sábado, 25 de abril de 2015

EU GOSTO DE ESCREVER > (NECA MACHADO) e escrevi mais de 2000 artigos


Os textos deste exemplar reproduzem integralmente estórias originais do imaginário popular do Estado do Amapá, e refletem o ponto de vista de pioneiros amapaenses, recontados pela autora.”


NECA POR NECA MACHADO

Considero-me uma amapaense Bairrista por amar minha raiz, nasci em 05 de agosto de 1961, na cidade de Macapá, estado do Amapá. (Estou desencarnando…)

Os antigos caboclos tinham por habito olhar no calendário ao registrar seus filhos o dia do santo.

E lá fui eu batizada com o nome de Nossa Senhora das Neves, Chamo-me então Neves Maria, aos pouco minha mãe soberba com uma menina negra de olhos da cor de mel, chamou em sua ousadia de boneca, com o passar dos anos restou NECA, assumi o pseudônimo de NECA MACHADO.


Sou irrequieta, não me contentei com a miséria e nem com a ignorância, não tenho o habito de ter MEDO, considero-me CORAJOSA. Busquei conhecer a administração e em Belém do Pará formei-me em bacharel em administração de empresas geral, depois licenciei-me plena em pedagogia pela Universidade Federal do Amapá, sou especialista em educação com base tecnológica pela Faculdade Seama em parceria com a Secretaria de Educação do Amapá, sou pós graduada em ensino profissionalizante e com a mesma inquietude de amar a historia do Poço do Mato, fui a academia mais uma vez especializar-me em Direito Ambiental. Tornei me BACHAREL EM DIREITO AMBIENTAL.

Incomodei muitos medíocres ao tornar-me jornalista colaboradora com mais de 2000 (duas mil) publicações entre artigos, contos, e crônicas.

Depois de mais de quarenta anos deixei a Igreja católica para acreditar no espiritismo, considero-me uma mulher alem do normal, tenho uma sensibilidade à flor da pele, muitas habilidades, mas não sou especial, sou alguém com algo sobrenatural, e por isso deixarei as futuras gerações um pouco de minhas habilidades, quer nas artes plásticas, quer na literatura, quer na gastronomia e fotografias.

Simplesmente! Neca por Neca Machado

Em- Março de 2009.
MITOLOGIA AMAPAENSE

Estórias recontadas por Neca Machado

Mitologia Amapaense é uma coletânea de conversas com PIONEIROS residentes no Estado do Amapá, recolhidas ao longo de mais de vinte anos, onde aprendemos somente a escutar estórias, que fizeram parte de nossa infância, vividas no bairro do Laguinho, reduto de manifestações culturais expressivas, misturando lembranças de uma geração em que a importância das historias contadas por minha avó Dona Leopoldina Machado perpetuou dentro de mim, um sentimento de bairrismo com nossa raiz afrodescendente para dividirmos com as futuras gerações que não conhecem a historia do Amapá.

Tomamos um amor especial por um tema onde o POÇO DO MATO, é central, ele fica localizado no coração do bairro do Laguinho, no meio da Avenida Padre Manoel da Nóbrega, no centro da cidade de Macapá, entre as ruas: General Rondon e São José, e foi declarado Monumento de interesse cultural do Estado do Amapá, através do Projeto de Lei nº 037/93, da Câmara de Vereadores do Município de Macapá.

O POÇO DO MATO possui importância ímpar para o povo amapaense, foi tema de samba enredo da Escola Jardim Felicidade no ano de 2007, por indicação do carnavalesco Carlos Pirú, e teve como samba enredo o titulo: “Poço do Mato, águas laguinenses que banharam o meu corpo e saciaram minha sede.” Era um cenário de um meio ambiente cultural até a década de setenta dos mais belos  no entorno da área de ressaca do Laguinho. Pela crendice popular, em sua área de densa floresta, povoavam mitos e lendas, onde o cenário de medo predominava, com seres inimagináveis, assombrações e personagens folclóricos que se misturavam num espetáculo de magia e encantamento que fizeram parte da infância de muita gente no Amapá. Hoje totalmente desaparecido por sucessivas invasões.

Uma das principais personagens referenciais do POÇO DO MATO, foi o executor da obra que fazia parte do desenvolvimento da antiga Companhia de Água do Amapá, era o português ANTONIO PEREIRA DA COSTA, nascido em Vila Nova de Gaia-Porto-Portugal a 17 de fevereiro de 1901, e falecido em Macapá a 03 de julho de 1983.