sexta-feira, 3 de agosto de 2018

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CRONICAS DA NECA MACHADO

"PUTA FOLÓ"


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CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

PUTAS (Não guardam segredos, um dia contam...)


(PUTA FOLÓ)*
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)




         Sentada em uma velha cadeira de macarrão curtida, com alguns fios soltos em uma varanda dentro do Lago onde ainda com lagrimas nos olhos, reclamava por não ter tido um lugar melhor para morrer no fim da vida, ela apenas escutava o canto dos Sapos dentro “daquele inferno” na terra, e se perguntava: porque essas porcarias não param de gritar mesmo com chuva?

Nunca foi uma Mulher para morrer dentro do Lago, rodeada de aningas, uma ponte podre, ratos sobre a mesa do jirau, vermes por todo lado, o barulho das músicas ensurdecedoras dos fins de semana de seus vizinhos mal-educados, que não a deixavam dormir, o cheiro de merda dos banheiros ao ar livre a incomodavam, a cabeça coçava, eram piolhos, cruz credo, e olha que contradição, ela que era da noite, triste fim para uma PUTA VELHA.

Era linda, corpo escultural, cabelos ondulados, vaidosa, seus seios cheios de sedução, suas pernas, um pouco tortas, mas era de menos, mesmo “na vida” ela ainda tentou ter família, teve filhos de vários casamentos, que agora tentavam sua sorte, muitos sem sorte, teve um que ela se amargurava, tinha orgulho dele, mas, ele: contava para as falsas amigas; nunca teve sorte, “agora se juntou com uma Puta velha cheia de filhos pra ele criar, olha a sina do coitado”.
E aí, se lembrou da briga que teve no Cabaré com outra PUTA VELHA.
Foi um auê! Sorriu sem dentes.

FATOS

            Na caixa de som meio fanhosa do velho Cabaré no fim dos infernos, os clientes tentavam dançar ao som de músicas românticas, encostados nas quengas, se excitando para acabarem a noite em catres ou leitos das caceteiras, cheios de ilusões e sonhos que os tornariam realidade, quando a luz se apagasse, e ela confiando numa falsa Amiga, contou-lhe seu segredo, disse que nunca mais confiaria em alguém: contou que tinha um cliente fixo que sempre que vinha de Caiena ficava com ela, (mas resmungou: cruz credo, o Homem é um Cavalo, me arrebentou toda, quase que fui pro gelo....”)
E pensou que o tal Segredo jamais fosse revelado.

Noite de sonhos, festa a rodar, a música de Altemar Dutra enchia o salão.

Sentimental eu sou, Eu sou demais
Eu sei que sou assim
Porque assim ela me faz
 As músicas que eu,
 Vivo a cantar Têm o sabor igual
 Por isso é que se diz Como ele é sentimental
 Romântico é sonhar
 E eu sonho assim
Cantando estas canções
Prá quem ama igual a mim.....

E ela, naquela noite, estava linda, fez o cabelo, pintou as unhas, vestiu seu vestido de festa, sapato alto, perfume barato…E conquistou um belo Peixeiro dono de uma embarcação de Pesca, que tinha até um carro vermelho, e não sabia, que ele era disputado pelas gorjetas que deixava.
Foi quando em uma dança, recebeu um chute na perna e quase caiu.
Era uma rasteira.
Foi quando escutou um grito ensurdecedor:
PUTA FOLÓ, ELA É FOLÓ!
O homem se espantou.

Se explicar, nem tinha explicação, a porrada correu solta, pontapés, puxão de cabelo, unha quebrada, cara cortada, gente correndo….Policia, mas, até no puteiro tinha policial de plantão, eles iam lá de vez em quando sonhar também.

Mas, enfim, ela agora, é só lembranças, e muitas AMARGAS.

PS.

FOLÓ era um termo usado para especificar FLACIDEZ VAGINAL.

Hoje com tanta tecnologia, a vagina volta a ter sua flacidez recomposta até por lazer. Basta ter dinheiro para recompor até o hímen. ( rs.......)

quarta-feira, 11 de julho de 2018

SEGREDOS? PRA QUE? SE UM DIA ELAS CONTAM.E EU, ADORO ESCUTAR...

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CRONICAS DA NECA MACHADO


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CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

PUTAS NÃO GUARDAM SEGREDOS! (Me disse UMA, e um dia contam...) E EU gosto de escutar...

(A PUTA E AS ROSAS VERMELHAS)


BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)


          Na velha prateleira da “Petisqueira” herança de família, coitada, ELA conservava um vaso de flores, como para lembrar o passado.



Tinha comprado em um comercio do centro de Macapá, Rosas Vermelhas de plástico, que achou lindas e que não precisariam de agua para permanecer vivas, assim, seu passado não morreria.
Quando criança, Ela foi em um velório com a avó, de uma conhecida, e nas mãos da morta, tinha uma Rosa Vermelha, pedido da defunta antes de morrer. Aquilo nunca saiu da sua cabeça.

Ela cresceu, não estudou, repetia que nunca tinha escutado os conselhos da Mãe, que sempre dizia: que “a enxada era mais pesada do que a caneta” e seu futuro foi mesmo parar em um Puteiro lá para as bandas do final da Avenida Fab.
Afrodescendente com olhos amêndoas, cabelos lisos como saídos de uma chapinha, pernas torneadas, cintura de violão, voz mansa, ela realmente era pura sedução me contou.

Tinha muitos “clientes”.
Autoridades que saiam escondidos de suas casas, deviam mentir as esposas, sorriu sarcasticamente.
Empresários, etc..., médicos que mentiam para ver falsos pacientes...
Ela sim, era uma paciente especial, um verdadeiro remédio para a alma, sorriu mais uma vez.

E um deles sua preferência por ser um galanteador, lhe fez as vontades mais difíceis.

E um dia ele lhe fez uma pergunta, o que ela gostaria de presente no seu aniversário? E ela respondeu: queria uma dúzia de Rosas Vermelhas, naturais, lindas, grandes, que só tinha visto uma, em um velório quando criança.
Ele se espantou, tinha dinheiro, poderia lhe dar uma joia, mas ela só queria asRosas Vermelhas.

E ele (   ) mandou buscar em Belém, vieram em uma caixa com um plástico transparente, trazia um cartão escrito a mão que ela ainda guarda de lembrança, talvez tenha perdido, mas lembra que tinha o cartão.
Na cama a espera dele, ela se enfeitou, depositou as Rosas sobre o lençol, como se fosse uma verdadeira Lua de Mel, colocou uma no cabelo, como se fosse a Dama das Camélias, ela nem sabe quem era, mas se enfeitou, e dançou pra ele com as Rosas Vermelhas, colocou na boca, passava a Rosa sobre seu rosto, e assim foi uma noite especial.

Me disse que ele ainda está vivo, ou será que já morreu? Nem lembra mais. Ela envelheceu, o Puteiro fechou.


Mas as Rosas vermelhas de um tal Puteiro no coração de Macapá, nunca saíram de sua cabeça.


quinta-feira, 12 de julho de 2018

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AS CASAS COLORIDAS...

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CRONICAS DA NECA MACHADO
“MEMORIAS DE PUTAS VELHAS-LEMBRANÇAS AMARGAS”

"AS CASAS COLORIDAS"

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, e uma em Genebra em 2018, em edição bilíngue português e inglês, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)







      Quando ela veio das Ilhas paraenses, só tinha um sonho: Chegar ao Oiapoque e ir para o outro lado do rio, talvez Kouro, mas a sedução era mesmo Caiena, porém, o rio metia medo, diziam que a correnteza era braba, e que muita catraia tinha virado e muita prostituta morrido.
Diziam que o Franco era 3 vezes mais valorizado do que o dinheiro brasileiro, e que não demorava e ela tinha sua CARTA DE SEJU.
A realidade foi outra.
O franco virou Euro, e ela nem atravessou o rio.
“Enganada” por falsas promessas de um cafetão, nem saiu de Macapá.
Seu corpo ainda “bom” como disse uma proprietária de um bordel onde ela foi parar, lá para os cafundós do Juda, ainda dava para ganhar alguma coisa.
E ela não teve opção.

Foi parar numa “CASA COLORIDA”

Era melhor do que os cabarés de Belém onde também ela fez morada por algum tempo.
A casa mais limpa, clientes cheios de pose, alguns eram empresários, outras autoridades cheias de moral...
E ela diferente, uma verdadeira beleza cabocla, até conseguiu algum trocado.
O que ganhou?
Muitas decepções, doenças, tristezas e MEMORIAS.

Hoje vendo as NOVAS PROSTITUTAS, tem até inveja.
Muitas são “garotas de programas” nome bonito para a prostituição, tem até sindicato.
Outras são suas próprias gestoras de suas agendas.
Muitas não querem mais viajar para Caiena,
Querem ir para Dubai.

Não querem mais casas coloridas, querem apartamentos de cobertura dados por autoridades corruptas, tá tudo na tv, repetiu.

E na memória a cor forte da CASA COLORIDA onde ela foi hospede por muito tempo.




CRONICAS DA NECA MACHADO

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O SAPO DO CONVERSIVEL BRANCO



BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017 e 2018, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

O SAPO DO CONVERSIVEL BRANCO


Ela já tinha lido e relido as fabulas dos irmãos Grimms, mas, definitivamente nunca pensou que seria protagonista.
Seu sonho de menina era conhecer um Príncipe, que viesse em seu cavalo branco, garboso, saltitando sem pressa, elegante. E ela, viajava, as vezes se pegava acordada sorrindo sem medo, imaginando o belo Príncipe com ar cortes, cheio de fidalguia, com flores no primeiro encontro, comprados “literalmente” por ele.
E a tecnologia ajudou.
O conheceu por acaso, solicito, gentil, voz mansa, pausada, e ela questionou: qual o problema no casamento?
E ele respondeu de imediato: sair da rotina.
E ela nem queria ir, gostava de homens mais velhos.
Sua intuição dizia, não vá.
E no primeiro encontro, surpresa, o belo Príncipe saído de contos germânicos, nem tanto, talvez europeu somente, chega em um “conversível branco”.
E seus olhos se abriram como por espanto, e ela sorrindo, lembrou do tal cavalo branco, mas, nem queria um conversível, bastava o Príncipe da voz suave ao telefone.
E nas preliminares o Príncipe ainda a escutou.
Mas não demorou para se transformar em SAPO.
E ela lembrou do pequeno SAPO cheio de veneno que matou o paisagista Burle Marx.
Um SAPO mortal, com seu veneno peculiar,
E ela se lembrou da fabula do escorpião. ”
Pela sua natureza, sem agradecimento, ainda na travessia picou o seu benfeitor.
O SAPO DO CONVERSIVEL BRANCO,
(Casado, com filhos, com uma esposa jovem e bela, com nome de Anjo, pula as lagoas (sites), em busca de aventuras.) E a esposa nem sabe de sua outra face oculta, talvez a foto colocada no seu perfil, nem seja dele. (  ) não parecia.
Talvez um dia volte para casa com uma hepatite C,
Talvez no primeiro beijo, seja contaminado por um herpes bucal, e quando tiver baixa imunidade, todos saberão que ele fez sexo oral.
 Talvez com várias prostitutas travestidas de damas.

E o SAPO DO CONVERSIVEL BRANCO,
Pensou de verdade que era um Príncipe.


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 ESTORIAS DO METRÔ EM PORTUGAL-2017

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)


6.1 – A BELA QUE NÃO TINHA DINHEIRO PARA O METRÔ....
Na porta da estação percebi vários policiais, achei que eram policiais, pelas roupas pretas e pela maneira e seriedade ao se posicionarem à espera do veículo.
Manhã de quinta-feira, muito frio, a temperatura baixou repentinamente, uma senhora me cumprimenta e sem conhecer-me resmunga sacudindo a cabeça, “muito frio, heim! Sim,
 respondo entre um sorriso sem graça.
Quinta-feira, 23.03.2017 as pessoas em Portugal ainda têm o habito de pararem na porta de localidades onde são vendidos os jornais para lerem as manchetes, e a notícia do dia é o atentado na Europa que deixou mortos e feridos em Londres, pessoas que nem se conhecem, comentam o terror, coincidência ou não na época do aniversário do atentado em Bruxelas.
O veículo chega, entro, vou a cidade do Porto, próxima e a Senhora senta ao meu lado, puxando conversa, pergunta pelo meu sotaque que não é português de Portugal, de onde sou no Brasil, e ela de repente diz: “pegaram mais uma...” e EU sem entender, questiono: o que?

E ela: pegaram mais uma, que não tem dinheiro para pagar o bilhete do Metrô.

Moro do lado da estação do Metro
E alguém me disse: cuidado, compre seu bilhete, pague, não ande de graça, porque os fiscais podem lhe pegar, eles nem avisam quando fazem fiscalização, entram numa estação, fazem o controle, multam e vão embora...
E continuou: a multa é grande.
E olhei para a Moça que foi “multada”

BONITA, me surpreendi.
E eu disse a senhora: mas, ela é bonita, a senhora viu?

E a Mulher sorriu: mas, não tem dinheiro para pagar o bilhete.
“Sorrimos as duas da desgraça alheia. ”
Quantos não riem da gente...
E me lembrei de quantos “pobres, afrodescendentes, mendigos, que tem tantos em Portugal, são olhados “de lado” e “muitos” acham que nem tem dinheiro para pagar o bilhete.
E a BELA, com roupa boa de frio, bota nova, cachecol da moda... Nem tinha dinheiro para PAGAR o bilhete do Metro.
E vai ter dor de cabeça me disse a Senhora.
E desci pensando na crônica que escreveria,
Sou Jornalista, e não ia perder um tema tão bom.
A BELA QUE NÃO TINHA DINHEIRO PARA PAGAR O BILHETE DO METRO.
E na volta do meu compromisso na cidade do Porto, continuava a chover e aqui não tenho carro, decidi vir de taxi.
E o motorista simpático puxando conversa, resolvi contar a ele a estória do Metro..
E complementei:
Imagina você: que EU, com cara de pobre, afrodescendente, casaco simples, sem bota, no frio?
Alguém deve ter dito, essa ai, é mais uma sem dinheiro.
E eu ainda tenho um trabalho.
Na volta passei no Supermercado, e a safra de morangos em alta, trouxe logo uma caixa que AMO,

E ai: na conversa com o motorista de taxi,
Complementei: ainda volto de taxi, e vou comer morangos com nata...
E a BELA, de bota nova, nem tinha dinheiro para pagar o bilhete do Metro...