domingo, 12 de julho de 2020

CONTOS DA NECA MACHADO (AMAZÔNIA)


MARIA MURURÉ



(Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 28 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)







MARIA MURURÉ

Quando ELA nasceu no meio da floresta Amazônica, parece que o Uirapuru, tinha acordado.

A mãe disse a vizinha que “era um dia lindo de sol, quente, com o vento nortista vindo do Rio Amazonas, ” e ELA foi abençoada pelos deuses da floresta.
Mês de maio, mês de MARIA, o pai devoto da santa, queria o nome MARIA, e a mãe ao descer o pequeno Girau de paxiuba, não pestanejou, se viu em uma aquarela de encanto e magia, no pé da casa, como para recebe-la, um jardim de MURURÉS, algumas flores se agitavam ao vento, insetos as rodeavam, o cheio do mato orvalhado em suas narinas, e ELA como embriagada pelo momento, disse balbuciando docemente: SEU NOME SERÁ: 

MARIA MURURÉ!

Ele sem entender, concordou.
O jardim de flores nativas se alegrou, as flores dançavam ao vento, e uma delas se sobressaiu, muito branca, com pétalas cor de rosa, no meio das folhas verdes, linda, linda exclamou a mãe.
MARIA MURURÉ!

MARIA, SANTA E FLOR ANGELICAL.

Maria tornou se uma linda menina, branca como uma nuvem solitária no céu da Amazônia, cabelos dourados como os raios de sol, era a verdadeira representação nativa de uma floresta no coração do mundo.

MARIA MURURÉ.
Encantava os caboclos com sua beleza angelical, fazia nascer o ciúme nas caboclas curtidas de sol, cresceu com os pés descalços, perfumada por flores do mato, conhecia cada canto de pássaro, e sabia de seu encanto por onde passava, foi abençoada dizia a mãe, e parece que foi mesmo diziam as comadres da ribeira.

MARIA MURURÉ!
Por onde passou deixou sua marca.
Seu carisma, sua magia,
Seu encantamento.