quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

BOLOS PERSONALIZADOS DA NECA MACHADO-AMAZÔNIA

MEMÓRIAS - "NEM PRA PUTA TU PRESTA"....


LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

(... NEM PRA PUTA TÚ PRESTA!)
PESQUISAS.

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)




          Quando ELA (   ) chegou na “currutela” do recém inaugurado garimpo lá para as bandas do Lourenço, a notícia se espalhou feito febre, era uma nova presa levada por uma cafetina que tinha vindo do nordeste, e feito fama entre as novatas a pretendentes a esposa de garimpeiro “bamburrado” diziam que dava sorte.

Contaram tanta mentira, que parecia a terceira guerra mundial.

Uns diziam que ela era um Anjo,
Outros que: Ela era um demônio vestido de Anjo,

E ainda outros correndo por fora, diziam que seriam os primeiros, e que precisariam trabalhar muito, porque a notícia era que o preço era a base de muito ouro, linda e virgem, iam fazer leilão.

Boca Rica sorria agitado.

Quando ganhou seu primeiro dinheiro com a venda de algumas gramas que achou numa bateia velha, se animou.
Prometeu que pegaria mil malárias, mas, jamais desistiria do sonho de ser um milionário.
Sem dentes, alguns ainda resistiam a muita carne dura com farinha baguda, assim que começou a ganhar mais, e a descobrir veios mais potentes de ouro, ele logo procurou alguém para mudar sua aparência, e não é que conseguiu; virou o Boca Rica, mandou botar numa dentadura, dentes de puro ouro, e gostava de rir para aparecer diziam as putas mais velhas, e tinha a preferência.

E ELA foi ficando por lá, os anos se passando, puteiros gritavam um ao lado do outro, uma mais espelunca do que o outro, camas velhas, suadas de homens sujos, cheios de inhaca forte, uns velhos da lida, outros sem nenhuma higiene, ela teve que aturar muito homem sem dente, querendo ser gentil, com bafo forte, e ainda tinha os cachaceiros, cruz credo.

E as doenças?

Teve centenas, que nem sabe o nome, só sabe que tinha esquentamento.
Quando estava com baixa imunidade apareciam umas piras do lado da boca, ELA dizia que era sapinho.

Coitada (nem sabe e nem conhecia Herpes)

Foi quando num certo dia, cansada de não ter feito um pé de meia.

Começou uma briga com uma novata, por causa de um cliente que preferiu a outra, que lhe empurrou, e ELA caiu, machucou a perna e gritou todo tipo de palavrão, só não chamou de Santa a Puta nova.

Com a roupa rasgada, maltrapilha, dentes podres, o cabelo devia ter centenas de piolhos, a perna só celulite, cabelos que antes eram de seda, agora: só o resto, o peito caído, ...

A Puta Nova gritou:

NEM PRA PUTA TU PRESTA! VAGABUNDA, VAI LIMPAR CHÃO.



LIVRO DIGITAL JÁ NA WEB


LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

(A PUTA COM CHEIRO DE PITIÚ) *PIXÉ-CATINGA

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)



         Cruz credo disse a Puta nova ao sentir um odor desagradável no salão.
Outra “mais nojenta” torcendo a boca, repetiu em tom gutural:  Essa porra devia ter passado um limão no suvaco.

E como notícia ruim corre rápido, o boato se espalhou que “tinha uma PUTA COM CHEIRO DE PITIÚ”.

Outra veio com essa: ISSO É PIXÉ!

E num grupo de metidas a ricas e com pose, as gargalhadas vararam a noite toda.

O Puteiro lá pras Bandas das Docas perto da Fortaleza de São José, recebia novatas que vinham das Ilhas do vizinho estado do Pará, mas os Donos também “ignorantes” nunca tinham estudado, mas, tinham uma ganancia sem igual por dinheiro, nem queriam saber se ELAS (     ) estavam limpas ou não, queriam ver as caras, se eram novas, bonitas, se o cabelo prestava, se os peitos estavam bons, e ai por diante....

Porque, os interesses eram dos pobres pescadores que desembarcavam todos os dias para trazerem o que produziam do outro lado, segundo a PUTA VELHA.

Comendo peixe todo dia, só podia ficar o cheiro de PITIÚ nas mãos!

Muitas segundo ELA   (     ) recebiam presentes dos “gringos” de Caiena, e muitas tinham guardado a sete chaves, perfumes franceses (   ) nem tanto, eram falsos,
ELA sorriu.

Os anos se passaram...
ELA ENVELHECEU!

Um dia foi no Oiapoque receber uma encomenda vinda de Kouro de outra conhecida que casou com um crioulo, ELA se espantou, descendo de uma Catraia, cheia de “não me toques” com sotaque francês, os dedos com um monte de anéis que ELA jura eram de “Mechelin”, nem sei se ainda existe Michelim (rs...)

ELA puxou na Memória.
Mas, EU, conheço essa PUTA VELHA.

E lembrou: era a PUTA COM CHEIRO DE PITIÚ, conhecida na alcova, como a “Cheiro verde”, nem me pergunte por que.

E ELA ainda guardava rancor,

Talvez inveja, pensei EU.
A outra tinha se dado bem do outro lado do Rio Oiapoque.
Passou do lado dela, feito um raio.
Nem a cumprimentou,
Pegou o primeiro taxi que apareceu e sumiu.
Talvez cheia de ódio, porque a PUTA VELHA não era uma boa lembrança.

Mas, agora em terras francesas (nem tanto), nem conhecia Paris, repetiu indignada, pensa que é a Rainha da Inglaterra.
Mas um dia quando eu for a Caiena, vou contar pra todo mundo do seu passado.
Égua!

EU HEIM!

TE DESCONJURO.



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

RECEBI CONVITE DE LISBOA E AGRADEÇO DA AMAZÔNIA

 
O MENINO QUE VOAVA COM OS PÉS NO CHÃO (F.L.PInhel)
 
O MENINO QUE VOAVA COM OS PÉS NO CHÃO (F.L.PInhel)
03 de Março de 2019 , 18:00

Luisinho está a aprender as primeiras letras. A construção de cada nova palavra e o seu significado tornam-se um mistério para ele. Aumenta-lhe a curiosidade e estimula-lhe a imaginação.
Entre os passeios com o pai e as histórias da mãe, Luisinho interroga-se constantemente. Quanto mais se interroga, mais descobre. Isso ajuda-o a compreender o mundo em que vive e a transformá-lo à sua maneira, à maneira da sua imaginação. Luisinho tem um fascínio pelo objeto livro, em especial pelo dicionário, porque...
 
MEMÓRIAS DE UMA ÁFRICA DISTANTE (F.L.Pinhel)
 
MEMÓRIAS DE UMA ÁFRICA DISTANTE (F.L.Pinhel)
02 de Março de 2019 , 20:00


Quis o destino que, numa manhã, sob um sol esplendoroso próprio dos climas tropicais, Maria Josefa, uma mulher bastante atraente, modos requintados e corpo esbelto, se deslocasse à Administração Civil da cidade da Beira, Moçambique, para tratar dos papéis de residência, a fim de poder lecionar naquela cidade.
O encontro inevitável aconteceu. Por mera coincidência, foi recebida pelo chefe de posto que se prontificou logo a ajudá-la. Tudo se desenrolou para que Joaquim, um homem também bastante atraente, muito cordial e...
 
SEIS VEZES ALPHA porque se vivie mais que uma vez (F.L.Pinhel)
 
SEIS VEZES ALPHA porque se vivie mais que uma vez (F.L.Pinhel)
02 de Março de 2019 , 18:00

Uma tiara de seis estrelas, vislumbradas de uma cova antropoforme, que correspondem ao mesmo número de vidas de um homem (cada estrela, sua) protagonizadas em missões para encontrar e proteger alguém, no decurso de dois milénios. Uma história para quem acredita que a morte não é um fim, mas o reinício de um ciclo de aprendizagem culminado num destino tão enigmático como inadiável. Um romance iniciado nos prelúdios da época celto-romana, que cruza a idade média, a segunda grande guerra...
 
PENÚLTIMA ESPERANÇA e ESPÍRITO SELVAGEM (F. Pinhel)
 
PENÚLTIMA ESPERANÇA e ESPÍRITO SELVAGEM (F. Pinhel)
02 de Março de 2019 , 17:00
 
 
O REENCONTRO DAS ALMAS (F. Pinhel)
 
O REENCONTRO DAS ALMAS (F. Pinhel)
02 de Março de 2019 , 14:00

   Um encontro das vidas passadas, que se torna um ponto de partida para um despertar de consciência, de que a vida não é só aquilo que conseguimos ver. Uma viagem entre o passado e o presente, entre a Terra e o Céu, para descobrir o verdadeiro propósito de reencontro das almas-gémeas.
 
OUTONO DE MIM (F.L.Pinhel)
 
OUTONO DE MIM (F.L.Pinhel)
02 de Março de 2019 , 12:00

Outono de Mim é a vivência das emoções de tempos e espaços diferentes.
Entre mudanças e desafios, agarrou-se a esperança de encontrar tempos melhores, mesmo quando tudo parece perdido. Onde a passagem do tempo parece conduzir à intensidade dos sentimentos em que as coisas vão acontecendo. Em cada paragem, há uma maneira de encarar o que sucede. É esse entremeio que faz continuar a querer, a desejar, a assumir que tudo pode melhorar. A persistência e a vontade de me...
 
AQUI E AGORA a descoberta de kiko
 
AQUI E AGORA a descoberta de kiko
02 de Março de 2019 , 11:00

Um menino de oito anos, chamado Kiko, costumava andar sempre no mundo da Lua. A mãe bem o chamava, mas ele lá voltava a fantasiar um mundo só dele. Certo dia, enquanto tomava banho, assistiu a uma reunião de seres aquáticos que lhe mostraram a importância de estar atento e a viver o momento presente. A partir daí o Kiko aprendeu, através de pequenos acontecimentos do seu dia-a-dia, alguns princípios que mudaram a sua forma de viver.
 
LIVROS DE IRENE SIMÕES
 
LIVROS DE IRENE SIMÕES
27 de Outubro de 2018 , 20:00

TAMBÉM NO DIA 28 PELAS 16 HORAS

Autora do romance Não Te Esqueças de Ti, de Recontos e de Poesia publicada na obra fotográfica Pateira de Fermentelos, a Lagoa Encantada… traz-nos agora um outro romance, Faz de Conta de Gente Feliz onde dá largas à sua criatividade e ao espírito analítico do ser humano nas suas relações interpessoais e sociais denunciando uma realidade contemporânea em decadência de valores humanistas. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Franceses) pela Faculdade...

MACAPÁ VIROU UM "CIRCO"


VAI TOMAR NO TACACÁ!



1.   MACAPÁ, virou um CIRCO, em cada esquina da cidade é um palco improvisado para espetáculos, muitos PERIGOSOS.

2.   Enquanto dura o tempo do sinal, ARTISTAS anônimos, muitos estrangeiros, fazem seus verdadeiros MALABARISMOS.

3.   TEM DE TUDO: De gente saindo dos galhos das arvores vestido de herói, em época de chuva, correndo o perigo de cair e se machucar, além de danificar veículos, se um galho podre quebrar.

4.   Artista em cima de caixas de cerveja,
5.   Em cima de bicicletas...
6.   Outros embriagados...

7.   E O MAIOR PERIGO: UM FESTIVAL DE “TERÇADOS”, que amedrontam os pedestres na hora da travessia.

8.   Parece que virou ROTINA.
9.   Eles se multiplicam sem CONTROLE DE NINGUEM.

10.               E quem trabalha com IMAGEM precisa TER BOM SENSO, e INVESTIR NA PROFISSÃO.

11.               São roupas inadequadas, sapatos horrorosos que parecem que vão fazer o apresentador cair.

12.               São vozes infantis,

13.                São expressões desnecessárias, jornalismo é INFORMAÇÃO PRECISA.

14.               PARABENS A JORNALISTA ELAINE JUAREZ, IMPECAVEL, sempre elegante, sempre maquiada corretamente, com posturas adequadas. Outras deveriam seguir seu EXEMPLO.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

PÃO DE CUPUAÇU DA NECA MACHADO (Amazônia) nmmac@live.com

LIVRO DIGITAL DA NECA MACHADO JÁ NA WEB


LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

(PUTA FOLÓ)*
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)






         Sentada em uma velha cadeira de macarrão curtida, com alguns fios soltos em uma varanda dentro do Lago onde ainda com lagrimas nos olhos, reclamava por não ter tido um lugar melhor para morrer no fim da vida, ela apenas escutava o canto dos Sapos dentro “daquele inferno” na terra, e se perguntava: porque essas porcarias não param de gritar mesmo com chuva?

Nunca foi uma Mulher para morrer dentro do Lago, rodeada de aningas, uma ponte podre, ratos sobre a mesa do jirau, vermes por todo lado, o barulho das músicas ensurdecedoras dos fins de semana de seus vizinhos mal-educados, que não a deixavam dormir, o cheiro de merda dos banheiros ao ar livre a incomodavam, a cabeça coçava, eram piolhos, cruz credo, e olha que contradição, ela que era da noite, triste fim para uma PUTA VELHA.

Era linda, corpo escultural, cabelos ondulados, vaidosa, seus seios cheios de sedução, suas pernas, um pouco tortas, mas era de menos, mesmo “na vida” ela ainda tentou ter família, teve filhos de vários casamentos, que agora tentavam sua sorte, muitos sem sorte, teve um que ela se amargurava, tinha orgulho dele, mas, ele: contava para as falsas amigas; nunca teve sorte, “agora se juntou com uma Puta velha cheia de filhos pra ele criar, olha a sina do coitado”.

E aí, se lembrou da briga que teve no Cabaré com outra PUTA VELHA.
Foi um auê! Sorriu sem dentes.

FATOS

            Na caixa de som meio fanhosa do velho Cabaré no fim dos infernos, os clientes tentavam dançar ao som de músicas românticas, encostados nas quengas, se excitando para acabarem a noite em catres ou leitos das caceteiras, cheios de ilusões e sonhos que os tornariam realidade, quando a luz se apagasse, e ela confiando numa falsa Amiga, contou-lhe seu segredo, disse que nunca mais confiaria em alguém: contou que tinha um cliente fixo que sempre que vinha de Caiena ficava com ela, (mas resmungou: cruz credo, o Homem é um Cavalo, me arrebentou toda, quase que fui pro gelo....”)
E pensou que o tal Segredo jamais fosse revelado.

Noite de sonhos, festa a rodar, a música de Altemar Dutra enchia o salão.

Sentimental eu sou, Eu sou demais
Eu sei que sou assim
Porque assim ela me faz
 As músicas que eu,
 Vivo a cantar Têm o sabor igual
 Por isso é que se diz Como ele é sentimental
 Romântico é sonhar
 E eu sonho assim
Cantando estas canções
Prá quem ama igual a mim.....

E ela, naquela noite, estava linda, fez o cabelo, pintou as unhas, vestiu seu vestido de festa, sapato alto, perfume barato…E conquistou um belo Peixeiro dono de uma embarcação de Pesca, que tinha até um carro vermelho, e não sabia, que ele era disputado pelas gorjetas que deixava.

Foi quando em uma dança, recebeu um chute na perna e quase caiu.
Era uma rasteira.
Foi quando escutou um grito ensurdecedor:

PUTA FOLÓ, ELA É FOLÓ!
O homem se espantou.

Se explicar, nem tinha explicação, a porrada correu solta, pontapés, puxão de cabelo, unha quebrada, cara cortada, gente correndo….Policia, mas, até no puteiro tinha policial de plantão, eles iam lá de vez em quando sonhar também.

Mas, enfim, ela agora, é só lembranças, e muitas AMARGAS.





PS.

FOLÓ era um termo usado para especificar FLACIDEZ VAGINAL.
Hoje com tanta tecnologia, a vagina volta a ter sua flacidez recomposta até por lazer. Basta ter dinheiro para recompor até o hímen. ( rs.......)





domingo, 24 de fevereiro de 2019

PÃES DE CUPUAÇU DO BISTRÔ DA ELY-AP (By: Neca Machado) nmmac@live.com

JÁ NA WEB O LIVRO DIGITAL DE NECA MACHADO


LIVRO DIGITAL

CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

(A PUTA E O BANHO DE TAMANQUARÉ) *

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)




          No jirau da palafita fincada no meio da ressaca, ela se assustou com um pequeno “Calango” que atravessou entre suas pernas rapidamente feito um raio e se jogou na agua podre do lago que rodeava sua nova morada, e na cabeça, a lembrança apareceu como se ela tivesse seus dez anos de idade.
Ainda ecoava a velha cantiga da Avó indígena.

Tamanquaré, tamanquaré, faz o fulano ficar besta como tu é.”
Coloca ele na rede e dá Tamanquaré, ele vai ficar manso e lambe teu pé!

E ELA deu uma gargalhada tão sonora que atravessou gerações.

          ELA veio das entranhas da mata de uma ilha distante próxima do estado do Pará, chegou ao Amapá vinda em uma pequena embarcação, veio com tanto medo que nem viu o Rio Amazonas, deitada numa velha rede, se encolheu tanto que nem viu as horas passarem.
E lá estava ela agora na flor da idade!

A vizinha “desgraçada” como ela a chamou, no início era um doce de pessoa, mas depois, mostrou suas garras, repetiu, uma Cobra que infernizou minha vida. Me fez uma proposta num dia que sem esperança, ela fitava a Lua e sonhava com seu Príncipe encantado, mas, ao longo de suas rugas, o que mais encontrou, foram Sapos, e muitos deles venenosos.
A tal Cobra fantasiou tanto que ela quase foi a Marte.

Disse que com aquela beleza de Índia, cabelos longos feito seda, pernas grossas, os seios parecem que tinham sido moldados em ninho de beija flor, ELA seria a Mulher mais desejada de um Puteiro recém-inaugurado lá para as bandas do Rio Oiapoque.
Disse que ela ia ganhar tanto franco que nunca mais ia ser pobre, que ia tirar o pé da miséria, que ia morar num prédio “pertinho do Manoel Pinto em Belém do Pará” e que ia até do pátio ver o Círio de Nazaré.

TUDO MENTIRA- UMA VERDADEIRA ESTELIONATARIA.

Graças a Deus já morreu.

Ainda lembra do primeiro franco que ganhou, ficou besta, nunca tinha visto o tal dinheiro.
Nas idas e vindas do tal cabaré, conheceu um DOUTOR, homem nojento, cheio de arrogância, mal-educado, que logo se engraçou com ela, assim que chegava, vinha logo apontando o dedo, como se ela fosse seu brinquedo.

E ELA nascida no meio da floresta Amazônica, conhecia suas lendas, seus mitos e suas estórias, cresceu tomando banho de Igarapé, gostava de brincar com peixinhos, amava escutar o canto dos sabiás, muitas vezes se vestiu de flores de mato, gostava do perfume de patchuli, amava as frutas da terra, e gostava de pimenta, ela era do meio da Terra e conhecia seus segredos.

Um dia de São João, ela resolveu se vingar.
Ele chegou cedo, com a mesma arrogância de sempre, não era doce, mas gostava dela, tomava sempre um banho antes do ato sexual. E ELA naquela noite santa, encantada como incorporada por uma entidade sobrenatural, com a voz mansa feito cobra a dar o bote, falou baixinho no ouvido dele: “Doutor hoje é dia de São João, venha tomar um banho de ervas, elas servem para tirar a “inhaca”, o mal olhado, trazem fortuna.
E ELE: Besta caiu na conversa dela.
E ela com uma cuia nova, começou seu ritual.

Ele foi se amansando aos poucos, se aquietou, foi ficando PATETA, ABESTALHADO;
Tudo efeito de um BANHO DE TAMANQUARÉ.


PS

*TAMANQUARÉ tem em pó vendido nas casas de produtos para banhos, e tem também em ervas, a erva do Tamanquaré, que para muitas benzedeiras tem o mesmo efeito, amansar gente braba. ”