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domingo, 31 de março de 2019
sábado, 30 de março de 2019
O GAVIÃO E O SABIÁ
CRONICAS
ESPARSAS
O
GAVIÃO E O SABIÁ
(Neca Machado)
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa,
Oceania, América do Sul) 2016, classificada
em 2016 na obra brasileira
“Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra
Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora
da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 20 obras lançadas
em Portugal em 2016, 2017,2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da
Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição
limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra, “A vida em Poesia 3” lançada em Lisboa
em 14.09.2018, coautora na obra “
Tributo ao Sertão, lançamento em Zurique- Suiça-2018, coautora na obra “Além, da Terra, além, do Céu” lançamento
em São Paulo em 06.10.2018- Editora Chiado-Pt, Licenciada Plena em Pedagogia,
Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em
Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
(UM GAVIÃO MATOU UM SABIÁ NO POÇO DO MATO-LAGUINHO-AP)
Ao abrir a porta para minha rotina diária,
só escutei um barulho de asas tão rápidas perto de mim, que voltei o olhar, ele
(Gavião) levantou voo como a voltar
ao seu lugar, estava no meu telhado, apenas esperando uma presa (O SABIÁ)
Ainda moro no Poço do Mato.
Moro num
verdadeiro paraíso, cheio de arvores, barulho de sapos, canto de. Sabias ao
amanhecer, grilos, e um desfile de Saracuras que teimam em sobreviver no meio
de fezes.
Decepcionada
com o descaso das autoridades que NADA fazem
para resgatar o local, que se tornou uma verdadeira fossa no coração de Macapá,
ainda tenho esperança, mas, enfim; autoridades diziam que ele era “patrimônio cultural”, e EU me pergunto de que?
Mas,
mesmo assim, vivo num local agradável, que insisto em PRESERVAR, 1200m quadrados de pura natureza, com quase cem pés de
açaizeiros, mangas de quilo, taperebás, ingás, cupuaçus, pés de goiaba araçá, e
cantos de vários pássaros nativos que teimaram em permanecer e competir com
gente, no Poço do Mato.
E num
varal improvisado, cordas servem para estender roupas leves, e de manhã sei que
os Sabiás estiveram por lá, porque
tem caroços de açaí no chão.
Gosto
da saudação deles, e o Sabiá, estava
lá naquela manhã fatídica, quando foi levado pelo Gavião.
Ele superior,
atacou a presa, e pousou num galho de ingazeiro.
Eu não
tinha percebido o ataque do Gavião ao
Sabiá.
Achei lindo o Gavião.
Sim, tem Gavião e muitas Corujas no que
restou do Poço do Mato, além de dezenas de Saracuras.
Fui buscar
minha máquina fotográfica para registrar a foto do Gavião, e com surpresa ao ver a foto, vi que nos seus pés, ele (Gavião) subjugava um pobre de um Sabiá.
E fiz minha reflexão.
Somos SUBJUGADOS diariamente. POR FALSOS
GAVIÕES.
Por uma
gestão municipal e estadual, ineficaz que talvez nem enxergue direito, porque
problemas tem e são muitos, PARADOXOS
inexplicáveis, ruas com asfalto e ruas com pedaços de asfaltos, queda de
energia diariamente, sujeira, falta de acessibilidade, MILHÕES DE
DESEMPREGADOS, gente reclamando de atendimento médico, um hospital do câncer ABANDONADO na zona norte, e um local
para diagnosticar o câncer com nome de Amor, pode? Me perguntou alguém, pode! Respondi,
tudo pode quando somos SUBJULGADOS, até
por CRIMINOSOS que resolveram agora fabricar drogas no Amapá, sim, todos os
dias são presos dezenas de traficantes e agora, recentemente, fechado um
laboratório de fabricação de crack.
E graças a DENUNCIAS ANONIMAS, que estão
dando resultado.
É a população DENUNCANDO
TRAFICANTES.
Impostos que não voltam em forma de benefícios,
Leis ineficazes, mas, um exemplo: (um cidadão foi preso na hora de cometer um
crime, levado a júri, foi ABSOLVIDO, pode?) Pode!
São as Leis.
“SÃO GAVIÕES TODOS OS DIAS
NO NOSSO QUINTAL.”
Matando pobres SABIÁS!
De fome, de sede, de falta
de trabalho, de falta de educação, de moradia, de SAUDE....
DE RESPEITO, AOS NOSSOS
DIREITOS COMO CIDADÃOS.
sexta-feira, 29 de março de 2019
21ª OBRA COLETIVA DE NECA MACHADO EM PORTUGAL-2019
*ABRACEI O MAR EM PORTUGAL!
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa,
Oceania, América do Sul) 2016, classificada
em 2016 na obra brasileira
“Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,
classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau
Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista,
Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017,
Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do
Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada,
Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs
na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
MEU NOME É MARIA!
SOU TEMPESTADE E CALMARIA!
“Posso
ser atingida por ondas, mas, não afundarei, porque se não houver chuvas, não
haverá floradas...”
ABRACEI O MAR EM PORTUGAL!
Olho no olho,
Somos os dois a contemplar este imenso horizonte,
Tu (Mar)
caminhas tão longe...
E EU (Neca Machado)
tão pequena, diante da tua grandeza,
Vim das entranhas da mata, (Amazônia) cheiro de Rio,
(Amazonas)
TE
ABRAÇAR!
Abracei o MAR em
Portugal.
Despida do medo
Vim te abraçar,
Vim caminhar sobre teu imenso azul, e te confundes, entre o
céu e a Terra.
Vim te louvar,
Não te trouxe flores,
Mas, clamei a Iemanjá, proteção, e licença,
Para, TE ABRAÇAR,
ABRACEI
O MAR, EM PORTUGAL...
Sorri meu riso de felicidade
E tu (MAR),
respondeste com tuas ondas batendo com força nas pedras,
E ecoando teu grito de contentamento. Pelo meu abraço.
Lavando minhas incertezas, (?) se elas realmente houveram.
Abracei o MAR,
erguendo aos céus minhas mãos
Que se agigantaram para este ABRAÇO de agradecimento.
Vim de tão longe,
Desnuda do medo.
Só
para te ABRAÇAR!
Nem pedi nada,
Nem quis nada
Nem chorei por nada,
Só escutei o bater do meu coração, palpitando apressado
Porque vim te ABRAÇAR.
ABRAÇEI
O MAR EM PORTUGAL
Não vim nas embarcações,
Nem levantei minhas velas
Nem coloquei asas imaginarias,
Voei na tecnologia aérea, entre pontes sobre Continentes
Só
para te ABRAÇAR!
E aos
teus pés, não te dei flores.
Te dei o encanto da Floresta, pulmão do mundo.
Te dei minhas rezas, para que protejas navegantes,
Te dei minhas preces, louvando aos seres de luzes
Que outros possam fazer uma corrente tão grande
Só
para TE ABRAÇAR.
ABRAÇEI
O MAR EM PORTUGAL.
Não vim pedir nada
Vim só AGRADECER.
E tu (MAR) me
respondeste com tuas ondas aos meus pés,
Lavando minhas angustias
E me trazendo força,
Para te ABRAÇAR,
mais e mais.
POEMAS DE NECA MACHADO NA 3ª ANTOLOGIA DO NÚCLEO ACADÊMICO DE LETRAS E ARTES DE PORTUGAL-2019
O DOURO É
ASSIM...!
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com
classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso
Urbs, classificada com publicação de um
poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da
Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em
Portugal em 2016 e 2017, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista,
Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e
designer em crochê.)
O DOURO É
ASSIM...!
“UM
TAPETE AZUL NO MEU PORTAL!”
A DES
(CORTINAR) EMOÇÕES...
E ao contemplar meu portal por entre as ramas
da velha Videira, descortino o meu tapete azul de emoção.
O DOURO É
ASSIM!
PURA EMOÇÃO A CADA CONTEMPLAÇÃO.
Cada Poeta tem um olhar ao DOURO, todos diferentes,
Uns de emoção, outros, contemplação afetiva
Outros des (cortinação) de sentimentos,
E outros, mais outros....
Ninguém vê o DOURO, com um olhar comum.
Muitos sobem em seu tapete azul magico
E voam perto do infinito
Como a competir com as gaivotas.
Contemplar
o DOURO
É embevecer-se com seu belo manto azul
celestial
Aos pés dos Montes, ou de trás dos Montes,
Como a (des) cortinar emoções.
MUITAS
SOBRE TELHADOS
Outras como caminheiros de suas passarelas
estreitas e cheias de história.
Contemplar
o DOURO,
É apaixonar-se continuamente
Por uma mesma ROTA
Sem destino.
É desbravar caminhos cheios de magia,
É deleita-se como a sorver um belo vinho do
Porto,
E fazer-se Porto
Em seu cais.
Contemplar
o DOURO
E
vestir-se de aquarelas
E
matizes.
E a cada nova cor,
Sentir-se um desbravador
Sem NAU.
É ser naufrago, notívago,
Embriagado de Sonhos.
Assim é a ROTA DE EMOÇÃO.
DOS
CAMINHOS, PELO DOURO.
quarta-feira, 27 de março de 2019
CONTOS DA NECA MACHADO NO MUNDO
LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS
AMARGAS”
(PUTA FOLÓ)*
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com
classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso
Urbs, classificada com publicação de um
poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da
Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em
Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português
e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com
25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em
crochê.)
Sentada em uma velha cadeira de
macarrão curtida, com alguns fios soltos em uma varanda dentro do Lago onde
ainda com lagrimas nos olhos, reclamava por não ter tido um lugar melhor para
morrer no fim da vida, ela apenas escutava o canto dos Sapos dentro “daquele
inferno” na terra, e se perguntava: porque essas porcarias não param de gritar
mesmo com chuva?
Nunca foi uma Mulher para morrer dentro do
Lago, rodeada de aningas, uma ponte podre, ratos sobre a mesa do jirau, vermes
por todo lado, o barulho das músicas ensurdecedoras dos fins de semana de seus
vizinhos mal-educados, que não a deixavam dormir, o cheiro de merda dos
banheiros ao ar livre a incomodavam, a cabeça coçava, eram piolhos, cruz credo,
e olha que contradição, ela que era da noite, triste fim para uma PUTA VELHA.
Era
linda, corpo escultural, cabelos ondulados, vaidosa, seus seios cheios de
sedução, suas pernas, um pouco tortas, mas era de menos, mesmo “na vida” ela ainda tentou ter família,
teve filhos de vários casamentos, que agora tentavam sua sorte, muitos sem sorte, teve um que ela se
amargurava, tinha orgulho dele, mas, ele: contava para as falsas amigas; nunca
teve sorte, “agora se juntou com uma Puta
velha cheia de filhos pra ele criar, olha a sina do coitado”.
E aí,
se lembrou da briga que teve no Cabaré com outra PUTA VELHA.
Foi um
auê! Sorriu sem dentes.
FATOS
Na caixa de som meio fanhosa do
velho Cabaré no fim dos infernos, os clientes tentavam dançar ao som de músicas
românticas, encostados nas quengas,
se excitando para acabarem a noite em catres ou leitos das caceteiras, cheios de ilusões e sonhos que os tornariam realidade,
quando a luz se apagasse, e ela confiando numa falsa Amiga, contou-lhe seu segredo, disse que nunca
mais confiaria em alguém: contou que tinha um cliente fixo que sempre que vinha de Caiena ficava com ela, (mas resmungou: cruz credo, o Homem é um
Cavalo, me arrebentou toda, quase que fui pro gelo....”)
E
pensou que o tal Segredo jamais fosse revelado.
Noite
de sonhos, festa a rodar, a música de Altemar Dutra enchia o salão.
Sentimental eu sou, Eu sou demais
Eu sei que sou assim
Porque assim ela me faz
As músicas que eu,
Vivo a cantar Têm o sabor
igual
Por isso é que se diz
Como ele é sentimental
Romântico é sonhar
E eu sonho assim
Cantando estas canções
Prá quem ama igual a mim.....
E ela, naquela noite, estava linda, fez o
cabelo, pintou as unhas, vestiu seu vestido de festa, sapato alto, perfume
barato…E conquistou um belo Peixeiro dono
de uma embarcação de Pesca, que tinha até um carro vermelho, e não sabia, que
ele era disputado pelas gorjetas que deixava.
Foi quando em uma dança, recebeu um chute na
perna e quase caiu.
Era uma rasteira.
Foi quando escutou um grito ensurdecedor:
PUTA
FOLÓ, ELA É FOLÓ!
O homem
se espantou.
Se explicar, nem tinha explicação, a porrada
correu solta, pontapés, puxão de cabelo, unha quebrada, cara cortada, gente
correndo….Policia, mas, até no puteiro tinha policial de plantão, eles iam lá
de vez em quando sonhar também.
Mas,
enfim, ela agora, é só lembranças, e muitas AMARGAS.
PS.
FOLÓ era
um termo usado para especificar FLACIDEZ VAGINAL.
Hoje com tanta tecnologia, a vagina volta a
ter sua flacidez recomposta até por lazer. Basta ter dinheiro para recompor até
o hímen. ( rs.......)
LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS
AMARGAS”
(A PUTA E O BANHO DE TAMANQUARÉ) *
BIOGRAFIA
Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia,
através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil,
é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental,
Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia,
fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com
classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso
Urbs, classificada com publicação de um
poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da
Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em
Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português
e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com
25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em
crochê.)
No jirau da palafita fincada no meio
da ressaca, ela se assustou com um pequeno “Calango”
que atravessou entre suas pernas rapidamente feito um raio e se jogou na agua
podre do lago que rodeava sua nova morada, e na cabeça, a lembrança apareceu
como se ela tivesse seus dez anos de idade.
Ainda
ecoava a velha cantiga da Avó indígena.
“Tamanquaré,
tamanquaré, faz o fulano ficar besta como tu é.”
Coloca
ele na rede e dá Tamanquaré, ele vai ficar manso e lambe teu pé!
E ELA deu uma gargalhada tão sonora que atravessou gerações.
ELA veio das entranhas da mata de uma ilha distante próxima do
estado do Pará, chegou ao Amapá vinda em uma pequena embarcação, veio com tanto
medo que nem viu o Rio Amazonas,
deitada numa velha rede, se encolheu tanto que nem viu as horas passarem.
E lá
estava ela agora na flor da idade!
A
vizinha “desgraçada” como ela a
chamou, no início era um doce de pessoa, mas depois, mostrou suas garras,
repetiu, uma Cobra que infernizou
minha vida. Me fez uma proposta num dia que sem esperança, ela fitava a Lua e
sonhava com seu Príncipe encantado,
mas, ao longo de suas rugas, o que mais encontrou, foram Sapos, e muitos deles venenosos.
A tal
Cobra fantasiou tanto que ela quase foi a Marte.
Disse
que com aquela beleza de Índia, cabelos longos feito seda, pernas grossas, os
seios parecem que tinham sido moldados em ninho de beija flor, ELA seria a Mulher mais desejada de um
Puteiro recém-inaugurado lá para as bandas do Rio Oiapoque.
Disse
que ela ia ganhar tanto franco que nunca mais ia ser pobre, que ia tirar o pé
da miséria, que ia morar num prédio “pertinho do Manoel Pinto em Belém do Pará”
e que ia até do pátio ver o Círio de Nazaré.
TUDO MENTIRA- UMA VERDADEIRA
ESTELIONATARIA.
Graças
a Deus já morreu.
Ainda
lembra do primeiro franco que ganhou, ficou besta, nunca tinha visto o tal
dinheiro.
Nas
idas e vindas do tal cabaré, conheceu um DOUTOR,
homem nojento, cheio de arrogância, mal-educado, que logo se engraçou com ela,
assim que chegava, vinha logo apontando o dedo, como se ela fosse seu
brinquedo.
E ELA nascida no meio da
floresta Amazônica, conhecia suas lendas, seus mitos e suas estórias, cresceu
tomando banho de Igarapé, gostava de brincar com peixinhos, amava escutar o
canto dos sabiás, muitas vezes se vestiu de flores de mato, gostava do perfume
de patchuli, amava as frutas da terra, e gostava de pimenta, ela era do meio da
Terra e conhecia seus segredos.
Um dia de São João, ela resolveu se
vingar.
Ele
chegou cedo, com a mesma arrogância de sempre, não era doce, mas gostava dela,
tomava sempre um banho antes do ato sexual. E ELA naquela noite santa, encantada como incorporada por uma
entidade sobrenatural, com a voz mansa feito cobra a dar o bote, falou baixinho
no ouvido dele: “Doutor hoje é dia de São João, venha tomar um banho de ervas,
elas servem para tirar a “inhaca”, o mal olhado, trazem fortuna.
E ELE: Besta caiu na conversa dela.
E ela
com uma cuia nova, começou seu ritual.
Ele foi se amansando aos poucos, se
aquietou, foi ficando PATETA, ABESTALHADO;
Tudo
efeito de um BANHO DE TAMANQUARÉ.
PS
*TAMANQUARÉ tem em pó vendido nas casas de
produtos para banhos, e tem também em ervas, a erva do Tamanquaré, que para
muitas benzedeiras tem o mesmo efeito, amansar gente braba. ”
terça-feira, 26 de março de 2019
segunda-feira, 25 de março de 2019
domingo, 24 de março de 2019
sábado, 23 de março de 2019
sexta-feira, 22 de março de 2019
quinta-feira, 21 de março de 2019
PARA MUITOS AMAPAENSES (ELE TINHA QUE SER PRESO POR CONHECER A LEI)- REPRODUÇÃO
- Publicado: 20 Março 2019
Resultado de ação interposta pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), a 4ª Vara Cível e de Fazenda Pública de Macapá condenou o ex-delegado geral da Polícia Civil, Paulo César Cavalcante Martins, a empresa A. C. T. PEREIRA - ME e o empresário Antônio Cláudio Trindade Pereira, por atos de improbidade administrativa que geraram prejuízo ao erário superior a R$1,5 milhão.
Os fatos apurados pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, da Probidade Administrativa e Fundações (Prodemap) ocorreram entre anos de 2006 a 2010, quando foram celebrados contratos entre a empresa A.C.T. Pereira – ME. e a Polícia Civil do Amapá para a realização de serviços de manutenção preventiva e corretiva nos veículos leves e médios pertencentes à Delegacia Geral de Polícia.
O MP-AP demonstrou que a contratação se deu com dispensa indevida de licitação, por meio da caracterização de emergência, com orçamento fraudulento, ausência de justificativa de preço e má qualidade dos serviços prestados, como utilização de peças usadas nos veículos, aumentando os danos ao erário.
Entenda o caso:
O MP-AP ingressou - em 2015 - com a ação de improbidade administrativa, com base no Inquérito Policial 007/2012 aberto pela Corregedoria Geral da Polícia Civil para apurar supostas ilegalidades na celebração de três contratos (nº 006/2006, nº 012/2006 e nº 017/2010) e os aditivos firmados pela PC com a empresa A.C.T. Pereira – ME.
Somente nos dois primeiros contratos firmados com a empresa foram realizados nove (9) termos aditivos, todos feitos sem justificativa para prorrogação do prazo e alteração dos valores. Passados, aproximadamente, quatro anos do contrato inicial e das sucessivas prorrogações, o condenado Paulo César deixou de realizar o regular processo licitatório e preferiu dispensar, novamente, a licitação, realizando a contratação direta da empresa A. C.
Na soma dos valores pagos indevidamente pela Delegacia Geral foi gerado um prejuízo aos cofres públicos de R$ 1.588.583,33 (um milhão, quinhentos e oitenta e oito mil, quinhentos e oitenta e três reais e trinta e três centavos).
“Dirigente maior da Policia Civil do Estado do Amapá na época dos fatos, o ex-delegado geral, Paulo César, tinha o dever de preservar o patrimônio público, mais corroborou com todo esquema”, reforçaram os promotores de justiça Afonso Guimarães, Flávio Monteiro, André Araújo e Christie Damasceno, que subscrevem a ação.
Utilização de peças usadas no conserto de veículos
Também foi apurado e comprovado pela Prodemap que algumas peças utilizadas para o conserto dos veículos oficiais [viaturas] eram usadas e de má qualidade. “Consequentemente, os problemas surgiam rapidamente, já que não possuíam as garantias das lojas, causando um dano maior ao erário. Ora, o administrador deve exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo, ser leal às instituições que servir, manter conduta compatível com a moralidade administrativa e ser assíduo e pontual ao serviço”, destacou a juíza titular da 4ª Vara, Alaíde de Paula, ao fundamentar sua sentença condenatória.
Com base nos elementos de prova apresentados pelo MP-AP, o Juízo da 4ª Vara Cível declarou a nulidade dos contratos e aditivos firmados entre a Delegacia Geral de Policia Civil -DGPC e a empresa ACT. Pereira – ME.
Demais condenações:
Paulo César Cavalcante Martins foi condenado com a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 6 (seis) anos; pagamento de multa civil de 10 vezes o valor da remuneração percebida pelo réu à época dos fatos; proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 6 (seis) anos;
Antônio Cláudio Trindade Pereira: suspensão dos direitos políticos por 5 (cinco) anos; pagamento de multa civil equivalente a 30 salários mínimos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 (cinco) anos;
Empresa A. C. T. PEREIRA - ME foi condenada ao ressarcimento integral do dano (R$ 1.588.583,33), mais multa civil equivalente ao prejuízo ao erário, além de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de 10 (dez) anos.
Improbidade
Os agentes públicos e os particulares que agem ou se omitem dolosamente a fim de se enriquecerem ilicitamente ou atentarem contra os princípios norteadores da Administração Pública, bem como aqueles que, ao menos culposamente, causem prejuízo ao Erário, estão sujeitos às sanções estabelecidas no artigo 12 da Lei de Improbidade.
Serviço:
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
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