segunda-feira, 30 de abril de 2018

EU (NECA MACHADO) CAMINHEI SOBRE O RIO AMAZONAS


SOU UMA AMAZÔNIDA!



HOJE! EU VIM CAMINHAR SOBRE O RIO AMAZONAS.
(Fiz desse RIO a minha Rua rumo ao Horizonte...)



Neca Machado
(Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, e de novo em 2017 Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 16 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, coautora da obra lusa lançada em Lisboa, A Vida em Poesia II, e 01 lançada em Genebra-Suíça em português e inglês em 28.04.2018, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

 WWW.AMAZONIASEMFRONEITRA










HOJE! EU VIM CAMINHAR SOBRE O RIO AMAZONAS.



HOJE! (   )

EU abri minha janela para o Rio,
E cheguei na linha do horizonte.

Vim ver pássaros nativos bailando sobre açaizeiros,
Vim brincar com as nuvens que se unem a Maré.
E se confundem.
Vim sentir a nevoa das aguas barrentas do maior rio de agua doce do mundo,


O Rio Amazonas,

Batendo em meu rosto afro,
E sorri de satisfação.

Hoje EU...




 Só quero a liberdade de caminhar sobre a AMAZONIA.
Sem pressa, sem medo, sem RUMO...





HOJE vim caminhar, sobre o arco íris da Amazônia, multicor...
Vim escutar sinfonias de pássaros,
Vim me embrenhar sobre caminhos dentro do Rio.

Parei em ilhas verdejantes, subi em catraias e rabetas....
Assoviei para seres inimagináveis, e
Pedi a benção da Mãe d’água,
Escutei ao longe o canto do Uirapuru,
Sim! Era ele sim,
Veio me saudar.



Vi Iara, Matinta Pereira...
Vi ao longe um Boto...
E ele se transportou até minha janela sobre o Rio.

Mas, para que? Quero pés, se tenho asas? (Frida Kalo)

E com elas me embrenhei de novo na mata.




Catei um fruto de Cupuaçu, polpudo, comi sem pressa,
Achei Taperebás, não tinham bichos,
Amei a cor de cobre dos Buritis
Que teimavam em navegar nas aguas barrentas deste Rio...
E descobri no meio das Aningueiras, a temida Cobra Verde...

E de novo coloquei minhas asas e fui para as copas dos açaizeiros
Nem precisei de Peconha.
E a cor viva roxa dos açaís na minha boca.
E o purpura da emoção no meu coração, sem TI....


HOJE,

 Há,
hoje, remei contra a Maré do Rio Amazonas...


E ELE (Rio) tão calmo, nem se irritou com minha presença.
Me cobriu de orvalho serenado de poesias caboclas...

E EU só queria abrir uma nova janela para o infinito...(TOM)

E Vim caminhar SOLITÁRIA sobre este manto do pulmão do mundo.




Hoje EU...

 Só quero a liberdade de caminhar sobre a AMAZONIA.


E perpetuar minha lembrança.
Mas, não morrerei de saudade.