terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O CONTO FOI PUBLICADO NA SUIÇA, EM GENEBRA


CRONICAS DA NECA MACHADO

·         “O OUTRO DIA, DAS CAMELIAS E DAS TILIAS”


 (CAMÉLIAS- PORTO/PORTUGAL 2020)

BIOGRAFIA

Neca Machado
Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 27 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)


·         O OUTRO DIA, DAS CAMELIAS E DAS TILIAS....



A CAMELIA considerada a Flor do Inverno, chegou como o vento, sutil, leve e frio, desabrochando seu encanto em diversidades únicas e singelas. Em sua homenagem, festivais, danças, festas, exposições de fotos, até no Palácio de Cristal.
Ao seu lado a bela TILIA. Imponente e protetora.

(Para os germânicos, as tílias eram árvores sagradas com poderes mágicos que protegiam os guerreiros.)
E com a chegada do inverno o perfume impregnou a bela Praça onde a estátua em homenagem com seu imenso obelisco a guerra peninsular, não era mais a peça de importância.
 Eram as flores, Camélias e Tílias.
A Camélia soberana desde sua origem homenageando Kamel, destacava-se única e singular por entre o voo rasante dos pássaros, como a desbravarem um universo magico de encantamento com a beleza das flores.
E o belo tapete vestido de pétalas começava a crescer.
E o perfume a inebriar.
E o sorriso furtivo da Camélia tentava ofuscar a vivacidade da cor purpura da Tília.
E o vento voltou a dar o seu ar de Imperador.
O frio começou a incomodar.
As pessoas a deixarem os bancos da Praça.
Os pássaros a levantarem voos, já não tão rasantes.
E as gaivotas com seus gritos assustadores a bailarem como um balé de despedida.
“E a vida foi se esvaindo. ” Assim como o ciclo de vida dos humanos.


E as Flores perdendo suas cores.
E o tapete tomado de perfume, seduzia os vermes.
Até então invisíveis e devastadores.
E naquele momento o Soberano era o flash das fotografias.
Imortalizando cores,
Traduzindo emoções
Perpetuando momentos
E até deixando nas páginas de um LIVRO vindo de tão longe o perfume.


Um LIVRO que transpôs pontes entre Continentes para homenagear a beleza das Camélias e Tílias, vindo com o sabor das Mares, das entranhas da maior floresta do mundo, a Amazônica.

E as Camélias e as Tílias, sucumbidas e inertes no belo tapete verde no coração da maior Praça de um Porto. Com novas cores, não tão cheia de odores, cores de cobre.
Sucumbidas ao vento frio, e elas continuarão a ser a flor do Inverno.
Transformadas em húmus para VERMES.
E perpetuadas na memória de quem as imortalizou,
De quem as amou,
De quem as colheu,
Mesmo no pensamento.
De quem as poetizou.
De quem as musicou,
De quem as transformou em peças teatrais,
De quem as levou aos filmes e festivais...

E haverá de novo, um NOVO inverno, e NOVAS safras de Camélias e Tílias, novos festivais, novas exposições, e haverá de novo, novos tapetes de flores mortas e novos húmus para novos vermes, e novos voos rasantes de novos pássaros, muitos andantes, e outros errantes.