CRONICA:
UMA
“EMBONDEIRA” NA AMAZÔNIA, (DE SAMAÚMA A EMBONDEIRA)
BY (Neca
Machado) EUROPA 2020
BIOGRAFIA
(Neca Machado, está APOSENTADA e mora na Europa)
Neca
Machado (Ativista
Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os
sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio
Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica,
Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora
de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11
Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada em
2016 na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017,
Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra
Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019.
Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora
em 28 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020.
Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da
Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017,
edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida
em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a
vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz
de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra
lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da
terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa –
Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019.
Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na
web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)
Email: nmmac@live.com
(Embondeiro, arvore sagrada africana)
“TORNEI-ME UMA EMBONDEIRA NA AMAZÔNIA (Neca
Machado”
Muitas vezes para me intimidar porque
sempre fui muito “peralta”, minha Avó, (Leolpoldina Machado) me metia muito
medo.
Um poeta tucuju dizia que a minha casa era de Princesas,
minha Mãe tinha o Nome de Izabel, e
minha avó de Leolpoldina, Ela (minha
avó) era intimidadora, veia africana, de uma cor onde a negritude imperava, me “metia medo” com as suas (arvores gigantes), nunca entendi de
onde ela tirou a tal ideia que sua mãe lhe contara, da magia das arvores gigantes africanas, que se alguém as “magoasse
receberia uma vingança, ” e isso me intimidava e a agradava porque Eu, me
aquietava.
Nunca
esqueci das arvores gigantes... E
ficaram no meu subconsciente até a porta dos 60 anos.
E ainda
criança lhe perguntei um dia (mas, essas arvores gigantes comem gente?) E ela
sorrindo disse: não só comem, como as fazem
desaparecer.
E os
anos se passaram, e me apaixonei por outra arvore gigante que vi dezenas delas
no coração da Amazônia, onde nasci e
cresci, conhecida como a ARVORE DA VIDA,
as belas Sumaumeiras, gigantes,
cheias de vida, cheias de magia, encantadoras, uma arvore sagrada que é
considerada uma “escada para o céu”.
E de novo:
Me deparo ao ler a fabula que marcou minha
vida, na obra de Antoine Saint Exupéry, “O
Pequeno Príncipe” com mais uma arvore gigante cheia de encantos e de magias,
o famoso BAOBÁ:
“Existem sementes boas, de ervas boas, e
sementes ruins, de ervas ruins. Elas dormem no segredo da terra até que uma
delas cisme em despertar. Então, ela se espreguiça e lança timidamente para o
sol um broto inofensivo. Se é de rabanete ou de
roseira, podemos deixar que cresça à vontade. Mas quando se trata de uma planta
ruim, é preciso arrancar logo, assim que a reconhecermos”.
– O Pequeno Príncipe –
– O Pequeno Príncipe –
E nas
minhas andanças pelo Mundo, observei apaixonada, dezenas de arvores gigantes,
conhecidas como: EMBONDEIRAS, os famosos
BAOBÁS.
Sagrados,
milenares, encantadores, enigmáticos, mágicos, cantados em versos, prosas,
contos, poesias, e nas minhas lembranças onde sempre os imortalizei, ficou a
imagem de belo Baobá que vi na Austrália, onde morei.
“ME TORNEI NA DOR E NA SUPERAÇÃO, UMA SAMAÚMA, E UMA EMBONDEIRA. ” (Neca Machado * 1961-AP)
Me vesti de coragem, para transpor
as dificuldades que apareciam no meu caminho, nada foi fácil na minha vida,
parece que tudo a mim, era mais difícil do que nos outros, parecia que a cada
passo que eu tinha que dar, tinha que refazer, e caminhar para trás de novo, cada
subida de escada, era como se o fardo fosse pesado demais, como se cada degrau
a transpor, fosse um verdadeiro obstáculo inatingível, como se a minha cruz
fosse literalmente de pedra.
E as
arvores gigantes, serviam-me como inspiração, fortaleciam me com suas seivas,
com seus nutrientes, e de repente, me senti parte de uma raiz de algumas delas,
percebi que como por encanto a magia de se “maltratar” uma EMBONDEIRA, transformasse em vingança a quem me magoasse, e vi pelo
caminho tantos INIMIGOS vencidos, e SOBREVIVI,
a muitos que faleceram, e fui aos poucos percebendo o sabor de uma VITORIA, de uma verdadeira arvore gigante
que me tornei.
(Na Europa onde decidi viver após minha
aposentadoria,) na porta dos 60 anos, CONQUISTEI
30 livros coletivos, quando eu só queria UM, conheci tanta gente “famosa”
com mais de 100 livros, e me orgulhei de estar ao lado deles, tenho obras com
gente importante, estou como coautora em uma editora importante na comunidade
comum europeia, e as magoas, angustias, tristezas, foram ficando pelo caminho,
e como os húmus que regam uma EMBONDEIRA,
consigo minha sobrevivência, onde os méritos de minha ousadia, de minha
coragem, são somente MEUS, onde a DOR,
não mais me intimida, onde as surpresas não mais me ferem ou surpreendem.
“TORNEI ME UMA EMBONDEIRA NA AMAZÔNIA. ”
Criei raízes áreas e me tornei uma CIDADÃ
DO MUNDO!