quinta-feira, 22 de março de 2018

CRONICAS DA NECA MACHADO

LIVRO DIGITAL - CRONICAS DA NECA MACHADO

DA SERIE DE CRONICAS - LIVRO DIGITAL- MEMORIAS DE PUTAS VELHAS


CRONICAS DA NECA MACHADO
MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS- LEMBRANÇAS AMARGAS

O VESTIDO DE LUREX


(E ELA NUNCA IA CHEGAR AOS PÉS DE RHIANA)

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)



         Década de setenta, como que saída de um musical.

 Parece que em sua cabeça à musica de “dancing days” ecoava, e ela nem tinha visto um musical, só tinha visto alguns capítulos de uma novela, onde a memória ainda relutante tentava trazer à tona imagens saudosistas, vistas em uma porcaria de tevê que precisava apanhar para mostras as imagens, e olha que ela acabou muito bom bril para colocar na ponta da antena para ver melhor.

Pela primeira vez que ela escutou canções internacionais, viajou, criou em sua mente um mundo só seu, rodopiava em seus saltos altos feito uma gazela, vestida com suas meias douradas em sandálias vermelhas, no meio de uma pista de discoteca barata nos cafundós do Juda, ela foi ao céu.
E olha que já se vão meio século!

Mas, o tal VESTIDO DE LUREX, ela jamais esqueceu.

Uma vizinha que tinha ido fazer ponto em Caiena, a motivou a ir com ela, fantasiou o outro lado do rio Oiapoque, que ela quase morreu do coração, a mulher contou tanta mentira que ela quase acreditou.
Disse que as crioulas não economizavam, que quando não queriam mais seus objetos, jogavam NOVOS nos lixeiros, e era só ir lá pegar, tinha de tudo, cama, até sapato...
E que os homens gostavam de brasileiras, porque eram mais carinhosas, e que pagavam muito bem em franco, e ela se entusiasmou, ainda tinha um corpo bom como disse a falsa amiga da onça.
Mas que era preciso andar bem vestida.
E a tal informou que tinham aberto uma nova boutique lá pelas bandas do centro comercial e que os novos modelos vindos da Europa eram vendidos bem baratinho. E ela meteu o martelo num pobre porquinho que guardava alguns trocados para comprar o TAL VESTIDO DE LUREX.

E quando chegou em frente da Loja, viajou mais uma vez.


Lá estava seu objeto de desejo, o tal vestido dourado de malha, com fios de ouro, meio matizado, que se ajustava no corpo direitinho disse a vendedora, querendo logo empurrar a tal preciosidade.
E ela comprou!
E em casa foi vestir o tal VESTIDO DE LUREX, para experimentar, porque ia usar em terras europeias quando atravessasse de catraia o rio Oiapoque.
E junto com o vestido, veio um sapato de salto alto, dourado, cheio de fivelas, que ela nem conseguia fechar, e nem sabia andar, e agora?

Tinha que treinar disse a falsa amiga, outra disse: mas, esse sapato e de caboca, e riu.
O vestido ela colocou, ficou apertado, aparecia a barriga, ela tinha gordura por todo lado, ele subia rápido, aparecia as calcinhas, e ela disse: quando eu for dançar vou ficar nua.....
Foi uma tarde de risadas, e de projetos para Caiena, onde iam dançar num Cabaré de um chinês.
E ela preocupada com o vestido, perguntava a amiga, e agora?
E a outra, não te preocupa, MANA te vira, de noite os velhos porres, só olham o dourado do vestido, nem vão perceber teu corpo.
E o sapato, nem sei andar, questionou, e ainda tinha as pernas tortas.
Eu heim!



(NUNCA IA SER UMA BIONCÊ)


Mas o tal VESTIDO DE LUREX FEZ EM CAIENA O MAIOR SUCESSO.

segunda-feira, 19 de março de 2018

DICAS-PASSEIO CULTURAL POR ALFAMA-LISBOA



DICAS DE VIAGEM POR NECA MACHADO

UM PASSEIO CULTURAL PELO BAIRRO DE ALFAMA EM LISBOA





NM
(Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 15 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)





          Um dos paraísos de LISBOA, é o Bairro de ALFAMA.

Se o visitante turista tiver sorte vai escutar em um dia de verdadeiro deleite musical, o som de Madonna que sai de presente de um santuário doFado encravado sobre as ladeiras centenárias e históricas do local, Madonna agora é moradora de Lisboa e sempre aparece por lá sem avisar.

NECA MACHADO EM ALFAMA




Sai do coração da Amazônia, atravessei o Oceano Atlânticos e parei para me embriagar pela história de um dos locais mais pitorescos de Lisboa, o conhecidoBairro de Alfama.
Um Bairro com peculiaridades singulares, ruelas e becos nos levam a descobrir preciosidades cheias de encanto, da música ao artesanato, do vinho a gastronomia, nas sacadas com suas belezas, de vozes que ecoam do mundo todo, em cada degrau de uma escadinha minúscula, escutamos o som de uma língua de outro continente, é uma verdadeira torre de Babel.




No fundo de uma ruela o som do fado soa contagiante. Frio e emoção.



No Beco da Bicha é paradoxal, um casal homo afetivo faz fotos e sorri da expressão, os dois são brasileiros.



Em ALFAMA ainda se convive com o tradicional do povo pioneiro de Portugal, como se fizesse parte de uma canção, os poemas se entrelaçam como o vento batendo nas roupas nos varais das minúsculas sacadas.

 É uma viagem por labirintos culturais encravados no alto de um local onde a história e a cultura se integram e se irmanam continuamente, ao som do Fado que emociona e entristece como seus acordes musicais, além do perfume das sardinhas e o encanto das castanhas portuguesas. O bairro abriga ainda oCastelo de São Jorge que visitei anteriormente e pude observar a cidade do Mirante.







Castelo de São Jorge
Esta imponente fortaleza foi construída na época dos visigodos, seja lá o que isso queira dizer. É tão antigo e tem tanta história que está para Lisboa assim como as Pirâmides estão para Gizé. Fenícios, gregos, cartagineses e romanos começaram a deixar rastros por aqui no século VI antes de Cristo.
“No entanto, foram os árabes muçulmanos — lá por volta do ano 711 D.C — que deram essa cara moura à construção. Tanto que o nome do bairro deriva do árabe “al-hamma” que significa banhos ou fontes. Quando Dom Afonso Henriques, rei de Portugal comandou a retomada do forte, durante as sangrentas cruzadas, o Castelo de São Jorge passou a ser o Paço Real, ou seja, a casa do Rei.
Hoje abriga exposições, museus e eventos culturais. De lá dá para ver toda a cidade com o lendário Rio Tejo ao fundo. Rua de Santa Cruz, s/n. Tel. +351 218 880 620. Horários: novembro a fevereiro, 9h às 18h e março a outubro, 9h às 21h. Fecha no Natal, Ano Novo e 1º de Maio. Entrada: € 7,50. Pessoas com menos de 25 anos e mais de 65 pagam € 4. Crianças até 10 anos não pagam.”

ALFAMA é uma verdadeira viagem pela história, vale conferir, conhecer e se embriagar.