sexta-feira, 24 de setembro de 2021

#CASCAIS/BOCA DO INFERNO BY NECA MACHADO

MEMORIAS DE PUTAS VELHAS / LANÇAMENTO NA EUROPA

 

Escritora Neca Machado/ mora na Europa



SINOPSE

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS

(By: Neca Machado)

 

          “Um dia ao escutar uma estória triste de uma Velha Prostituta”, refleti sobre suas dores e seus desamores, e decidi que UM DIA colocaria emoção nas suas paixões em forma de poesia, e durante quase trinta anos como jornalista Colaboradora, o tema não me saiu da memória, e quase na porta dos sessenta anos, resolvi deixar as futuras gerações, muitas delas de Prostitutas modernas, estórias antigas de sonhos que não se tornaram realidade, de projetos de enriquecimento através da venda de seus corpos que as destruíram, tanto fisicamente como mentalmente.”

Memórias de Putas Velhas, é uma coletânea de lagrimas, e de dores, feridas que nunca cicatrizaram, na alma e na derme. Uma reflexão para Mulheres que poderiam ter outras opções, mas escolheram um falso amor, porque muitas na prostituição também se apaixonam por seus clientes, e não são correspondidas.

Estórias de dependência química do falso amor, e das drogas licitas e ilícitas.

Relatos de aprisionamentos, violências físicas e mentais, torturas e assassinatos, fantasias assustadoras da natureza desumana, numa essência poética de fácil linguagem, minha característica literária.

Um leitor de minhas crônicas como jornalista, me disse um dia que minha escrita era pura emoção.

Concordei!

 

 

 

 

APRESENTAÇÃO

 

 

          Como uma verdadeira Mulher da Amazônia, nascida no extremo norte do Brasil, fronteira com a Guiana francesa, meio do mundo literalmente, na Linha do Equador, estado banhado pelo majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar as futuras gerações este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao longo de mais de três décadas, como Jornalista”

Escutei desde criança, estórias de terror de Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas correntezas do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram, desapareceram sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para relatar a poucos ouvintes suas dores.

São mais de 200 relatos reais que escutei atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos, uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado, tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes, outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana francesa continua sendo um Condado da França.

São estórias reais com a “minha característica” de reproduzi-las com pura emoção literal.

 

 

 


07

 

“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

 

(PUTA FOLÓ)*

 

         Sentada em uma velha cadeira de macarrão curtida, com alguns fios soltos em uma varanda dentro do Lago onde ainda com lagrimas nos olhos, reclamava por não ter tido um lugar melhor para morrer no fim da vida, ela apenas escutava o canto dos Sapos dentro “daquele inferno” na terra, e se perguntava: porque essas porcarias não param de gritar mesmo com chuva?

Nunca foi uma Mulher para morrer dentro do Lago, rodeada de aningas, uma ponte podre, ratos sobre a mesa do jirau, vermes por todo lado, o barulho das músicas ensurdecedoras dos fins de semana de seus vizinhos mal-educados, que não a deixavam dormir, o cheiro de merda dos banheiros ao ar livre a incomodavam, a cabeça coçava, eram piolhos, cruz credo, e olha que contradição, ela que era da noite, triste fim para uma PUTA VELHA.

 

Era linda, corpo escultural, cabelos ondulados, vaidosa, seus seios cheios de sedução, suas pernas, um pouco tortas, mas era de menos, mesmo “na vida” ela ainda tentou ter família, teve filhos de vários casamentos, que agora tentavam sua sorte, muitos sem sorte, teve um que ela se amargurava, tinha orgulho dele, mas, ele: contava para as falsas amigas; nunca teve sorte, “agora se juntou com uma Puta velha cheia de filhos pra ele criar, olha a sina do coitado”.

E aí, se lembrou da briga que teve no Cabaré com outra PUTA VELHA.

Foi um auê! Sorriu sem dentes.

 

 

FATOS

 

            Na caixa de som meio fanhosa do velho Cabaré no fim dos infernos, os clientes tentavam dançar ao som de músicas românticas, encostados nas quengas, se excitando para acabarem a noite em catres ou leitos das caceteiras, cheios de ilusões e sonhos que os tornariam realidade, quando a luz se apagasse, e ela confiando numa falsa Amiga, contou-lhe seu segredo, disse que nunca mais confiaria em alguém: contou que tinha um cliente fixo que sempre que vinha de Caiena ficava com ela, (mas resmungou: cruz credo, o Homem é um Cavalo, me arrebentou toda, quase que fui pro gelo....”)

E pensou que o tal Segredo jamais fosse revelado.

 

Noite de sonhos, festa a rodar, a música de Altemar Dutra enchia o salão.

 

Sentimental eu sou, Eu sou demais

Eu sei que sou assim

Porque assim ela me faz

 As músicas que eu,

 Vivo a cantar Têm o sabor igual

 Por isso é que se diz Como ele é sentimental

 Romântico é sonhar

 E eu sonho assim

Cantando estas canções

Prá quem ama igual a mim.....

 

E ela, naquela noite, estava linda, fez o cabelo, pintou as unhas, vestiu seu vestido de festa, sapato alto, perfume barato…E conquistou um belo Peixeiro dono de uma embarcação de Pesca, que tinha até um carro vermelho, e não sabia, que ele era disputado pelas gorjetas que deixava.

Foi quando em uma dança, recebeu um chute na perna e quase caiu.

Era uma rasteira.

Foi quando escutou um grito ensurdecedor:

PUTA FOLÓ, ELA É FOLÓ!

O homem se espantou.

 

Se explicar, nem tinha explicação, a porrada correu solta, pontapés, puxão de cabelo, unha quebrada, cara cortada, gente correndo….Policia, mas, até no puteiro tinha policial de plantão, eles iam lá de vez em quando sonhar também.

 

Mas, enfim, ela agora, é só lembranças, e muitas AMARGAS.

 

PS.

 

FOLÓ era um termo usado para especificar FLACIDEZ VAGINAL.

Hoje com tanta tecnologia, a vagina volta a ter sua flacidez recomposta até por lazer. Basta ter dinheiro para recompor até o hímen. ( rs.......)

 

 


MEMORIAS DE PUTAS VELHAS, LEMBRANCAS DO INFERNO, O LIVRO VAI SER LANÇADO NA EUROPA

 

SINOPSE

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS

(By: Neca Machado)

 

          “Um dia ao escutar uma estória triste de uma Velha Prostituta”, refleti sobre suas dores e seus desamores, e decidi que UM DIA colocaria emoção nas suas paixões em forma de poesia, e durante quase trinta anos como jornalista Colaboradora, o tema não me saiu da memória, e quase na porta dos sessenta anos, resolvi deixar as futuras gerações, muitas delas de Prostitutas modernas, estórias antigas de sonhos que não se tornaram realidade, de projetos de enriquecimento através da venda de seus corpos que as destruíram, tanto fisicamente como mentalmente.”

Memórias de Putas Velhas, é uma coletânea de lagrimas, e de dores, feridas que nunca cicatrizaram, na alma e na derme. Uma reflexão para Mulheres que poderiam ter outras opções, mas escolheram um falso amor, porque muitas na prostituição também se apaixonam por seus clientes, e não são correspondidas.

Estórias de dependência química do falso amor, e das drogas licitas e ilícitas.

Relatos de aprisionamentos, violências físicas e mentais, torturas e assassinatos, fantasias assustadoras da natureza desumana, numa essência poética de fácil linguagem, minha característica literária.

Um leitor de minhas crônicas como jornalista, me disse um dia que minha escrita era pura emoção.

Concordei!


Escritora Neca Machado/ Aposentada, mora na Europa

05

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS- LEMBRANÇAS AMARGAS

 

O VESTIDO DE LUREX

 

         Década de setenta, como que saída de um musical.

 Parece que em sua cabeça à música de “dancing days” ecoava, e ela nem tinha visto um musical, só tinha visto alguns capítulos de uma novela, onde a memória ainda relutante tentava trazer à tona imagens saudosistas, vistas em uma porcaria de tevê que precisava apanhar para mostras as imagens, e olha que ela acabou muito bom bril para colocar na ponta da antena para ver melhor.

Pela primeira vez que ela escutou canções internacionais, viajou, criou em sua mente um mundo só seu, rodopiava em seus saltos altos feito uma gazela, vestida com suas meias douradas em sandálias vermelhas, no meio de uma pista de discoteca barata nos cafundós do Juda, ela foi ao céu.

E olha que já se vão meio século!

Mas, o tal VESTIDO DE LUREX, ela jamais esqueceu.

Uma vizinha que tinha ido fazer ponto em Caiena, a motivou a ir com ela, fantasiou o outro lado do rio Oiapoque, que ela quase morreu do coração, a mulher contou tanta mentira que ela quase acreditou.

Disse que as crioulas não economizavam, que quando não queriam mais seus objetos, jogavam NOVOS nos lixeiros, e era só ir lá pegar, tinha de tudo, cama, até sapato...

E que os homens gostavam de brasileiras, porque eram mais carinhosas, e que pagavam muito bem em franco, e ela se entusiasmou, ainda tinha um corpo bom como disse a falsa amiga da onça.

Mas que era preciso andar bem vestida.

E a tal informou que tinham aberto uma nova boutique lá pelas bandas do centro comercial e que os novos modelos vindos da Europa eram vendidos bem baratinho. E ela meteu o martelo num pobre porquinho que guardava alguns trocados para comprar o TAL VESTIDO DE LUREX.

E quando chegou em frente da Loja, viajou mais uma vez.

Lá estava seu objeto de desejo, o tal vestido dourado de malha, com fios de ouro, meio matizado, que se ajustava no corpo direitinho disse a vendedora, querendo logo empurrar a tal preciosidade.

E ela comprou!

E em casa foi vestir o tal VESTIDO DE LUREX, para experimentar, porque ia usar em terras europeias quando atravessasse de catraia o rio Oiapoque.

E junto com o vestido, veio um sapato de salto alto, dourado, cheio de fivelas, que ela nem conseguia fechar, e nem sabia andar, e agora?

Tinha que treinar disse a falsa amiga, outra disse: mas, esse sapato e de caboca, e riu.

O vestido ela colocou, ficou apertado, aparecia a barriga, ela tinha gordura por todo lado, ele subia rápido, aparecia as calcinhas, e ela disse: quando eu for dançar vou ficar nua.....

Foi uma tarde de risadas, e de projetos para Caiena, onde iam dançar num Cabaré de um chinês.

E ela preocupada com o vestido, perguntava a amiga, e agora?

E a outra, não te preocupa, MANA te vira, de noite os velhos porres, só olham o dourado do vestido, nem vão perceber teu corpo.

E o sapato, nem sei andar, questionou, e ainda tinha as pernas tortas.

Eu heim!

Mas o tal VESTIDO DE LUREX FEZ EM CAIENA O MAIOR SUCESSO.

 

06

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS

CONFISSÕES DE PUTAS VELHAS- LEMBRANÇAS AMARGAS

“A COLCHA DE CHENILE”

 

 

Significado de Chenile

Substantivo feminino:Fio fofo de lã, algodão, seda ou raiom, com fibras salientes ao redor.Tecido feito com esse fio, usado para colchas, cortinas e tapetes. Etimologia (origem da palavra chenile). Do francês chenille.

 

Quando ELA (  ) envelheceu, foi que percebeu que tinha milhares de LEMBRANÇAS, e muitas delas, somente AMARGAS.

 

E entre um sorriso ligeiramente amarelo com falhas nos dentes, foi que percebeu que tinha sido enganada por um velho “Marreteiro” da qual ELA era cliente décadas.

 

Numa Kombi velha com um microfone fanhoso, ele aparecia nas baixadas da velha Macapá, vendendo de TUDO, e ELA (  ) lembra como se fosse hoje, sua primeira compra foi um jogo de panelas, que lhe trouxe muita indignação, quando colocou no fogo, uma das alças caiu, e prometeu que assim que ele aparecesse, iria reclamar que o produto não prestava, e ELA, nem sabia ainda da febre que viria no futuro dos tais descartáveis da China. (rs...)

 

Depois se tornou uma cliente fiel.

 

 Ela também tinha seus CLIENTES de fora (Caiena) que lhe pagavam em franco.

Consumista como dizia uma falsa amiga, ELA comprava de tudo no Marreteiro, tudo era novidade para uma CABOCA pobre que nunca tinha estudado, mas que agora já podia até pensar “numa motinha”, num fusca, ou até numa velha Kombi para fazer frete para os quitandeiros do Igarapé das Mulheres, sonhava, e sonhava alto.

 

Tinha visto numa revista jogada no lixo uma bela COLCHA DE CHENILE, gostou do nome, CHENILE, nem sabia o que era, mas gostou do nome, conversando com a falsa amiga de “ponto” disse que quando arranjasse um marido ia colocar no filho o nome de CHENILE (rs...)

E eu, sorri (gosto muito de escutar estórias)

E aí, lembrei de uma frase de minha Mãe (Dona Izabel) que dizia: que todos os nomes têm algum significado, e tinha.

 

E ELA (  ) continuou.

Vou comprar uma COLCHA DE CHENILE, era seu pensamento diário.

Já se imaginava deitada numa COLCHA DE CHENILE, cheia de bordados com fios de ouro, pensava até no travesseiro também.

Disse alto, talvez falando sozinha: meus clientes vão amar minha colcha de chenile.

E não via a hora do tal Marreteiro aparecer.

Esperou ansiosa por ele,

Um belo dia lá vem ele de novo com o tal microfone fanhoso, ELA correu feito doida, trouxe logo o cartão do Marreteiro, e antes que ele anunciasse as tais novidades trazidas da França (rs...). Ela logo se antecipou.

QUERO UMA COLCHA DE CHENILE.

O Homem arregalou os olhos, levantou a tampa do bagajeiro e puxou um pacotão de lençóis coloridos.

E ELA nem pestanejou.

Só queria saber o preço e em quantas prestações ia pagar.

Teria que aturar muito CLIENTE DE CAIENA para pagar a tal preciosidade, mas valeria a pena, segundo ELA.

 

E nem lavou. (CRUZ CREDO)

Colocou logo para experimentar na velha cama.

E aí, sua imaginação foi a LUA.

Nem conseguiu dormir direito.

No primeiro cliente a COLCHA de CHENILE, foi um sucesso.

Na semana seguinte, ela começou a perceber que tinha umas bolhas nas pernas, depois começaram a crescer,

E ELA coitada, tinha que procurar o DENERU (rs...) achava que tava com alguma doença braba.

Nos dias seguintes a tal colcha foi um martírio.

Deu uma coceira tão forte que ela repetia as falsas amigas: acho que tenho CURUBA BRABA.

E tudo foi por causa de uma tal COLCHA DE CHENILE FALSA.

Que de Chenile não tinha nada, repetia revoltada.

 

E agora depois de mais de 50 anos, as lembranças amargas, são somente parte de seu passado, e ela agora sonha ser enterrada com lençóis de seda.

 

 

 

 





 

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

ANTONIO PEREIRA DA COSTA (UM ESCULTOR LUSO NA AMAZONIA)

 

ANTONIO PEREIRA DA COSTA

17.02.1901(VNG/PT)+03.07.1983 (82 anos)

 


(Biografia publicada por Neca Machado)

 

By: Neca Machado

 

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Memorialista com tons nostálgicos sobre pioneirismo tucuju. Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 15 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 33 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra do 5º Festival de Poesia de Lisboa 2020, coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Co autora na obra em francês Almanaque do fundo Mar, lançamento, Brasil, Suíça e Portugal em 2020 e 2021. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

*NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA

(30 ANOS DEDICADOS A EDUCAÇÃO DO AP-BRASIL)

Email: nmmac@live.com

 

(Neca Machado) BIOGRAPHY

Neca Machado (Cultural Activist, altruist, Folklorist, Memorialist with nostalgic tones about Tucuju pioneering. Storyteller, who preserves the flavors and knowledge of the Amazon, through the Myths and Legends of the Amazon River in the far north of Brazil, is an Administrator General, Plastic Artist, Bachelor of Environmental Law, Specialist in Professional Education, Writer of Myths of the Amazon, photographs with more than 100,000 photographs from 15 countries (Europe, Oceania, South America) 2016, classified in 2016 in the Brazilian work “ Cities in shades of gray”, again in 2017, Urbs Contest, classified with the publication of a poem in the work Nacional, “Sarau Brasil”, New Poets of 2016, again in 2017, 2018 and 2019. Researcher of the Tucuju Culture, Contista , Chronicler, Poetist, Co-author of 33 works released in Portugal in 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Independent author of Myths and Legends of the Amazon, Stories of the Beira do Rio Amazonas, published in 02 editions in Portugal in 2017, limited edition, Co-author in the work lusa, launched in Lisbon on 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, co-author of the work “A vida em Poesia 3”, 2018, co-author of the work “a life in poetry 4” ( 14.09.Lisbon-2019) co-author of the work of the 5th Lisbon Poetry Festival 2020, co-author of the work released in Geneva- Faz de Conto (Make believe) bilingual, Portuguese and English, 2018, co-author of the work released in Zurich “Tributo ao Sertão” -2018”, co-author of the lusophone work (Beyond the earth, beyond the sky, launched in São Paulo-2018) co-author of the Portuguese work – Liberdade-publisher Chiado-2019, co-author of the Portuguese work Poem'art, Porto-2019. Co-author of the work in French Almanaque do Fundo Mar, launched in Brazil, Switzerland and Portugal in 2020 and 2021. Full Degree in Pedagogy, Gastro-Photo-Journalist, Blogger with 30 blogs on the web, 26 in Brazil and 04 in Portugal, Quituteira and designer in crochet.) *NECA MACHADO IS RETIRED AND LIVES IN EUROPE (30 YEARS DEDICATED TO EDUCATION IN AP-BRAZIL) Email: nmmac@live.com

 

 

 


“Fui amiga de seu filho COSTINHA que me delegou a exclusividade de publicar sua Biografia.”

          Uma das personalidades mais importantes dentro do pioneirismo amapaense é sem dúvida o escultor português ANTONIO PEREIRA DA COSTA, sem formação científica na área de engenharia, foi o responsável pela execução das maiorias das obras publicas do estado do Amapá, alem de ser um especialista na execução de ornatos, (estuques, esculturas e monumentos em pedras artificial, alem da execução de projetos) fornecia mosaicos, esculpia imagens de santos, restauração de ornatos. Trabalhos artísticos, fachadas, muitas obras de anjos tinham rostos familiares, como um de um anjo com o rosto de sua filha Maria, alem de ser um dos fundadores do Conselho de Engenharia e Arquitetura dos estados do Amapá e Pará.

 

            António Pereira da Costa nasceu em 17 de fevereiro de 1901, em Valadares, Vila Nova de Gaia em Porto-Portugal, filho de Joaquim Pereira da Costa e Maria Rosa Costa.

 Seu pai integrando um grupo de artistas imigrantes europeus portugueses e italianos chega ao Rio de Janeiro na segunda década dos anos de 1900 com o objetivo de executar trabalhos em sua arte, que era escultor e estucador, naturalizando se brasileiro.

 Com o falecimento de sua mãe ANTONIO PEREIRA DA COSTA chega ao Brasil aos treze anos de idade em 24 de setembro de 1914, onde passou a ajudar seu pai na execução de ornatos na cidade de Belém do Pará em obras no PALACETE BOLONHA.

 Percebendo que precisava de aperfeiçoamento técnico na arte de ornatos ANTONIO PEREIRA DA COSTA foi para a cidade do Rio de Janeiro, onde se matriculou na Escola de Belas Artes onde permaneceu de 1917 a 1920, quando por falta de recursos teve que abandona la e retornar a Belém do Pará. Antes, porem, executou trabalhos artísticos no Prédio do Rio Cassino, dentro do Passeio Publico ao lado do Palácio Monroe na cidade do Rio de Janeiro. Em 1921 viajou para a cidade de São Luiz no estado do Maranhão com a incumbência de esculpir a imagem de Nossa Senhora da Conceição no frontal da Catedral da cidade.

Ainda em 1921 juntamente com seu pai, foi a cidade de Manaus onde os dois realizaram trabalhos de restauração na fachada do Teatro Amazonas. ANTONIO PEREIRA DA COSTA casa-se em 1922 com a pernambucana Lydia Bezerra da Silva, com quem teve oito filhos: Erotylde, José, Elza, Maria Rosa, Joaquim Agostinho, Antonio Filho, Mario e Terezinha. Em 1923 foi chamado novamente a cidade de São Luis para esculpir o busto do então governador do Maranhão, época em que nasceu a sua primeira filha Erotylde a única maranhense.

 Ainda em São Luiz-MA esculpiu também o Busto do Dr. Tarquínio Lopes Filho proprietário e Diretor do Jornal a “Folha do Povo.” Instalando-se em São Luis-MA seu pai Joaquim Costa lá montou uma fábrica de artefactos de cimento, como: mosaicos e marmorites, transferindo-a anos depois com todo o maquinário para Belém do PA.

 

ANTONIO PEREIRA DA COSTA

 

OBRAS EM BELEM-PARÁ

 

1.   IMAGEM DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS-1929- NO INSTITUTO NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.

2.   PALACETE DA FAMILIA LOBATO – ATUAL SEDE DA APAE

3.   FACHADA DO SNAPP

4.   BAR DO PARQUE (PRAÇA DA REPUBLICA)

5.   FONTE LUMINOSA DO LARGO DA POLVAORA

6.   CHAFARIZ DO BOUL EVARD CASTILHO FRANÇA

7.   ORNATOS DA BASILICA DE NAZARÉ-CENTRO

8.   CAPELA DO COLEGIO NAZARÉ

9.   SEDE SOCIAL DA TUNA

10.               CINEMA IRACEMA

11.               IMAGEM DO CRISTO NO GREMIO PORTUGUES

12.               IMAGEM DE SANTO AFONSO

13.               IMAGEM DE SÃO JOSÉ

14.               SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NA IGREJA DE N.S.PERPETUO SOCORRO-TELEGRAFO

15.               IMAGEM DO CRISTO REDENTOR

16.               PREDIO DA ASSOCAÇÃO COMERCIAL

17.               ESCOLA PRATICA

18.               EDIFICIO BERN

19.               FABRICA UNIÃO

20.               HOSPITAL DAS ACACIAS

21.               ASSOCIAÇÃO DOS EX COMBATENTES