O homem responsável pelo ataque de terça-feira, que causou pelo menos oito mortos e 11 feridos em Manhattan, Nova Iorque, é natural do Uzbequistão e vive nos Estados Unidos desde 2010, anunciaram as autoridades.
As autoridades, citadas pela AP, referem que o alegado responsável pelo ataque é Sayfullo Saipov, de 29 anos, natural do Uzbequistão, que chegou aos Estados Unidos em 2010. Tem carta de condução da Florida, mas tem residido em Nova Jersey. O jovem que tem residência legal nos EUA chegou a trabalhar como motorista da Uber, durante seis meses,segundo confirmou a empresa. No cadastro policial, aparece apenas com algumas infracções de trânsito.
O carro, que tinha sido alugado, atingiu várias pessoas, com o condutor a abandonar depois a viatura com duas armas, uma de 'paintball' e outra pressão de ar, disse James O'Neill, comissário da polícia.
O homem foi em seguida atingido pelas autoridades no abdómen e acabou por ser detido, com as autoridades a referirem que foi hospitalizado, para ser operado, e que é esperado que sobreviva.
O responsável policial disse ainda que homem gritou “Allahu Akbar”, a expressão árabe para “Deus é Grande”, na altura em que abandonou a viatura. A CNN adianta ainda que terá sido uma nota no carro com uma menção ao Estado Islâmico. No entanto, as autoridades ainda não estabeleceram uma relação entre o ataque e o grupo terrorista.


O ataque está a ser investigado como um possível caso de terrorismo.




Entre as vítimas do ataque estão cidadãos estrangeiros. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina já confirmou que “cidadãos argentinos morreram” durante o ataque.
Acrescentou, em comunicado, que o Consulado da Argentina em Nova Iorque está já a trabalhar com as autoridades.
“A Argentina reafirma a sua mais forte condenação aos atos terroristas e violência em todas as suas manifestações e reitera a necessidade de aprofundar a luta contra este flagelo”, salienta.
Cinco dos oito mortos do ataque perpetrado na terça-feira em Nova Iorque são argentinos, informou o Governo de Buenos Aires.
Num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo do Presidente argentino, Mauricio Macri, identificou os cinco argentinos que morreram no ataque, dando conta ainda de que um outro se encontra internado no Hospital Presbiterano de Manhattan, mas fora de perigo.
“Os compatriotas, oriundos de Rosário [leste da Argentina, a 300 quilómetros da capital], faziam parte de um grupo de amigos que celebrava o 30.º aniversário da sua graduação da Escola Politécnica daquela cidade quando o trágico evento ocorreu”, indicou o comunicado oficial.



As autoridades da Bélgica anunciaram também que uma cidadã belga está entre as vítimas mortais.
O presidente da Câmara de Nova Iorque ('mayor'), Bill de Blasio, afirmou que o ataque foi “um ato de terrorismo”.
“Foi um cobarde ato de terrorismo contra civis inocentes”.