onde
aprendemos somente a escutar estórias, que fizeram parte de nossa infância,
vividas no bairro do Laguinho, reduto de manifestações culturais expressivas,
misturando lembranças de uma geração em que a importância das historias
contadas por minha avó Dona Leopoldina Machado perpetuou dentro de mim, um
sentimento de bairrismo com nossa raiz afrodescendente para dividirmos com as
futuras gerações que não conhecem a história de homens ribeirinhos da Amazônia.
Tomamos um amor especial por um tema
onde o POÇO DO MATO, é central, ele
fica localizado no coração do bairro do Laguinho, no meio da Avenida Padre
Manoel da Nóbrega, no centro da cidade de Macapá, entre as ruas: General Rondon
e São José, e foi declarado Monumento de interesse cultural do Estado do Amapá,
através do Projeto de Lei nº 037/93, da Câmara de Vereadores do Município de
Macapá.
O
POÇO DO MATO possui
importância impar para o povo amapaense, foi tema de samba enredo da Escola
Jardim Felicidade no ano de 2007, por indicação do carnavalesco Carlos Pirú, e
teve como samba enredo o titulo: “Poço do Mato, águas laguinenses que banharam
o meu corpo e saciaram minha sede. ” Era um cenário de um meio ambiente
cultural até a década de setenta dos mais belos no entorno da área de ressaca
do bairro do Laguinho no estado do Amapá, extremo norte do Brasil.
Pela crendice popular, em sua área de
densa floresta, povoavam mitos e lendas, onde o cenário de medo predominava,
com seres inimagináveis, assombrações e personagens folclóricos que se
misturavam num espetáculo de magia e encantamento que fizeram parte da infância
de muita gente no Amapá. Hoje totalmente desaparecido por sucessivas invasões.
Uma das principais personagens
referenciais do POÇO DO MATO, foi o executor da obra que fazia parte do
desenvolvimento da antiga Companhia de Água do Amapá, era o português ANTONIO PEREIRA DA COSTA, nascido em Vila Nova de Gaia-Porto-Portugal
a 17 de fevereiro de 1901, e falecido em Macapá a 03 de julho de 1983.