terça-feira, 28 de abril de 2020

QUARENTENA – 2020 – ABRAÇOS NO VAZIO

(Neca Machado mora na EUROPA, está APOSENTADA)

BY (Neca Machado) EUROPA-PORTUGAL
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 28 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)






QUARENTENA – 2020 – ABRAÇOS NO VAZIO

Entre quatro paredes, espreito, outras PAREDES e janelas do outro lado da rua
E vejo olhares perdidos
Em busca da LIBERDADE, no dia 25 de abril, que contradição.
Vejo a Mulher que inveja a Gaivota, no seu voo solitário,
Vejo o Homem que abre a garagem e senta na mala do carro
Sonhando, talvez, com uma autoestrada distante,
Vejo a mulher asiática que fuma desesperadamente para passar o tempo,
E o tempo, NÃO PASSA.
E nas janelas, quando o Sol desperta,
Só vejo mãos, abraçando o VAZIO.
E em outras tantas janelas, uma bandeira nacional,
Dizendo as outras janelas do outro lado da rua,
Que o nacionalismo está lá dentro.
Mas, a solidão impera,
Sem palavras, sem músicas, sem sons...
Apenas um grito do pássaro LIVRE,
Como a sorrir das prisões de humanos, numa tal QUARENTENA...
E ele de novo, solta suas asas como a desabrochar sua LIBERDADE,
Como a instigar os abraços no vazio
Porque TODOS tiveram que dar “pausa” as suas rotinas,
E a refletir valores,
E a repensar prioridades,
E a rever emoções,
E há conter revoltas,
E talvez, a repensar a importância dos ABRAÇOS,
Que depois da tal QUARENTENA,
Terão outras importâncias.
Talvez sejam ABRAÇOS, mais fortes,
Talvez sejam abraços mais longos,
Talvez sejam para MUITOS ARROGANTES,
Apenas ABRAÇOS.
E JÁ NÃO SERÃO ABRAÇOS NO VAZIO, EM BUSCA DO SOL...
Talvez surgirão novas formas de abraços,
Intensos, e cheios de TERNURA.