DICAS
DE VIAGEM POR NECA MACHADO- AMAZÔNIA
UMA
VIAGEM CULTURAL PELO MOSTEIRO DOS JERÔNIMOS-LISBOA
(MOSTEIRO
DE SANTA MARIA DE BELÉM)
O
Mosteiro dos Jerónimos encontra-se classificado como Monumento Nacional desde
1907 e, em 1983, foi classificado como Património
Mundial pela UNESCO, juntamente com
a Torre de Belém.
A 7 de
Julho de 2007 foi eleita como uma das sete
maravilhas de Portugal
NM (Neca Machado)
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa
com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania,
América do Sul) 2016, classificada em
2016 na obra brasileira “Cidades em tons
de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,
classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau
Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora da Cultura Tucuju,
Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 15 obras lançadas em Portugal em 2016
e 2017, Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da
Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição
limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em
Poesia, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25
blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
O Visitante turista que vai a LISBOA-PORTUGAL obrigatoriamente tem
que visitar e conhecer um dos locais mais importantes da história e cultura lusa,
o MOSTEIRO DOS JERONIMOS ou Mosteiro de Santa Maria de Belém, onde
estão túmulos importantíssimos para a cultura mundial como Camões e Vasco da Gama.
Em 2016
foi denominado de PANTEÃO NACIONAL. Um
dos símbolos da cultura portuguesa.
Sendo uma das principais Igrejas da Europa.
O Mosteiro dos Jerónimos encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1907 e, em 1983, foi classificado como Património Mundial pela UNESCO, juntamente com a Torre de Belém.
A 7 de Julho de 2007 foi eleita como uma das sete maravilhas de Portugal
O Mosteiro dos Jerónimos ou Mosteiro
de Santa Maria de Belém é um mosteiro português da Ordem de São
Jerónimo construído no século XVI. Situa-se na freguesia de Belém, na cidade e concelho de Lisboa. Tem, desde 2016, o estatuto
de Panteão Nacional.
Ponto culminante da arquitectura manuelina, este mosteiro é o
mais notável conjunto monástico português
do seu tempo e uma das principais igrejas-salão da Europa. A sua construção iniciou-se, por
iniciativa do rei D. Manuel I, no
dealbar do século XVI e prologou-se por uma centena de anos, tendo sido
dirigida por um conjunto notável de arquitetos/mestres de obras (destaque-se o papel
determinante de João de Castilho).
.
Estreitamente ligado à Casa Real Portuguesa e à
epopeia dos Descobrimentos,
o Mosteiro dos Jerónimos foi, desde muito cedo, "interiorizado como um dos
símbolos da nação".
É hoje uma das mais importantes atrações
turísticas de Portugal, contando um total de 807 854 visitantes em 2014, 944
000 em 2015 e 1 166 793 em 2017.
IGREJA
Planta da Igreja, c. 1880 (Haupt)
A
Igreja apresenta uma planta em cruz latina, composta por três naves à mesma altura (igreja
salão), coberta por uma extensa abóbada polinervada suportada por seis pilares.
A abóbada do cruzeiro cobre, sem apoios intermédios, uma largura de 30 metros,
representando "a realização mais acabada da ambição tardo medieval de
cobrir o maior vão possível com o mínimo de suportes" (Kubler). A profusão
de ornatos atinge o seu auge neste vasto espaço.
Na capela à
esquerda do transepto está sepultado o Cardeal-Rei D. Henrique e os dos
filhos de D. Manuel I; na que se situa à direita
encontra-se o túmulo de D. Sebastião e
dos descendentes de D. João III. A igreja acolhe também os
túmulos de Camões e Vasco da Gama, da autoria de Costa Mota,
tio.
A capela-mor
inicial, de Boitaca, foi demolida e substituída por outra, mandada construir em
1571 por D. Catarina, mulher de D. João III. Foi traçada
por Jerónimo de Ruão, que aqui introduziu o estilo
maneirista, estabelecendo um forte contraste com o corpo manuelino
da Igreja. Nas arcadas abertas entre os pares de colunas laterais estão
situados os túmulos de D. Manuel I e de sua mulher, D. Maria, de D. João III e
D. Catarina. No altar-mor encontra-se um retábulo do
pintor Lourenço de Salzedo com cenas da Paixão de
Cristo e a Adoração dos Magos.
O Restelo, zona próxima de Lisboa onde viria a ser implantado o
futuro Mosteiro dos Jerónimos, era de início uma pequena aldeia na margem do
rio Tejo. Cresceu sob o impulso do comércio
marítimo e da produção naval, que viria a ter grande importância estratégica e
logística no que se refere à protecção das vias marítimas portuguesas,
transformando-se posteriormente num grande porto comercial e abrigo para os
navegantes. A Conquista de Ceuta (1415),
das Índias e Costa
da Africa deram grande impulso à expansão marítima portuguesa e
consequentemente ao crescimento deste porto, então denominado Restelo. Entretanto, tal crescimento não
foi acompanhado pelo desenvolvimento das infraestruturas necessárias, o que
torna a população, já massacrada pelas dificuldades em alto mar, mais
vulnerável às doenças. Para atender a estas novas demandas o Infante Dom
Henrique, em 1452, ordenou a construção da Ermida de Santa Maria de Belém e ainda
serviços de canalização de água, casas para habitação do presbitério e terrenos para produção
agrícola. Nessa igreja, os grandes navegadores como Pedro Álvares
Cabral, Vasco da Gama e
outros, faziam vigílias antes de partirem para as suas grandes viagens
marítimas.
Em 1496, antes da descoberta do caminho
marítimo para a Índia por Vasco da Gama, D. Manuel I fez um pedido à Santa Sé para que lhe fosse concedida
autorização para se erigir um grande mosteiro no lugar da velha ermida da Ordem de Cristo à entrada de Lisboa,
junto às margens do Tejo. Os trabalhos de construção tiveram início a 6 de
Janeiro de 1501 ou 1502 (desconhece-se o ano exato), depois de terminada a
viagem de Vasco da Gama, e puderam ser custeados pelo rei com verbas
provenientes do comércio com o Oriente. Em 1518 D. Manuel decidiu, em
testamento, transformá-lo no seu próprio panteão, amplificando "o caráter
excecional da monarquia e da linhagem que com ele nascera, como ramo da dinastia de Avis. Mas quis distingui-la
através de uma obra sumptuosa, que estivesse de acordo com os princípios da
propaganda régia e da glorificação de um reino, que se confundia com a sua
pessoa".
O edifício foi construído em calcário (lioz)
extraído de pedreiras não muito distantes do local de implantação. A
grandiosidade do empreendimento e a riqueza da execução prolongaram as obras
por uma centena de anos, em sucessivas empreitadas de construção que tiveram como
mestres responsáveis Diogo de Boitaca, João de Castilho, Diogo de Torralva e, por último, Jerónimo de Ruão.
Apontado como o ponto culminante da arquitetura manuelina, o Mosteiro dos
Jerónimos integra elementos arquitetónicos do gótico final e do renascimento,
associando-lhes uma simbologia régia, cristológica e naturalista, que a torna
única.
Para ocupar o mosteiro foram escolhidos os
monges da Ordem de São
Jerónimo (daí a designação Mosteiro dos Jerónimos), comunidade
religiosa que habitou nestes espaços até à extinção
das ordens religiosas ocorrida no século XIX (1834). O mosteiro
foi então entregue à Real Casa Pia de Lisboa (instituição
destinada ao acolhimento e educação de órfãos e à recuperação de mendigos e
desfavorecidos e que ocuparia os espaços do claustro até 1940); a Igreja passou
a servir de Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Maria de
Belém. Em todo este processo perdeu-se grande parte do valioso
recheio do mosteiro.
Planta
do Mosteiro, c. 1880 (Haupt)
No reinado de D. Manuel I podem considerar-se duas
grandes empreitadas de construção do monumento: a primeira foi dirigida por
Diogo de Boitaca, que definiu a traça do mosteiro e da igreja, revendo
provavelmente a sua escala em 1513 quando o rei adquiriu mais terrenos para o
edifício, o que revela uma intenção de engrandecimento da obra; a segunda
desenrola-se a partir de 2 de Janeiro de 1517, já sob a coordenação geral de
João de Castilho. "O virtuosismo de Castilho na administração de
subempreitadas é a chave para o sucesso da intervenção que põe em campo e em
simultâneo nada mais, nada menos do que duzentos e cinquenta
trabalhadores". Sob a sua coordenação são desdobradas as empreitadas em
sete áreas diferentes: portal sul; portal axial; sala do capítulo; sacristia;
claustro; refeitório; capelas do coro.
É desenvolvido esforço no trabalho com o remate
do piso térreo do claustro e início da construção do segundo piso (do que irá
resultar o primeiro claustro abobadado de dois pisos) bem como a execução dos
portais (sul e axial), sacristia, refeitório, parte das paredes e portal da
sala do capítulo. É realizada a cobertura das naves e do cruzeiro da igreja
através de novas e arrojadas soluções técnicas que permitiram conceber um
espaço unificado sem precedentes, a primeira grande igreja salão portuguesa. Com
Castilho assiste-se também a uma alteração a nível da ornamentação
arquitetónica, inicialmente marcada pelo gótico tardio e que irá abrir-se aos
ares do classicismo renascentista («ao
romano») através do plateresco espanhol.
Em 1530 João de Castilho abandona as obras no
Mosteiro dos Jerónimos. Dez anos mais tarde entra em funções Diogo de Torralva
(até 1551), que irá realizar diversas obras de remate das construções
anteriores. É ainda construída uma nova portaria (substituída no século XVII),
projetado o cadeiral do Coro-alto e alterada a capela-mor de modo a receber os
restos mortais de D. Manuel I. Mas será Jerónimo de Ruão a assumir a conclusão
do edifício, ocupando o cargo de mestre-de-obras do Mosteiro de 1563 até à data
da sua morte em 1601. A ele se deve a nova capela-mor, de cariz maneirista, que vai contrastar com o estilo
manuelino, dominante no resto do edifício.
A planta original obedeceu ao esquema típico de
uma casa monástica, incluindo a igreja, claustro e dependências anexas. O que
ainda hoje podemos encontrar em Belém preserva os aspetos essenciais da traça
inicial (século XVI), mas é
de igual modo repositório das inúmeras alterações e acrescentos realizados em
séculos posteriores, de que deverá destacar-se a remodelação realizada no
século XIX e que incluiu a construção do longo edifício, neomanuelino, a poente do mosteiro, onde
hoje estão sediados o Museu
Nacional de Arqueologia e parte do Museu de Marinha.
Nas primeiras décadas do século XX foram
levadas a cabo diversas obras: conclusão do corpo central do anexo; restauro do
cadeiral; desmantelamento dos órgãos do Coro-Alto; instalação dos vitrais da
fachada sul concebidos por Abel Manta. Outros restauros tiveram lugar
aquando da preparação das comemorações dos centenários da Fundação e
Restauração da nacionalidade (1140 e 1640 respetivamente), que haveriam de
culminar na grande iniciativa do Estado Novo que
foi a Exposição
do Mundo Português, 1940 (a iniciativa ocupou o vasto espaço que se
abre entre o mosteiro, verdadeiro pano de fundo da exposição, e o rio / Torre de Belém). Nessa altura a Casa Pia
abandonou a zona do claustro; os túmulos de Camões e Vasco da Gama foram transferidos do
cruzeiro para o subcoro; foi reconstruída a galilé da portaria.
Coro-alto e sacristia
Anterior a
1551, o coro-alto destinou-se,
entre outras, às atividades fundamentais dos monges da Ordem de São Jerónimo
(orações, cânticos e ofícios religiosos), visto a Sala do Capítulo ter
permanecido inacabada até ao século XIX. O cadeiral monástico
(notabilíssimo) que ocupa o espaço a poente, foi projetado por Diogo de
Torralva e executado por Diogo de Sarça (Diego de la Zarza) entre 1548 e 1550;
a sua elaborada conceção erudita revela influência dos modelos maneiristas.
Sobre a balaustrada do coro-alto ergue-se um 'Cristo Crucificado' (1550) do
escultor flamengo Philippe
de Vries (Filipe Brias); oferecido em 1551 pelo Infante D. Luís, é considerado um marco do
triunfo do renascimento em Portugal. O conjunto de
pinturas representando os apóstolos que integra o cadeiral é de autor
desconhecido.
Anexa à
igreja destaque-se a ampla sala da sacristia,
cuja abóbada irradia de uma coluna central. Concebida por João de Castilho, a
sua construção data de 1517-1520. O mobiliário inclui um arcaz de madeira do
século XVI, presumivelmente da traça de Jerónimo de Ruão, onde se conservam
paramentos e alfaias litúrgicas. Sobre o espaldar dispõem-se catorze pinturas a
óleo representando cenas da vida de S. Jerónimo (atribuídas ao pintor
maneirista Simão Rodrigues; executadas c. 1600-1610).