UM CINEMA SÓ PRA MIM!
By:
Neca Machado (Europa 2021)
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Memorialista com tons nostálgicos
sobre pioneirismo tucuju. Contadora de Estórias, que preserva os sabores e
saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no
extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em
Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da
Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 15 Países
(Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada em 2016
na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso
Urbs, classificada com publicação de um
poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017,
2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 33 obras lançadas em Portugal
em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas,
publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra
lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na
obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia
4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra do 5º Festival de Poesia de
Lisboa 2020, coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make
believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em
Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra,
além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa –
Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Co
autora na obra em francês Almanaque do fundo Mar, lançamento, Brasil,
Suíça e Portugal em 2020 e 2021. Licenciada Plena em Pedagogia,
Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em
Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
*NECA
MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA
(30
ANOS DEDICADOS A EDUCAÇÃO DO AP-BRASIL)
Email:
nmmac@live.com
NOMADLAND
Direção: Chloé Zhao
“Foi o grande vencedor do Oscar 2021”
Em Portugal
onde decidi morar depois de aposentada, após um ano de confinamento obrigatório
por causa da pandemia da covid 19, o mês de abril de 2021 finaliza com sinais
de abertura social e cultural de espaços singulares em um país onde a cultura
tem vertentes para todos os gostos.
E depois de receber o prêmio de melhor filme de 2021 NOMADLAND
me estimulou a voltar ao cinema com segurança após ver as medidas do
governo de que espaços como os cinemas são seguros.
E lá fui EU ao cinema.
Pago o ingresso para a sessão das 14:40 e espero
começar.
E NADA de ninguém chegar, me assusto, estou SÓ,
literalmente só.
E acho que não vai ter filme, me dirijo a recepção e
pergunto a moça que me vendeu o bilhete: vai ter filme?
E ela responde vai sim, e eu de novo preocupada questiono:
mas estou sozinha.
E ela: vá que vai passar.
E realmente começa uma sessão onde sou a
única telespectadora.
E me vejo a sorrir, parece cômico se não fosse trágico.
Empresários com prejuízo, carga tributária alta na Europa, encargos
trabalhistas, mas, enfim, UM CINEMA SÓ PRA MIM.
E assisto um filme extremamente profundo.
NOMADLAND
Um filme que retrata em forma de lirismo uma realidade
crua de um país considerado exemplo de riqueza, os EUA, o tema extrapola a
temporalidade, será sempre atual, trazendo o retrato das desigualdades existentes
e a coragem de seres humanos que descem ao ínfimo da pobreza, onde seus lares,
agora fazem parte do passado, e seus presentes são para muitos deles, suas
caravanas de passeio, sem terras, sem espaço, sem teto, e seus tetos são parte
do universo onde muitos se debruçam sobre memorias afetivas que infelizmente
precisam deixar para trás.
NOMADLAND
Está em cada um migrante, imigrante ou corajoso.
Está em cada um de nós que decide deixar suas raízes para
descobrir novos horizontes.
“Hoje me sinto parte de uma nômade que ama o lugar que
me faz feliz, e a ele chamo de lar, que deixei de ter saudade para ter boas
lembranças, que deixei de saborear as frutas de minha infância, para descobrir
novos sabores pelo mundo.”
NOMADLAND
É um banho de poesia embebida de lirismo na alma, que
merece ter mais espectadores, e não um cinema vazio, com uma espectadora
radiante por TER UM CINEMA SÓ PRA MIM.