quinta-feira, 23 de março de 2023

COIMBRA BY NECA MACHADO

POESIA BY NECA MACHADO/VENTO

POESIA DA NECA MACHADO / VENTO


COIMBRA BY: NECA MACHADO IN 2023



 

SOMOS COMO O VENTO

By: Neca Machado

 

 

Somos como o vento,

Passageiros de um tempo,

A espera das transformações,

 

Somos como o vento,

Inclusos, em uma estação do tempo.

Que corre, acelera,

para, destrói, alivia, emociona.

 

Somo como o vento

A deixarmos pegadas de nossa passagem no tempo

No espaço, na rua, na casa, no corpo….

E nem percebemos o tempo

Tao nobre, senhor de nossas horas,

E quando abrimos os olhos,

E que percebemos a força do vento,

Devastador, destruidor de sonhos, de almas, de células….

 

Mas, este vento tão temido

Também é sinônimo de coragem

Nos impulsiona a andar, correr, a voar…

Nos dá asas, para seguirmos sua trilha,

Descobrindo sabores, odores, amores, cores…

 

Somos como o vento

Passagem, com tempo de validade,

Com transformações, com mutações…

 

Então…

Precisamos aprender a ser VENTOS,

Antes de uma nova tempestade,

Antes de desaparecermos no horizonte da vida,

Antes de sermos somente legados,

Antes de sermos somente memorias,

Antes de sermos somente lembranças.

 

Seja um Vento

Arrebatador de sonhos

De destruição de medos,

Seja um vento que não tem caminhos nem rumos,

Seja um vento de esperança

Semeando a fé.

Lavando o medo,

Trazendo a alegria,

E nos tornando MELHORES,

Como a passagem do vento,

Porque somos como o vento.

 

SOMOS COMO O VENTO

PASSAGEIROS.

 


 

sábado, 18 de março de 2023

CABOCOS BY NECA MACHADO

NECA MACHADO, CABOCA COM ORGULHO

CABOCOS

By: Neca Machado

 

CABOCOS...

 

Cabocos são cabocos...

 

Nortistas, assanhados,

Sorridentes, acanhados...

Gostam de chuvas e de sol,

Gostam de banho de rio

E de lama

Gostam de assombração

De feitiço

De mãe d’agua, de pimenta

 De farinha que arrebenta

 De tucupi, de açaí puro

De bacaba, de limão

De peixe assado na brasa,

Tucunaré, mantrichao,

Camarão no bafo,

Perfume forte

Cheiro de mato,

Banho de rio,

Bacuri, abiu...

De muito filhos,

De namoradas em muitos portos,

De rio tempestuoso

De farinha baguda e fina,

De tucupi, tacaca, maniçoba, jambu brabo...

De pupunha gordurosa,

De tamuatá, tucunaré, pirarucu...

 

Caboco tem fé,

Vai a procissão, faz romaria

Acredita em santo, pai de santo, pajé...

E até São Jose...

 

Caboco é caboco

Pé rapado, e doutor

Puta e dama,

Tanto faz,

 

Caboco tem superstição

Nem olha pra trás,

Caboco não

tem medo

Meu rapaz.

 

Caboco diz mentiras e verdades

Sem pestanejar,

Caboco é de acreditar,

Em papai Noel, curupira e político ladrão...

Caboco é família e irmão.

Caboco é caboco...

Ousado e atrevido

Tem linguajar popular

Tem coragem, corre risco, vai a lutar sem temer,

Gosta de música alta

De brega, de tecno, de Calypso, popular...

De cachaca, de duelo, de cerveja, ate cair,

Caboco não chora se, se ferir…

Gosta de abicorar,

Gosta de contar potoca.

Gosta de contar vantagem ao pescar,

Enfrenta onça sem medo,

 

Caboco é caboco. Senhor,

Com orgulho até na alma, seu doutor,

Caboco dança sirimbo, siria e marabaixo

 

Caboco não olha pra baixo

Caboco não se curva como vara verde

Enfrenta tempestade e tsunami

Sem medo nem arrepio.

 

CABOCO É CABOCO, VIU.