domingo, 3 de fevereiro de 2019

UMA CRONICA PARA LAURA


Slime (Lama)


(Laura é minha neta e tem 06 anos, é filha do João, e EU a amo intensamente)

 (Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 20 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017,2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra, “A vida em Poesia 3” lançada em Lisboa em 14.09.2018, coautora na obra “ Tributo ao Sertão, lançamento em Zurique- Suiça-2018, coautora na obra “Além, da Terra, além, do Céu” lançamento em São Paulo em 06.10.2018- Editora Chiado-Pt, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)





Parece que foi de repente, que me percebi que “envelheci”. (57 anos)

Laura Haase, minha Neta de 6 anos veio me visitar um dia desses e lhe permiti olhar meu celular, e perguntei o que ela via, e ela (Laura) me respondeu: “estou vendo um vídeo de SLIME.”
E EU curiosa, perguntei, o que é “Slime” que para o meu pouco conhecimento em inglês, nada mais é do LAMA.
Sim, era um vídeo onde outra criança ensinava a fazer SLIME.
E ela (Laura) sutilmente do alto de seus 06 anos, muito esperta, me deu uma aula de como fazer lama, me orientava a utilizar produtos químicos, até então a mim, perigosos, e Laura nem sabe ler direito, mas já está no segundo ano de uma escola privada protestante, argumentava que determinados produtos não eram bons, que eles não eram adequados, que outros eram melhores, e EU quase morri do coração, fui estudar química no ensino fundamental, e nunca me apaixonei pela disciplina porque alguns professores eram realmente “carrascos” intimidavam com reprovações e por isso nem fui fazer cursos onde a química era essencial.
E agora na porta dos 60 anos, me vejo tendo aulas de química com uma criança de 06 anos, literalmente inteligente e cheia de curiosidades, assim é LAURA, que amo verdadeiramente sua companhia, vem pouco, mas quando vem, me traz muita alegria.
E aí fiquei a pensar nas velhas brincadeiras de crianças da década de sessenta onde nasci (1961), EU amava jogar petecas na rua no bairro do Laguinho, gostava de subir na velha mangueira que ficava em frente a nossa casa, amava apanhar abil, ficava feliz de ir para o nosso sitio” que era um belo refúgio de plantações de mamãe no entorno do Poço do Mato, onde nós tínhamos um verdadeiro pomar de frutas da Amazônia, tinha de tudo, de goiaba araçá, até cupuaçu.
E os anos literalmente se passaram.
E na porta dos sessenta anos, que espero chegar por lá, mas, também se não chegar, já foi o bastante, me vejo a aprender aulas de química com uma bela criança de apenas 06 anos, minha neta LAURA.