NECA MACHADO
“MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS”
(LEMBRANÇAS AMARGAS)
*O SONHO EUROPEU DE CABOCAS DA AMAZÔNIA
RELATOS REAIS- PESQUISAS NA AMAZÔNIA
Amazônia-BRASIL
SINOPSE
MEMÓRIAS
DE PUTAS VELHAS
(By:
Neca Machado)
“Um dia ao escutar uma estória triste
de uma Velha Prostituta”, refleti
sobre suas dores e seus desamores, e decidi que UM DIA colocaria emoção nas suas paixões em forma de poesia, e
durante quase trinta anos como jornalista Colaboradora, o tema não me saiu da
memória, e quase na porta dos sessenta
anos, resolvi deixar as futuras gerações, muitas delas de Prostitutas modernas, estórias antigas
de sonhos que não se tornaram realidade, de projetos de enriquecimento através
da venda de seus corpos que as destruíram, tanto fisicamente como mentalmente.”
Memórias de Putas Velhas, é uma
coletânea de lagrimas, e de dores, feridas que nunca cicatrizaram, na alma e na
derme. Uma reflexão para Mulheres que poderiam ter outras opções, mas
escolheram um falso amor, porque muitas na prostituição também se apaixonam por
seus clientes, e não são correspondidas.
Estórias
de dependência química do falso amor, e das drogas licitas e ilícitas.
Relatos
de aprisionamentos, violências físicas e mentais, torturas e assassinatos,
fantasias assustadoras da natureza desumana, numa essência poética de fácil
linguagem, minha característica literária.
Um leitor de minhas crônicas como
jornalista, me disse um dia que minha escrita era pura emoção.
Concordei!
APRESENTAÇÃO
Como uma verdadeira Mulher da
Amazônia, nascida no extremo norte do Brasil, fronteira com a Guiana
francesa, meio do mundo literalmente, na Linha do Equador, estado banhado pelo
majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar as futuras gerações
este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao longo de mais de três
décadas, como Jornalista”
Escutei desde criança, estórias de terror de
Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização
do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas
correntezas do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram,
desapareceram sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para
relatar a poucos ouvintes suas dores.
São mais de 200 relatos reais que escutei
atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos,
uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as
humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas
vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado,
tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes,
outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana francesa
continua sendo um Condado da França.
São estórias reais com a “minha
característica” de reproduzi-las com pura emoção literal.
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa,
Oceania, América do Sul) 2016, classificada
em 2016 na obra brasileira
“Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na
obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e
2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 28 obras lançadas em Portugal
em 2016, 2017, 2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas,
publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra
lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A
vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4”
(14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make
believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em
Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra,
além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa –
Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019.
Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs
na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
HOMENAGEM A TODAS AS “MARIAS “
Começo essa odisseia literária com um POEMA dedicado a “TODAS AS MARIAS”
MARIAS, anônimas, verdadeiras heroínas, muitas
analfabetas, outras tantas sem perspectivas de um futuro educacional, que viram
na prostituição um galgar para terem melhores “qualidade de vida”, numa vida
“considerada por muitos imbecis, FÁCIL,
mas que de fácil era um verdadeiro
inferno na Terra, me disse “uma velha prostituta. ”
MARIAS, subjugadas a verdadeiras torturas,
maltratadas por verdadeiros homens-animais, que viam no sexo, apenas um
extravasar de espermas, fazendo delas, deposito de seus excrementos, muitas
delas, morreram de doenças sexualmente transmissíveis sem sequer saberem o
nome, diziam algumas que começava apenas com um “esquentamento”, e aí, tantas
outras foram contaminadas por hepatite “C”, AIDS, tuberculoses, pegaram
malárias 10 vezes, me disse uma...
E tantas outras até hoje tem vergonha do
passado.
MARIAS,
sem véu, sem mantos, somente com prantos...
MARIAS, que sorriam na hora do pagamento, mas que
choravam por dentro na hora de irem para a cama com homens, sujos de corpo e de
alma, muitos vindos dos garimpos, sem higiene, violentos e sem educação, homens
afrodescendente verdadeiros animais, nascidos no outro lado do rio Oiapoque, me
disse outra, eram “avantajados
sexualmente” e “nos arrebentavam
literalmente” me disse outra.
TENHO
ORGULHO DE SER “MARIA”, MEU NOME É MARIA!
Este livro é DEDICADO A TODAS AS “MARIAS”: (Maria...
Raimunda, Joana, Joaquina, Tereza, do Carmo, Conceição, Isaura, Izabel, Cecilia,
Celia, Osvaldina, Lucia, Antonia, Benedita, das Dores...E a Todas as outras que
se envergonharam na PROSTITUIÇÃO de
serem MARIAS, e mudaram seus nomes originais.
“IN MEMORIAN”
DE
TODAS
AS MARIAS, MORTAS NA
PROSTITUIÇÃO
( + )
MEU NOME É MARIA! (Neca Machado)
TEMPESTADE E CALMARIA.
MEU NOME É MARIA!
SOU TEMPESTADE E CALMARIA!
“Posso
ser atingida por ondas, mas, não afundarei, porque se não houver chuvas, não
haverá floradas...”
EU não sou Santa,
Nem
tenho manto,
Mas,
tenho fé...
Desbravo
a dor
Cheia
de pranto
Faço
do encanto
A
magia em curso, feito Maré....
MEU NOME É MARIA!
INTENSA, CHEIA DE TERNURA
Caminho, percurso de pura coragem.
Atravesso PONTES entre Continentes sem
olhar para trás.
MEU NOME É MARIA...
Posso
ser, Joana, sem ter espadas,
Vitoria
com minhas glorias,
Sabrina
com meu sabre das entranhas da Mata,
Posso
ser uma ISIS tucuju com o sabor da
floresta nativa, nascida e parida no Rio Amazonas.
DIANA, iluminada pelo Sol do
Equador.
Posso
ser MAIA, soberana das Marés.
Posso
ser IRENE pacificando meus próprios
conflitos.
Posso
ser AFRODITE, como uma espuma saída
das POROROCAS e das lendas da floresta.
Posso
ser MAIA, Terra nativa, cultivando
minha essência Raiz.
MAS,
SOU, SOMENTE MARIA!
NÃO
SOU DEUSA, NEM RAINHA,
APENAS MARIA!
TERRA, CHÃO, MARÉ E CORAÇÃO!
Não
sou Santa de candura, mas, cultivo a fé!
Na
harmonia das horas
Sou
tão Senhora, de Maria a Nazaré...
Sou
Senhora de meus Sonhos,
Tenho
o encanto da floresta,
Brilho
suave na testa
Essência
nativa da Terra.
Banhada
com a magia de deuses afros.
Que
aportaram suas Luzes divinas
Em
minha cor.
MEU NOME É MARIA!
Sou
descendente afro, cultivada na derme, gravada no amago.
MARIA
de suor, lagrimas, dor e alegrias,
MEU NOME É MARIA! TEMPESTADE E CALMARIA.
Maria
feito maré sem rumo
Que
desagua em norte incerto
Com o
vento bravio no rosto, como recompensa
Serena,
altiva e MARIA!
ENTRE NAÇÕES, CONTINENTES E OCEANOS...
MEU NOME É MARIA!
Caminheira sem raiz
Com raízes aéreas, motriz de uma força
singular.
MARIA compasso
Passo,
encanto, magia
Soneto,
rima, poesia...
MARIA, MARÉ, TEMPESTADE E CALMARIA!
MEU NOME É MARIA!
ENTRELAÇADA DE SONHOS DE ESPERANÇA.
Percurso
e fé,
Caminho,
trilhas, ninhos
Prados,
montanhas
Céu
infinito
Nuvens
esparsas
Voo
livre, MEL NOS OLHOS...
SOU A MARIA, mas, não sou SANTA.
Sem manto, tenho prantos,
Tenho dor, tenho risos de encantos,
Mas, tenho fé!
MEU NOME É MARIA!
TEMPESTADE E CALMARIA!
Dependendo da euforia.
“ORGULHO DE SER, SIMPLESMENTE MARIA! ”
MEU NOME É MARIA! MAR, MARÉ, MARESIA...
TEMPESTADE E CALMARIA.
MEU NOME É MARIA!
AR....MAR, MARÉ, MARESIA...
ABRIGO
SENTIR,
POESIA....
MEU NOME É MARIA, MAR,
AR, MÃE, MARÉ, MARESIA...
Sou
maré a desaguar em teu oceano....
Me
entranho no teu azul celestial
Fundo-me
com tuas cores,
E
aprofundo me em tuas ondas,
Mergulho
Colho,
Recolho,
Escolho...
Desfolho-me,
Deixando
minhas pétalas de flor silvestre
A
vagar em teu infinito.
SOU MARIA, AR E MAR.
MARÉ, MARESIA.
A
bater no cais e dançar no ar,
A
sombrear-me nas pedras ao teu redor,
A ser
Maré infinita no teu azul,
A
vagar por tempestades entre Mundos,
A ser
ponte entre continentes distantes,
A
tecer minhas teias
Entre
tuas ondas
A
levitar com o vento que te encobre
Em
noites de euforia.
SOU MARIA,
SOU MARÉ,
MARESIA.
Sou
estrela a te guiar
Em
noites de escuridão
E sou
espelho a te fitar
Quando
queres minha mão.
Sou
teu ventre, e tua entranha,
A
versejar tua cor,
A
debruçar-me de poesia,
Por
teu AMOR.
SOU, SIMPLESMENTE MARIA!
QUE AMO, CONTEMPLAR O MAR.