terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

ROSAS E VERMES

 

“ENFIM, FORAM SE AS ROSAS” (PANDEMIA 2020)EUROPA

BIOGRAFIA (Neca Machado)



BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Memorialista com tons nostálgicos sobre pioneirismo tucuju. Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 15 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 31 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra do 5º Festival de Poesia de Lisboa 2020, coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Co autora na obra em francês Almanaque do fundo Mar, lançamento, Brasil, Suíça e Portugal em 2020 e 2021. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

*NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA

(30 ANOS DEDICADOS A EDUCAÇÃO DO AP-BRASIL)

Email: nmmac@live.com


“ENFIM, FORAM SE AS ROSAS” (PANDEMIA 2020)

 


          Uma das imagens mais emblemáticas do ano de 2020, foi sem duvida e repetida pelas matérias jornalísticas na Europa, de milhares de FLORES, jogadas por proprietários de estufas no LIXO.

Como jornalista e fotografa, amo, literalmente amo, perpetuar através das lentes as imagens de FLORES, e tenho milhares de fotos de FLORES pelo mundo nas minhas andanças por vários Países, e me coloquei naquele momento no LIXÃO, só queria registrar aquela imagem singular, jogadas no LIXO, um objeto de desejo de muita gente, que as utiliza para perpetuar momentos singelos, marcantes de felicidade, de prazer, e até de dores nas despedidas, há FLORES.

No leito nupcial elas fazem a diferença, com suas cores de paixão eternizam amores.

Foram milhares de FLORES, que levaram meses para serem cultivadas, e agora servirão de humus para VERMES.

“E FLORES NÃO COMBINAM COM VERMES.”

Apesar de muitos vermes humanos, amarem flores.

 

OBRA: PANDEMIA DAS PALAVRAS: Ed. O Declamador/Porto-Portugal 2020

 

               E este Poema dedicado as flores foi publicado na antologia lusa editada pelo “O Declamador” em 2020, que recebo agora em 2021 e sou uma das co autoras na obra juntamente com 113 autores do Mundo, desde a África (Moçambique, Europa e Brasil)

 

 

 

“ENFIM, FORAM SE AS ROSAS” (PANDEMIA 2020)

 

Meus olhos se fecham a tua partida

E meu coração se parte nesta despedida,

Onde a incompreensão reina soberana,

Não posso aceitar passiva,

Não posso chorar remissiva,

Não posso clamar intensiva,

Que te eternizem num deposito de resíduos

FLORES, FLORES, FLORES...

 

Para momentos de Amor, e agora de Dores!

 

Milhares de FLORES,

Milhares de odores.

 

Milhares de lagrimas sentidas,

Nas suas sacadas, aprisionadas e passivas,

Como tu: FLORES.

Dolores.

Poetas e amantes sempre te eternizaram

Mulheres te idolatraram, e te amaram,

Crianças embevecidas,

Com tuas cores, multicores.

MINHAS FLORES.

MINHAS FLORES.

 

Sou só DORES.

 

Nem os Mortos,

Neste momento de horror (PANDEMIA 2020)

Podem ter suas FLORES.

Nem os insetos poderão ter teu perfume e néctar,

Porque agora, tens somente odores.

 

ODORES DE MORTE.

ODORES DE DORES.

 

No lixo sem explicação (Na Europa-Pandemia 2020)

Pelo Coronavírus

Milhares de FLORES.

 

E EU cá em Portugal

Com minhas dores.

Por não ter, para eternizar,

Pelas minhas lentes,

Tão belas FLORES.

QUE DORES.