CRONICAS DA NECA MACHADO
“13 DE SETEMBRO,
LEMBRANÇAS DA TIA IZABEL
MACHADO...”
TACACÁ "CHIC" DA NECA MACHADO, TEM LAGOSTINS
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa,
Oceania, América do Sul) 2016, classificada
em 2016 na obra brasileira
“Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na
obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017.
Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10
obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, Autora independente da Obra Mitos e
Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições
em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa
em 09.09.2017, A Vida em Poesia, Licenciada Plena em Pedagogia,
Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em
Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
TORTA DE BANANA NEVADA, ORIGEM TIA IZABEL MACHADO
BOLO CARAMELADO DE BANANAS, CRIAÇÃO NECA MACHADO
BOLINHOS DE PIRACUI PICANTE
SUCO DE TAPEREBÁ
SUCO DE ACEROLA
CROQUETES DE CARNE E ERVAS FRESCAS
Mamãe (IZABEL MACHADO) teve realmente grandes amores, e um deles, foi a
gastronomia, que HERDEI dela a essência
de descobrir SABORES.
Chegou
ao Amapá vinda de Breves, de um lugar chamado Jacarezinho, no vizinho estado do
Pará, nunca fui lá conhecer nossa origem, deveria.
E trazia na bagagem, um filho e a Mãe, minha
Avó Ana Leopoldina Machado, sempre achei que as duas tinham nomes de princesas,
Leopoldina e Izabel. Mas o que
realmente ela trouxe na essência, foi o verdadeiro amor da simplicidade em
fazer das nossas frutas regionais, verdadeiros manjares.
E o 13 de setembro entrou em nossas vidas
definitivamente.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Território
Federal do Amapá era o território federal equivalente ao atual
estado do Amapá.
Graças à brilhante defesa da diplomacia do Barão do Rio Branco, a Comissão de Arbitragem
em Genebra, na Suíça, concedeu a posse do território disputado ao Brasil (1 de maio de 1900), incorporado ao
Estado do Pará com
o nome de Araguari.
Em
plena Segunda Guerra Mundial, visando a fatores
estratégicos e de desenvolvimento econômico, a região foi desmembrada do estado
do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de
setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá.
A descoberta
de ricas jazidas de manganês na Serra do
Navio, em 1945, revolucionaram a economia local.
Com a
promulgação da Constituição brasileira de 1988,
a 5 de Outubro,
o Amapá foi elevado à categoria de Estado.
No então Territorio
do Amapá, o dia 13 de setembro, na
nossa casa, era dia de “ganhar dinheiro”,
não o dia da festa civica, onde os desfiles fariam a felicidade de estudantes
com suas roupas preparadas para um momento singular.
Mamãe (IZABEL
MACHADO) foi Mãe e Pai, nem tinha “estudos”, mas era uma Mulher encantadora
e inteligente, sabia fazer contas nos dedos, era “economista”
de mão cheia, fazia tabelas na cabeça, sabia o que gastava (despesas) e o lucro
era dividido (receita) para que não faltasse nada na nossa mesa.
E na universidade quando estudei as tais “curvas de isoquantas”,
detestei a economia, que ela tanto adorava, por isso criou sozinha seus 04
filhos, “sem pedir esmolas, ou se prostituir” como repetia na nossa cozinha.
“Não gosto de revirar
gavetas, gosto de subir ESCADAS...”
PUDIM DE LIMÃO
TORTA DE BANANA NEVADA
BOLINHOS DE AVIÚ (CAMARÕES MINÚSCULOS) COM PESTO DE MANJERICÃO
13 DE SETEMBRO
E o 13 de setembro era realmente um desfile, DESFILE de doces que ela fazia muito bem.
No dia anterior trazia do
Igarapé das Mulheres, um cacho de banana grande, que pelo mundo tem tantos
nomes, na cabeça, era uma grande Mulher,
tinha somente 1.55, 56, centímetros de pura coragem, tão pequenina, mas, tão
forte, tão determinada, tão visionaria,
e as bananas eram o que mais eu adorava, ela deixava que ficassem quase “pretas”
me dizia, que o sabor era singular, sim, concordo, bananas maduras, são melhores para determinados manjares.
E na manhã seguinte seis horas da manhã ela começava a fritar
bananas que depois eram embebidas em canela, e em cima jogada como por maldade,
um pouquinho de manteiga. Hum!
Parece que sinto o sabor
aqui, no outro lado do mundo, (Estou na Europa)2017.
BANANAS FRITAS COM CANELA E MANTEIGA
E o 13 de setembro ficou
para trás, como um abrir de velhas gavetas...
VATAPÁ NORTISTA DA NECA MACHADO COM LAGOSTINS
E não eram somente suas bananas fritas, tinham croquetes de pão,
sim feitos com massa de pão, e picadinho com muito cheiro verde, tinha também,
bolos caseiros feitos com muito amor, sem “frescuras”, verdadeiros bolos
caseiros, sim, com muito sabor, tinha no
carrinho de vendas da TIA IZABEL, sucos regionais, ela gostava de fazer
suco de fruta, com abacaxi, suco de cupuaçu com pedaços, sim, pedaços de cupuaçu,
tinha também, TACACÁ, sim, há que
tacacá...
E com o passar dos anos, EU
(Neca Machado) SUA SUCESSORA, sim não herdei o que deixou, SEGUI o que ela plantou. Aprimorei,
pesquisei, investiguei pelo mundo, (mais de 11 Países) e modifiquei alguns
sabores seus, mas a verdadeira essência de TIA
IZABEL, ESTÁ NO MEU SANGUE.
“Talvez as MENINAS da
minha vida, LAURA e LUNNA, minhas netas, sigam um dia, o que amei, e
deixarei como herança, o meu AMOR PELOS
SABORES.”
LAURA (05 ANOS)
LUNNA (03 MESES)
E o 13 de setembro
era assim, uma festa de sabores,
debaixo de uma Mangueira em frente ao Tribunal de Justiça, ao lado da Avenida FAB,
onde o rufar de tambores, onde a Banda do Mestre Oscar, onde os Arcos de
R.Peixe, o trabalho de Estevão, e J.Salles, nunca sairão da minha memória, e “lá no fundo da alma, ainda há um
resto de perfume de seus quitutes”, lembrando de uma verdadeira MULHER DO AMAPÁ, que tanto me orgulha.