quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Em 13 de setembro de 2011 FIZ UM POEMA PARA MACAPÁ QUE REPRODUZO





Hoje, 13.09.2011
Vejo seus desencantos.
Corruptores insanos, a destronaram
Em uma Veneza irreal.

Ainda tenho por dádiva
Cantos de Sabias ao amanhecer
O cheiro de mato orvalhado
Presente na minha janela

E na lembrança poética
O cordel do poeta Hodias Araujo
Soando como saudade.

Macapá da velha Doca
De canoas, e de suas Mulheres
Entrelaçadas nas marés
Do singular Igarapé.

NÃO TEM MAIS...

Xareu em abundancia, nem Mapará, nem jiju.
Nem a Suerda sedutora,
Nem a cinco mil.
Nem as gapuias, nem a garapa do Bil.

O Morcego não toca mais
O Mestre Oscar se foi
Sacaca se encantou
Edvar Mota, saudade deixou.

No Merengue o rodopio
Das lembranças em setembro
Nem lembram as novas gerações
Da boate Pacaembu,
Dos passos do Falconery
Do açaí do Ramiro
Das mãos abençoadas
Da MARIA Cunhã.

13 de setembro

68 anos de descaso
Com memória e com historia

Tamuatá nem é especial
O Rio Amazonas virou fossa
O POÇO DO MATO SECOU.

No canto da Coaracy
Só venda de camarão
Nem tem mais o Zé Criolo no pobre do violão

Nem a Bela Crioula do Hotel
Nem existe mais o CCA
O IETA, O GM
E a velha CEA
Daqui a pouco pra onde irá¿

“Outrora quando ascendia (A.V.T)”

Há outrora Macapá...
68 anos de historia

Saudade para lembrar.

Que bom que ainda tenho
Saudade para lembrar...

Não fosse minha alma guerreira
Sentiria-me vencida
Mas sou Negra aguerrida
Capaz de suportar.