sábado, 29 de junho de 2019

CRONICAS DA NECA MACHADO, NO MUNDO


LIVRO DIGITAL
CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

(A PUTA E A CAPIVARA )

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 24 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)






Numa rede velha que ELA (   ) se balançava para amenizar o calor, a memória trabalhava feito roda de máquina antiga, sapos gritavam sem parar, um cachorro “pirento” se coçava cheio de pulgas, o calango tentava subir em tabuas podres, e um Rato gordo como a passear na podridão de onde ELA aportou, eram sua companhia, agora que envelheceu.
Atravessou o Rio Amazonas cheia de esperança de um mundo melhor.

Apenas mudou de lama.

Antes era a lama do rio, agora, era a lama do lago podre.
Quando queria desafogar suas tristezas, “enchia a cara” em cervejas mal geladas depositadas sobre a sujeira de uma mesa velha que era morada de vermes no fundo de seu catre.

Ainda tentou se modernizar, comprou uma chapinha para alisar os cabelos quando fosse a algum dançará barato com a eterna amiga de farra, mas, já não era tão jovem, os peitos caíram, a bunda desabou, virou “foló” literalmente.

E para muitos (  ) ainda era “pavulagem”.

O mal gosto imperava, o corpo nem ajudava mais, porém, tentava a todo custo fazer com que a idade não aparecesse, os vestidos horrorosos não se ajustavam mais, a perna torta, o perfume barato, que dava dor de cabeça. Égua!
E na boca, parece que o cheiro da comida, não saia mais, parece que ficou feito cola no céu da boca, dizia para a companheira.

EU não suporto mais sentir o cheiro de CAPIVARA.
Comi tanto essa porcaria que agora só penso em vomitar.