quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

POEMAS DE NECA MACHADO NO BRASIL E PORTUGAL

POEMA DA BRASILEIRA NECA MACHADO NA OBRA NACIONAL
SARAU BRASIL-2016
"O SABIÁ E A SEMENTE"
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Neca Machado Neca Machado (Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 05 obras lançadas em Portugal em 2016, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.) 
Email: nmmac@live.com

O SABIÁ E A SEMENTE

Por: Neca Machado

Este Sabiá madrugador
Transpôs:
Janelas, portais, mares, e rios,
Voou distante, tão longe.
Quebrou e rompeu desafios.
E com o sol das manhãs, desceu na minha janela.
Que visão mais bela
E pueril.

E me trouxe a SEMENTE
Da vida,
Da luz,
Da esperança,
E de uma saudade.

Este SABIÁ,
Que tem cheiro de CIO.
Veio ao som dos batuques,
Com o cheiro das açucenas,
De abril,
Com o embalo das morenas
Com a reza das novenas,
Dos Campos do Laguinho,
Com o cheiro das mangas maduras 
Da safra de Dezembro
Sutil.

Este SABIÁ!
Com a cor do sol
Do Equador tropical,
Do Equinócio das águas,
É o SABIÁ do amor,
Desta Nega Fulô.

Sua SEMENTE,
Tem nome de flor,
De desejo,
De cheiro de Mato,
De orvalho molhado,
É sua Nega Fulo.

Sua SEMENTE,
Tem cheiro de CIO,
Provoca arrepio,
É puro desafio.
Excita por assovio.

Sua SEMENTE,
Brota em solo
Floreal,
Juvenil,
Febril.

Sua SEMENTE ama este SABIÁ,
Que lembra do mar,
Das marés,
Das ondas senhoras,
E da mansidão dos igarapés.

Este SABIÁ é Senhor,
Das vontades,
Saudades,
Desejos contidos,
Escondidos,
E seu canto
Deságua,
Entranha,
Desbrava,
Arranha
E passeia na teia
Desta pobre aranha.

E seu grito vem,
Como a Pororoca,
Sem medo,
Destruindo,
Consumindo,
Sorrindo,
E se vai...

E sua SEMENTE,
Sobrevive
A mais este ai.

Sua SEMENTE vive,
Se desnuda,
Desabrocha
Numa fenda da rocha,
Feito um cristal.

Sua SEMENTE,
Resiste, persiste,
Ao tempo,
A saudade,
As lembranças,
A dor,
A desesperança,
E de sua janela
Insiste em brotar.

Sua SEMENTE,
O quer,
Quer sol,
Água,
Orvalho molhado,
Quer seu sorriso encantado,
Quer seus braços estendidos,
Afago de sua mão,
Quer seu cheiro de cio,
Quer somente
Um pedaço do seu coração.

Sua SEMENTE cresce,
Brota viçosa,
Ergue-se pelas manhãs
Preguiçosa.
Torna-se frondosa.
E se estende pelos cantos
Deixando um encanto no ar.
No recanto de uma saudade.
Olhando frestas sobre florestas.
Ergue-se sobre mares,
Lugares,
Busca um caminho,
Um porto seguro,
Neste escuro.
Deste SABIÁ.

Sua SEMENTE,
Banha-se,
Com água de poço, (Poço do Mato)
Revela seus segredos à mãe do rio,
Sente arrepios.
Conhece segredos de uma magia
Lança-se sobre janelas imaginarias,
Em busca de seu SABIÁ.

Sua SEMENTE faz versos,
Mostra reversos
Tem sonhos,
Sente cheiro de saudade
Do seu SABIÁ.

Este SABIÁ
Da cor divinal, celestial,
Angelical,
Tão natural,
Com sabor do açaí, de cupuaçu,
De bacuri...
Tão animal.
Com seu canto irracional.
Que pousa atrevido na minha janela,
No meu sofrimento,
No meu quintal.

Este SABIÁ é gente,(?)
Tem pensamentos,
É generoso,
Doce,
Torna-se degustativo.

E sua SEMENTE
Tem incertezas,
Lamenta,
E faz sonetos,
Nas entrelinhas
Ponteia
Norteia,
Vagueia,
E fita seus olhos de mel,
Contemplativos,
No seu SABIÁ.
Que entre janelas ao vento,
Portais e murais,
Lagos, florestas e igarapés,
Teima em voar.

E sua SEMENTE,
Se cobre
De lagrimas,
De mantos de santos,
De encantos
E desejos,
Viajando em canções
Que a fazem lembrar do seu SABIÁ. (lê, lê, lê.........)

E sua SEMENTE
Viaja
Devagarzinho 
Por um mar acima, e um mar abaixo,
Como um menino, menina...
Que abriu os olhos
Pelas frestas de uma janela
Esperando um presente de Natal.

E este SABIÁ
Viajante,
Andante
Errante,
Torna-se distante,
Do seu penar.

Mas na seiva desta SEMENTE
Que insiste
Em sobreviver
Em plagas tucujus,
Sua imagem a faz florir.
Crescer,
E fazer
Novas sementes
Para este amor
Se eternizar.

Sem amarras,
Mordaças,
“Então tá SABIÁ!”

E da minha janela,
Eu vi Bem-te vis,...uirapurus...
Vi chuva de inverno
Imaginei janelas ao vento
E quase cheguei ao céu.

Não fui leviana
Somente insana.
Buscando uma canção 
Pra me confortar.

“Então ta SABIÁ”, (lê, lê, lêlê........)
ESTE CANTO FICOU SOMENTE NO PAPEL.

Com a bela lembrança de um SABIÁ.
POEMA DA NECA MACHADO-BRASIL, NA OBRA PORTUGUESA-2016
A ARTE PELA ESCRITA NOVE
POEMA
"AS PEDRAS DO DOURO"
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Neca Machado POEMAS
HOMENAGEM A PORTUGAL

AS PEDRAS DO DOURO
Por > Neca Machado (Administradora, Bacharel em Direito, Artista Plástica, licenciada Plena em Pedagogia, Jornalista Colaboradora e Escritora de Mitos da Amazônia, Contista e Poetisa, Especialista em Educação Profissional)

Rio de Ouro, Douro
Rio de curso de sonho imaginário que se tornou real.

E lá estava EU parida nas entranhas da Amazônia 
A caminhar por tuas fendas cheias de mistérios.
Limos de um brilho intenso, lavando tristezas
E me deixando extasiada com o Azul de teu manto,

Rio Douro, Rio de Ouro, meu Rio e teu....
Como as Gaivotas, sobrevoei o Atlântico para te contemplar.
Me vesti de asas de ouro, para chegar ao Douro.
Me vesti de coragem para te enfrentar face a face
E nas tuas escunas, pescar meu Sonho
Que aportou nas tuas Pedras.
Douro, meu ouro...
Douro meu e teu nos sonetos traçados por milhões que te conhecem de perto
E como a Ponte de Dom Henrique
Repousa sobre teu leito
Ela é tua coroa de ouro
Rio Douro.
Sobrevoei ilhas e mais ilhas, cidades e estados
E tu Rio Douro, Rio do Ouro
Foste o mineral que encontrei junto dos meus sonhos de Caboca nortista.

Rio Douro
Meu frio, nem é tão intenso, porque meu coração imenso é puro calor,
Quando caminhei sobre tuas Pedras.
E nas fendas perdidas entre frestas como um mosaico
Tuas aquarelas reinam soberana
Em minhas cores.
E lá vou EU nas asas das Gaivotas te desbravar
Pelos teus caminhos de Ouro, Rio Douro.
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POEMA DA NECA MACHADO NA OBRA LUSA COLETIVA
PORTUGAL-2017
NAS ENTRELINHAS DA POESIA
-EDIÇÕES O DECLAMADOR
POEMA
"LEMBRANÇAS SÃO COMO MARÉ"
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Neca Machado POEMAS

AS LEMBRANÇAS SÃO COMO MARÉ...
Por > Neca Machado

As lembranças são como Maré
As vezes revoltas, noutras amenas
As vezes batem no fundo da alma serena
As vezes quebra a beira do cais.

As Lembranças são como Maré
Levam tão longe o pensamento
Nos transportam no silencio dos ventos
Nos devolvem no mesmo Porto de origem
Quando abrimos os olhos,
E descobrimos o ECO de nossa saudade.

As lembranças são como Maré, limpam as dores
Levam temores
Trazem sabores distantes
Em uma linguagem olfativa
Que nos transporta a um porto sem rumo.
E nas entranhas da alma, a rede da nostalgia
Tece sua teia.

As lembranças são como Maré...
Caminham sorrateira sobre um curso de rio
Chegam ao Mar
Nos deixam com frio, sem nos acalentar.
Nos transportam em suas ondas bravias, ou amenas,
Nos deixam lembranças, amargas ou serenas.
Nos embriagam com a contemplação de um horizonte,
São fonte de inspiração,
São caminhos de emoção,
São túmulos a abrigar lembranças amargas,
São luzes em tuneis de fé,
Lembranças são como MARÉ!
POEMAS DA NECA MACHADO NA OBRA COLETIVA PORTUGUESA-PORTO- 2016
A ARTE PELA ESCRITA NOVE
POEMA
"AS LEMBRANÇAS SÃO COMO MARÉ"
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Neca Machado POEMAS

AS LEMBRANÇAS SÃO COMO MARÉ...
Por > Neca Machado

As lembranças são como Maré
As vezes revoltas, noutras amenas
As vezes batem no fundo da alma serena
As vezes quebra a beira do cais.

As Lembranças são como Maré
Levam tão longe o pensamento
Nos transportam no silencio dos ventos
Nos devolvem no mesmo Porto de origem
Quando abrimos os olhos,
E descobrimos o ECO de nossa saudade.

As lembranças são como Maré, limpam as dores
Levam temores
Trazem sabores distantes
Em uma linguagem olfativa
Que nos transporta a um porto sem rumo.
E nas entranhas da alma, a rede da nostalgia
Tece sua teia.

As lembranças são como Maré...
Caminham sorrateira sobre um curso de rio
Chegam ao Mar
Nos deixam com frio, sem nos acalentar.
Nos transportam em suas ondas bravias, ou amenas,
Nos deixam lembranças, amargas ou serenas.
Nos embriagam com a contemplação de um horizonte,
São fonte de inspiração,
São caminhos de emoção,
São túmulos a abrigar lembranças amargas,
São luzes em tuneis de fé,
Lembranças são como MARÉ!
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