114
ANOS DE ANTONIO PEREIRA DA COSTA
Por:
Neca Machado (Pesquisadora de sua Obra)
“Se estivesse vivo, faria hoje 17.02.2015 114
anos.”
ANTONIO PEREIRA COSTA É UMA DAS MAIS
EXPRESSIVAS PERSONALIDADES PORTUGUESAS COM OBRAS NA AMAZONIA.
Antonio Pereira
da Costa
Em 01 de junho de 2012, comemorou-se o CENTENARIO de uma das personalidades
mais expressivas do Amapá. JANARY GENTIL
NUNES, ele nasceu em 01 de junho de 1912 na cidade de Alenquer Estado do
Pará, governou o Amapá por 13 anos, foi nomeado como o Primeiro Governador do
Território Federal do Amapá, através do Decreto-Lei nº 5.839 de 21 de setembro
de 1943, chegou ao território em um avião da Força Aérea Brasileira no dia 20
de janeiro de 1944.
O Ex-território do Amapá possuía na época uma
população de 4.192 pessoas. Janary Gentil Nunes foi um desbravador, estadista
que desenvolveu o Amapá, era um visionário, tido por alguns como déspota, mas,
inegável sua importância ao estado.
Morreu jovem aos 70 anos de idade no Rio de Janeiro
no dia 15.10.1982. Porem, uma das mais expressivas personalidades que colaborou
com o desenvolvimento estrutural do Amapá em seu governo, foi o português ANTONIO PEREIRA DA COSTA.
Fui amiga de seu filho COSTINHA que me delegou a exclusividade de publicar sua Biografia.
Antonio
Pereira da Costa nasceu em 17 de fevereiro de 1901, em Valadares, Vila
Nova de Gaia em Porto-Portugal, filho de Joaquim Pereira da Costa e Maria Rosa
Costa.
Seu pai integrando um grupo de artistas
imigrantes europeus portugueses e italianos chega ao Rio de Janeiro na segunda
década dos anos de 1900 com o objetivo de executar trabalhos em sua arte, que
era escultor e estucador, naturalizando se brasileiro.
Com o falecimento de sua mãe ANTONIO PEREIRA DA COSTA chega ao
Brasil aos treze anos de idade em 24 de setembro de 1914, onde passou a ajudar
seu pai na execução de ornatos na cidade de Belém do Pará em obras no PALACETE
BOLONHA.
Percebendo que precisava de aperfeiçoamento
técnico na arte de ornatos ANTONIO
PEREIRA DA COSTA foi para a cidade do Rio de Janeiro, onde se matriculou na
Escola de Belas Artes onde permaneceu de 1917 a 1920, quando por falta de
recursos teve que abandona-la e retornar a Belém do Pará. Antes, porem,
executou trabalhos artísticos no Prédio do Rio Cassino, dentro do Passeio
Publico ao lado do Palácio Monroe na cidade do Rio de Janeiro. Em 1921 viajou
para a cidade de São Luiz no estado do Maranhão com a incumbência de esculpir a
imagem de Nossa Senhora da Conceição no frontal da Catedral da cidade.
Ainda em 1921 juntamente com seu pai, foi a cidade
de Manaus onde os dois realizaram trabalhos de restauração na fachada do Teatro
Amazonas. ANTONIO PEREIRA DA COSTA casa-se em 1922 com a pernambucana Lydia
Bezerra da Silva, com quem teve oito filhos: Erotylde, José, Elza, Maria Rosa,
Joaquim Agostinho, Antonio Filho, Mario e Terezinha. Em 1923 foi chamado
novamente a cidade de São Luis para esculpir o busto do então governador do
Maranhão, época em que nasceu a sua primeira filha Erotylde a única maranhense.
Ainda em São Luiz-MA esculpiu também o Busto do
Dr. Tarquínio Lopes Filho proprietário e Diretor do Jornal a “Folha do Povo.”
Instalando-se em São Luis-MA seu pai Joaquim Costa lá montou uma fabrica de
artefatos de cimento, como: mosaicos e marmorites, transferindo-a anos depois
com todo o maquinário para Belém do PA.
RETORNO A
PORTUGAL DE SUA BIOGRAFIA
Em 2013 depois de reunir no Amapá dados, fotos de
suas obras e publicações em Jornais locais e pesquisa em outras cidades como
Manaus e Belém-PA, estive a convite do Secretario de Cultura de sua Cidade em
Gaia-Porto-Portugal para ENTREGAR ao Dr. JOAQUIM GUIMARAES parte de seu acervo,
e fui recebida no Solar Condes de Resendes onde a partir de então sua cidade
Natal agora conhece e sabe o que ele contribuiu para o desenvolvimento da
Arquitetura empírica na Amazônia.
Também através de dados fornecidos por mim foi
escrito um artigo sobre sua vida e obra na Revista Portuguesa AMIGOS DE GAIA.
O AMAPÁ deve e muito ao PORTUGUES ANTONIO PEREIRA DA
COSTA.
Ele também foi um dos fundadores do Conselho
Regional de Arquitetura e Engenharia do Estado do Pará e Amapá, e merecia uma
publicação sobre sua importância.