quinta-feira, 7 de setembro de 2017

EX MINISTRO DE PORTUGAL, JOSÉ SOCRATES, NÃO TEM, NADA DE SANTO E NEM DE FILOSOFO, DROGADO E CORRUPTO

O LIXO DEBAIXO DO TAPETE EM PORTUGAL.




JOSÉ SOCRATES.

“CORRUPÇÃO, FRAUDE E COCAINA”



UM EX MINISTRO PORTUGUES DROGADO, QUE ENVERGONHA O FILOSOFO.

(REPRODUÇÃO – DIRETO DE PORTUGAL)
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(AGORA O EX MINISTRO ESTÁ SEM RUMO)




07-09-2017 por Eduardo Dâmaso36
Os investigadores da Operação Marquês suspeitam que a fortuna escondida de Sócrates e titulada nos bancos pelo seu amigo Santos Silva serviu para comprar tudo, inclusive para alimentar vícios como o consumo de drogas



É uma história polémica que começou durante a fase mais sigilosa da Operação Marquês e cujo desenlace final ainda hoje é um mistério. Poucos meses antes de os investigadores avançarem para a detenção de José Sócrates - 21 de novembro de 2014 - o procurador Rosário Teixeira, o inspector tributário Paulo Silva e o juiz de instrução Carlos Alexandre ouviram várias escutas telefónicas e ficaram com a suspeita de que o antigo primeiro ministro usava o dinheiro na posse do seu amigo, Carlos Santos Silva, para comprar ou mandar comprar cocaína e/ou outros estupefacientes.


Depois de analisar durante várias semanas dezenas de documentos da Operação Marquês, processo no qual é Sócrates é suspeitos de, entre outros, crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, a SÁBADO apurou que o Ministério Público tentou deslindar essa suspeita durante as audições de duas mulheres mulheres próximas de José Sócrates: Célia Tavares, que se assumiu como namorada de Sócrates, Lígia Correia, uma amiga de longa data.

Os investigadores da Operação Marquês suspeitam que a fortuna escondida de Sócrates e titulada nos bancos pelo seu amigo Carlos Santos Silva serviu para comprar tudo, inclusive para alimentar vícios como o consumo de drogas. Isso está bem presente no interrogatório à então namorada de Sócrates, Célia Tavares, realizado em 5 de Fevereiro de 2015, menos de três meses após a detenção do ex-primeiro-ministro, ocorrida a 21 de Novembro de 2014, e que divulgamos nesta edição da SÁBADO.


(AMIGOS DE SOCRATES)




Célia Tavares foi confrontada com escutas em que aparece a falar em código com José Sócrates e em que a utilização da palavra "vinho" quererá significar cocaína ou outras drogas, como especificam tanto o procurador Rosário Teixeira como o inspector tributário Paulo Silva. Interrogam-na directamente sobre a questão da compra da droga, sublinhando que não querem saber da vida pessoal de ambos mas que é essencial apurar com que dinheiro tais produtos terão sido comprados, se é que o foram. Estas perguntas inserem-se numa das principais linhas de investigação da Operação Marquês, que é a de saber em benefício de quem é que a fortuna de 25 milhões acumulada e escondida no estrangeiro foi usada. Segundo a investigação, o dinheiro formalmente na propriedade de Santos Silva teve em Sócrates o único e exclusivo beneficiário. Serviu para comprar a casa de Paris, pagar despesas correntes e extraordinárias de toda a família de Sócrates, de dívidas fiscais ao dentista, pagou as casas da ex-mulher, as viagens de férias com as namoradas, os jantares de conspiração política e, seria a cereja no topo do bolo, os vícios privados, fossem eles de Sócrates, das suas namoradas ou amigos. O dinheiro é o princípio e o fim de tudo e não qualquer espécie de voyeurismo sobre a vida privada dos intervenientes. Isso compreende-se de forma linear em todo o episódio. Percebem-se os indícios e as obrigações de fazer as perguntas em função deles. Percebe-se a força potencial dos ditos indícios e a importância probatória que poderiam ter. Na verdade, quem acredita que o melhor amigo de alguém, por muito rico que seja, pague toda a vida de outrem, incluindo vícios como o consumo reiterado de drogas!? O único cenário admissível é aquele em que a investigação trabalha: o dinheiro é titulado por Santos Silva mas, na realidade, o seu proprietário é Sócrates. É isto que confere importância aos indícios recolhidos nas escutas, às meias respostas e omissões dos inquiridos. É por isso, mas também pelo risco que o levantamento desta frente de investigação comporta para o Ministério Público, que a SÁBADO noticia o episódio. Ele está nos autos do processo, foi um cenário altamente valorizado pela investigação mas, no fim, sobram mais dúvidas do que certezas. Sobram dúvidas sobre a veracidade das respostas das testemunhas mas também das vantagens que o episódio tem para a investigação. Abrir uma frente destas sem ter possibilidades de ser consequente (Sócrates não chegou a ser confrontado com estes indícios) abre a porta a todo o tipo de críticas – por mais clara que tenha sido a explicação às testemunhas – e a uma vitimização sem precedentes do próprio ex-primeiro-ministro. Afinal, este pode ficar para a história como um daqueles mistérios que a justiça jamais desvendará, coisa que não é confortável para ninguém.